Confinada

Capítulo 47 - Amor, paz, diversão e algo mais

Miguel

Assim que entro na área da piscina, posso ouvir suas risadas, o som divertido de suas vozes, me encosto no batente da porta e fico apreciando o momento, admirando o som maravilhoso da risada de Bela, um som tão raro e genuíno que me sinto vendo um raro fenômeno da natureza bem na minha frente.

— De que as senhoritas tanto riem? — digo me aproximando e elas começam a rir mais ainda.

— Eu disse! Falei que ele ia ser o primeiro! — Olivia começa a pular dentro da piscina. — Merda! Deveria ter apostado dinheiro nisso! Você Mi, demorou hein! Achei que ia me fazer perder. — ela aponta para mim fingindo estar irritada.

— Perder o que? — pergunto confuso olhando Bella sentada na beira da piscina com uma toalha enrolada ao seu redor. Nossos olhos se encontram e posso ver suas bochechas começarem a ficar vermelhas, sorrio e me aproximo, retirando meu chinelo, me sento bem atras dela, as pernas ao seu redor e começo a aquece-la com os braços.

— Por que você esta ficando vermelha? — pergunto tentando não rir.

— Fiquei muito na piscina — diz evitando meu olhar. Ana e Olivia caem na gargalhada com sua resposta.

— Vocês são péssimas! Suas traidoras! — Bella tenta soar seria, mas começa a rir também, seu corpo finalmente relaxando no meu.

— Eu vou te molhar todo desse jeito. — ela diz me olhando quando a aperto mais em meu peito.

— Não tem problema, mas posso resolver isso rapidamente, se te incomoda. — afasto minha mão do seu corpo e em um movimento rápido e fácil tiro minha camisa e jogo ela na espreguiçadeira mais próxima de mim. — Problema resolvido.

— Agora sim a coisa esta começando a ficar boa!

— Olivia! — Ana briga jogando água nela. — Se controle querida!

— O que que eu fiz? Eu não falei nada de errado. Só quis dizer que olha como eles ficam uma coisa fofa juntos?! Pensa nos filhos, não tem como sair nada feio desses dois. — Bela afunda a mão no rosto e ri, ri tanto que seu corpo treme em meus braços.

— Aham! — Ana diz cética. — Miguel você por acaso sabe do meu excelentíssimo marido?

— Estou aqui baby! — Pedro grita da porta enquanto corre e mergulha espetacularmente na piscina. Fazendo Ana desaparecer logo em seguida embaixo d'água com um gritinho. Nem dois segundos depois os dois emergem e Ana não sabe se ri ou bate em Pedro.

— Seu filho da mãe! Você quer me matar?

— Ainda não — diz rindo e ela começa a pular em seu ombro tentando afoga-lo. Abraço mais Bela, adorando a normalidade do momento.

— Eles são sempre assim? — pergunto, afinal apesar de já nos conhecermos a uns meses, nunca tivemos muitos momentos calmos e normais para que eu possa comparar.

— Dai para pior. Uma vez — Bela ri — Ana cismou que Pedro estava escondendo algo... 

— Não! Você não vai contar isso — Ana tenta nadar até nós, mas Pedro a segura.

— Com vergonha amor? Deveria ter mesmo, só você para achar que eu ia te trocar por outra pessoa — ele revira os olhos.

— O que você queria que eu pensasse? 

— Não sei! Que eu estava doente? Morrendo?

— Ah ta! — Ana bufa — Querido, se você se corta com um papel você conta para todo mundo, você não ia conseguir esconder algo assim de ninguém.