Pego o meu arco e o armo com uma das flechas que roubei de Daryl no caminho. Sim, roubei algumas, e depois ele desistiu e acabou me dando metade delas.

Daryl cobre minhas costas e eu a dele. E caminhamos em círculo procurando o alvo. Outro estalar de galho é ouvido, mas agora parece ter vindo de outra direção, porém mais próximo que o último.

Daryl se irrita e acaba gritando para que a coisa ou alguém apareça. Mas nada acontece.

Ele sai da formação e dá passos para a direção do som.

- Daryl? - chamo baixinho.

- Shii... - ele sussurra.

E então ele acerta um coelho que estava escondido entre as pequenas moitas ao redor de uma árvore próxima de nós.

- Aqui o barulhento. - o caipira o levanta pelas orelhas e solto um suspiro.

Sinto pena pelo animalzinho, mas agradeço por não ser um grupo de zumbis ou alguém vivo, vai saber quem se pode encontrar hoje em dia.

Passamos boa parte da manhã na mata procurando por Sophia. Daryl achou algumas pistas que poderiam indicar que a garota passou por ali, mas também poderiam ser de qualquer outra pessoa e seguir cegamente era arriscado. Decidimos voltar para a fazenda por conta do horário.

Não era tarde, deveria ser pouco mais de meio dia, já que o sol se encontrava bem no meio do céu.

Assim que nos aproximamos da fazenda, entrando pelo mesmo lugar em que saímos escuto uma discussão entre Maggie e Lori.

Eu observando mais afastada. Daryl tinha me deixado na hora em que entramos, foi limpar o coelho e mais algumas caças que pesou hoje.

- Dá próxima vez vá você buscar. - Maggie falou enquanto jogou uma cartela para Lori.

- Obrigada. - é apenas o que a mulher diz.

Me aproximo ao mesmo tempo em que Maggie saiu, pego a cartela que acabou caindo no chão e antes de entrega-la a Lori acidentalmente eu leio para o que serviria o remédio. A mulher até tenta pegar da minha mão, mas já era tarde, eu já tinha visto.

- Você está grávida? - pergunto. Ela não responde nada e apenas abaixa a cabeça. - Lori, de quem é a criança?

- Eu não sei. - ela fala e suspiro. Merda.

- Eles já sabem?

- Não. - ela balança a cabeça negativamente.

- Olha, eu sei que é um direito seu se não quiser ficar com a criança e é só por isso que estou te devolvendo isso. - entrego o remédio para ela novamente. - Mas você tem que contar. Eles têm o direito de saber. Meu pai tem o direito de saber que pode ser o pai dessa criança.

- Se eu contar da gravidez, vou ter que contar que o trai com o Shane.

- E isso é uma coisa que você já deveria ter feito Lori. - falo olhando em seu rosto. - Nunca fui próxima a você, nem sequer fiz questão de ser, mas essa criança já é da família e vai ser amada independente de quem for o pai dela. - falo e coloco minha mão em seu ombro.

ᴀɴɢᴇʟ ᴇʏᴇꜱ • ᴅᴀʀʏʟ ᴅɪxᴏɴ | 𝒍𝒊𝒗𝒓𝒐 1 - EM REVISÃO E REESCRITADove le storie prendono vita. Scoprilo ora