Capítulo 85 :

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Arthur: Quer que eu a leve pro quarto? — ofereceu-se já se movimentando um pouco para longe dela, se afastando delicadamente. O sono de Maria Clara era pesado, tanto que nem notou o afastamento dele.

Carla: Por favor. -– me afastei para lhe dar espaço e em seguida ele a carregou para o quartinho dela.

Esperei que voltasse, sentada no sofá com a TV desligada, apenas o som da tempestade e os raios ecoavam na sala completamente escura. Notei que ele voltou pela luz que se fez de um relâmpago. Vi sua figura se aproximando sorrateiramente, sentando-se ao meu lado no sofá vazio. Seus lábios subiram diretamente para o meu rosto e suas mãos ternas circularam-me o corpo com calma. Fechei os olhos e aproveitei seu carinho... Mas algo estava estranho ali. Meu coração dizia que havia algo errado, seus beijos soavam dolorosos, tristes, como uma despedida.
Assim que pensei nessa possibilidade logo imaginei que houvesse cansado de mim, então o abracei muito forte, prensando nossos corpos um contra o outro. Ficamos em silêncio... Subi as mãos dentro de sua camisa roçando sua pele nas pontas dos dedos... Ele queimava de calor quase tanto quanto eu, talvez me desejasse como eu o desejava. Tive vontade de chorar subitamente, mas me contive porque sabia que ele riria de mim e me chamaria de boba. Nada estava errado, afinal, não passava de uma impressão absurda.

Arthur: No que está pensando? — murmurou de um jeito engraçado, porém sua voz era sedutora e triste ao mesmo tempo.

Carla: Que quero fazer coisas erradas com você... — sussurrei de volta quase dentro de seu ouvido, mordendo brevemente sua orelha. Senti sua pele se arrepiando contra meus dedos. — Será que deseja o mesmo? — o medo de que a resposta fosse não era tão grande que mal pude me conter.

Arthur: Muito! — garantiu tocando por dentro de minha blusa também, acariciando minha cintura e correndo os lábios em meu pescoço de forma irresistível —!Eu sempre te quero e sempre estarei pronto para você.

Carla: Em todos os sentidos?

O empurrei um pouco contra o sofá e fiquei por cima de seu corpo com uma perna de cada lado de seu quadril. Segurei suas mãos brevemente enquanto nos beijamos intensamente, num ritmo quase proibido. Em seguida levei às mãos a barra da camisa que vestia e a puxei sobre sua cabeça, atirando-a em algum canto da sala.

Arthur: Em absolutamente todos... —  Sua ereção em minha barriga. E eu esfrego-me contra ela. — Foda-se.

Ele murmura, antes de beijar-me de volta. A urgência que tínhamos um do outro era tamanha que não tive tempo de me despir por completo. Trocando nossas posições ele me coloca embaixo de seu grande corpo. Prendendo minhas mãos em cima de minha cabeça. Ele beija, morde, arranha, me marca. Mas eu não reclamo, pelo contrário, os gritos de prazer que saem da minha boca provam que eu quero mais. Soltando meus pulsos, ele move suas mãos até meus seios e os aperta com força, deixando a certeza de que amanhã estarei cheia de marcas. Seus dentes cravam a pele macia de meu pescoço quando ele morde a carne delicada.

Arthur: Enrole suas pernas em minha cintura. — Ele ordena com a voz grave.

E quando eu o faço, ele move-se para baixo, a cabeça de seu pênis na entrada de minha vagina, e com um só movimento, ele penetra-me sem delicadeza. Como nunca o fez. Sempre preocupado, ele nunca agia com brutalidade na hora do sexo, somente com possessividade.

Mas hoje, ele está agressivo.
Está bruto.
Agindo como um ogro, o meu ogro.

E eu seria fodida se reclamasse. Pois na realidade, estou amando cada segundo. Cada marca, cada beijo. Ele entra e sai do meu corpo de forma animal, com necessidade, desespero.

Arthur: Eu te amo, não se esqueça disso — Ele diz em um rosnado.

Carla: Eu também.

Arthur: Você também o que? Diga!

Carla: Arthur! Eu te amo. Amo você, Arthur. — Respondo sentindo sua necessidade de ouvir.

Ele rosna, acelerando seus movimentos. O gozo começa a forma-se em meu ventre e eu enterro minhas unhas em suas costas, arrancando pele e sangue, quando o prazer explode sem sentido em meu corpo. Arthur beija-me, engolindo meus gemidos e gritos de prazer. E enterrando-se profundamente dentro de mim, ele vem. Sinto seu pênis inchado, quando seu esperma derrama quente dentro de mim. Ofegante, seu corpo desaba sobre o meu por poucos segundos, em seguida, ele rola para o lado, levando-me junto. Abraçando-me, como se eu fosse desaparecer a qualquer segundo, ele prende-me.
E é em seus braços que eu me perco.

O que sentia quando estava assim com ele era inigualável, chegava a doer em meu coração a forma como demonstrava que me amava a cada segundo. Beijava meu rosto, pescoço, lábios... Delicadamente, ternamente... Docemente. Apaixonado.

Não falamos nada durante toda a noite, apenas fomos para o meu quarto em seguida. É diferente da primeira vez , dessa vez. Fizemos amor ao passo em que a chuva caia. Na última vez, cansada e ofegante, observei seus olhos e jeito como parecia se recusar a sair de perto de mim, de dentro de mim. Ele não desviava o olhar de meu rosto um só segundo, como se tocasse minha alma, como se enxergasse todos meus pensamentos. Abracei seu corpo no meu, rodeei-o com as pernas e o pressionei tão fundo em mim, falando silenciosamente que jamais queria me afastar, que queria fundi-lo ao meu corpo, a minha alma, a meu coração.
Nós dois éramos compatíveis em todos os níveis da palavra, porém existia uma razão para toda essa compatibilidade existir... E estava prestes a ser revelada.

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