Capítulo 135 :

796 89 10
                                    

Maria Clara: Mamãe está na aula de parto papai? — perguntou assim que me viu, correndo em minha direção com o cabelo preso num coque perfeito, usando sapatilhas, meia fina e collant rosa. Parecia brilhar mais do que todas as outras carregando sua mochilinha roxa nas costas.

 Parecia brilhar mais do que todas as outras carregando sua mochilinha roxa nas costas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Arthur: Sim, hoje é sexta — peguei sua mochila — Como foi à aula?

Maria Clara: Ah, hoje treinamos Plié. Foi um saco! — girou os olhos — Graça me enche de brilho quando venho ao balé, preço até um diamante — passou a mão no cabelo e no rosto, tirando bastante brilho.

Arthur: Você sempre parece um diamante... A minha joia mais rara — pisquei e ela riu.

Maria Clara: Bem que mamãe diz que você é brega, pai — mostrei a língua pra ela.

Arthur: Quer comer uma torta na confeitaria com seu velho? — A puxei para perto de mim de modo a abraçá-la enquanto caminhávamos.

Maria Clara: Hei... Você não é velho, pai — olhou-me de baixo, confusa.

Arthur: Mas sou seu pai! — reclamei — Eu sempre quis ter um pai para chamar de meu velho — Maria Clara ficou em silêncio.

Maria Clara: Aceito comer a torta... Mas tem que me contar o que houve com seu pai! — exigiu Madonna, encarnando a  Carla por alguns segundos.

Arthur: Fechado minha baixinha!

CARLA

Cheguei em casa como um furacão, irritada, abrindo a porta e xingando tudo o que havia pela frente!

Arthur: Caramba, o que houve? — perguntou tapando os ouvidos de Maria Clara quando entrei na sala falando palavrão. Os dois assistiam televisão juntos. Maria Clara desenhava em uma folha e ele estava fixado no programa.

Carla: O que houve? — ironizei, arremessando a bolsa no sofá — Olhe bem para mim... — apontei para meu corpo. Arthur olhou, observou... Mas não encontrou o defeito que Maria Clara enxergou no primeiro olhar.

Maria Clara: Você... Ai credo mamãe, você fez xixi na roupa! — começou a gargalhar muito.

 Ai credo mamãe, você fez xixi na roupa! — começou a gargalhar muito

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Arthur: Hã? — ficou de pé e veio ver mais de perto.

Carla: É... Fiz xixi na roupa! — imitei o tom da voz de Maria Clara e suspirei — E pior... Nem senti que estava fazendo!

Arthur avaliou meu vestuário. Um top branco que ia até os seios, deixando minha barriga bem exposta e uma calça de ginástica preta totalmente molhada entre os joelhos. Quando percebeu, tentou não rir de mim.

Maria Clara: Caramba... Que triste!

Carla: É muito triste! PAREM DE RIR! — choraminguei.

Arthur: Mas não estamos rindo, poxa... — Maria Clara parou de rir e ficou séria, mas se segurava para não rir — Vai tomar um banho. Tire essa roupa, está cheirando mal... — sugeriu aproximando-se e me guiando delicadamente pelas costas.

Carla: Nossa, que ótima dica! — ironizei, afastando a mão dele de mim — Não me toca, por favor! — respirei fundo e Arthur me obedeceu, abaixando sua mão — Vou tomar banho! — Subi as escadas um pouco mais calma com Arthur no meu encalço; mais parecia um segurança ou uma babá.

Arthur: Como foi isso? — perguntou interessado, parado atrás de mim enquanto eu pegava uma roupa no closet.

Carla: Eu estava no carro dirigindo... Quando percebi minha calça totalmente molhada! Entrei em pânico, pensei que fosse a bolsa estourando, mas senti o cheiro e era xixi! — sorriu e comecei a rir também — Dá pra acreditar no estágio em que cheguei? Urinando na roupa!

Arthur: Tudo bem... Às vezes isso acontece — tentou me confortar.

Carla: Pois é... Mas já pensou se acontece na Delux? — começou a rir mais ainda — Já pensou se estou andando no shopping com você e Maria Clara e faço xixi na roupa?

Arthur: Ah querida... É totalmente compreensível. Ísis é quem controla sua bexiga agora — suspirei e entrei no banheiro — Pois é dona Ísis, já passa da hora da senhorita vir cuidar da sua própria bexiga — repreendeu ainda no quarto.

Carla: Ainda falta um tempinho... Pensei bem e não quero comprometê-la. Não vou induzir o parto, ela vai nascer na hora em que quiser.

Arthur: Isso é sério? — parou na porta do banheiro.

Carla: É... Já aguentei oito meses, o que dirá mais um?

Comentem

O Secretário. Onde histórias criam vida. Descubra agora