Capítulo 31 - Cair e se levantar (cont...)

En başından başla
                                    

_ Então...  você vai embora? - pergunto sem qualquer emoção em minha voz ou pelo menos tentando que seja assim.

_ Não é o que você quer? Por que ontem a noite parecia ser isso - diz chateado.

_ Você não disse que tenho que parar de pensar nas pessoas e como se sentem sobre e começar a fazer o que quero... Isso só serve pra mim? - pergunto

_ Nesse caso, as coisas não podem ser como quero, o lugar não é meu.

_ Não é o que parece, afinal praticamente tudo aqui você quem comprou.

_ Bela... Eu não quero começar outra discussão...  - fala frustrado, dou de ombros e me viro.

_ Não faz isso. Fala comigo, me diz o que está acontecendo, eu to perdido aqui.

_ Falar o que? - me viro acendendo a luz do pequeno abajur ao lado da cama.

_ Você ja deixou bem clara a sua opinião ontem. É melhor cada um seguir seu rumo, você não precisa de mais ninguém te dando trabalho, colocando sua vida em perigo ou coisas parecida.

_ Eu não disse nada disso - responde irritado.

_ Foi o que pareceu.- rebato brava.

_ Sabe Miguel eu não preciso de mais ninguém na minha vida querendo se arriscar por mim, perder sua vida por mim ou coisa do tipo. Eu estou cansada de ser sempre a que fica para trás, a que carrega o peso, a culpa. Eu quero alguém que faça tudo para ficar comigo, continuar comigo, vivo, respirando, do meu lado. Para que ter pessoas na minha vida se forem para irem embora depois? Morrerem para que eu possa viver.. Não, obrigado!

_ Então por que você não nos deixa te ajudar?

_ Por que vocês fariam tudo por mim, por isso! - grito

_Você não entende Miguel, nenhum de vocês entende. Dar a vida por outro não é prova de amor, não é cuidado, não é lindo, é uma puta covardia, falta de amor, egoísmo, por que quem morre encontra a paz, vai de coração limpo, acreditando ter feito o melhor, mas quem fica tem o coração partido, esmagado, arruinado, consumido pela culpa e pela dor.

_Você não sabe o que esta falando! - Se levanta irritado - Eu tenho o direito de fazer o que quero com a minha vida, se eu quiser fazer tudo para mantê-la a salvo e esse for o preço eu pago, é minha escolha.

_ Sua escolha? Claro! E isso me afetando ou não, para você não importa. Não importa para você saber que o que resta do meu coração vai ser destruído sabendo que o sofrimento da sua mãe e irmã são culpa minha, que você abriu mão do que era mais valioso por mim, que tudo que acontecer com elas por estarem sozinhas e tristes é completamente minha culpa.

_ Para! Para com isso! Você não tem culpa da escolha dos outros!

_ Claro que tenho, se eu for o motivo. Para de ser cabeça dura Miguel, cade a porra da sua empatia?  Digamos que alguém pega um revólver, aponta a arma para você e eu me jogo na sua frente tentando te salvar. Você vai ficar feliz?

_ Obvio que não e você não seria idiota em fazer uma coisa dessa.

_ Então porque tenho que aceitar que façam por mim? Por que eu tenho que ser a exceção, ficar calada e aceitar o que querem fazer? Eu não estou fugindo de conhecer pessoas, de ter uma vida, de me enturmar, de viver... eu estou fugindo da dor, da culpa, do medo, do medo de me abrir, me permitir e novamente tudo ser tirado de mim.

_ Então pelo que você acorda todos os dias Bela?

_ Por vocês! Por que eu quero passar cada resto de tempo que me resta com vocês! Quero conversar e rir com Olivia, ser abraçada e amada por Ana, ver a preocupação e amor paternal que nunca tive em Pedro, pintar, ver o céu estrelado... - respiro fundo.

ConfinadaHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin