Capítulo 46 - sensações

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Bella

Enquanto Ana carrega uma muito puta Olivia para fora do quarto, me viro para pegar uma roupa e ouço a porta bater atras de mim, estou prestes a tirar a toalha quando sinto Miguel se aproximar de mim.

— Dói? — ele pergunta gentilmente e o calor do seu corpo bem atras do meu, junto com seu hálito em meu pescoço, me faz arrepiar inteira.

— Quase nada. Só mesmo o repuxar dos pontos secando. — Dou de ombros, não conseguindo me virar e encara-lo.

— Eu não acredito em você — ele diz lentamente em meu ouvido e sinto um beijo ser dado em meu ombro, outro em minha nuca, outro um pouco mais abaixo e ceús, sinto minhas pernas começarem a tremer e um calor varrer meu corpo. Tento respirar calmamente conforme ele continua trilhando beijos por minhas costas, mas a tarefa se torna mais e mais difícil.

— Miguel...

— Eu odeio ver você machucada, e odeio mais ainda que minta para mim. Eu vi você naquele dia, vi seus braços, rosto, pescoço...  se eu achei que tudo aquilo ja era ruim... Merda Bella! Se depois de dias isso ainda esta tão roxo assim eu não quero imaginar como estavam naquele maldito dia. — ele me puxa lentamente pela cintura, me abraçando por trás.— Eu queria poder tirar toda essa dor, toda esses machucados maculando sua pele perfeita... — ele desce traçando um caminho de beijos do meu pescoço até o ombro. — mas infelizmente eu não posso, mas eu prometo princesa, quem fez isso vai pagar muito caro por tudo que você passou, por cada machucado, cada dor, cada vez que fez você ter medo... — fecho meus olhos, respirando fundo, na verdade, tentando respirar, mas merda, cade beijo que ele coloca sob meus roxos, sob meus machucados, cada leve caricia que faz sob mim, me faz doer, uma dor deliciosa, mas uma dor que não sei fazer passar, não sei tira-la de mim. Me viro, um pouco ofegante de mais.

— Por favor... Para! — fecho meus olhos, deitando minha testa em seu ombro. — Dói!

— Então por que mentir para mim?

— Os meus machucados não doem, eu juro — levanto a cabeça olhando-o, sentindo minhas bochechas arderem — É... em outro lugar. Eu não sei por que doí, nunca senti isso. Acho que tem alguma coisa errada comigo. — olho para Miguel e seu semblante se suaviza, quase sorri, olho para ele confusa.

— Oh princesa, — ele me puxa mais ainda para perto dele — não tem nada de errado com você, pelo contrario.

— Como você sabe?

— Bem, vamos ver. O seu corpo se aquece quando minhas mãos e minha boca estão em você? — penso um pouco e respondo.

— Talvez. — ele ri e seus olhos estão em chamas.

— Você sente esse calor no seu estômago, parecendo lava liquida, descendo por seu corpo, fazendo aquela área sensível entre suas pernas latejar e doer? Uma dorzinha incomoda, mas gostosa?

— Como... como você pode saber disso? — olho para ele assustada.

— Você esta excitada Bela, é o seu corpo reagindo ao meu, assim como o meu reage ao seu, sempre que você esta por perto, sempre que você me deixa toca-la, beija-la, sentir seu cheiro.

— Não é desconfortável?

— Demais — ele ri — mas eu não me importo.

— Como... como você faz passar essa dor? Esse incomodo?

— Hum... — ele se afasta um pouco sem graça — eu... bem, acho que seria melhor você falar com Ana sobre isso.

— Por que?

ConfinadaWhere stories live. Discover now