Capítulo 27 - Uma hora as coisas saem do planejado

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Me irrita o quanto ele consegue despertar em mim as piores e mais contraditórias sensações e sentimentos. Como consegue me deixar irritada, frustrada e confusa ao mesmo tempo em que quero saber mais sobre sua vida, o que gosta, o que faz e tudo mais que puder sobre ele. Me intriga o fato de que falar com Miguel, um cara que me é completamente estranho seja tão fácil e ao mesmo tempo tão assustador.

Mas que merda Ariela! Que porra de pensamento é esse agora? Que raios esta acontecendo com você garota?

Eu precisava me manter o mais afastada possível desse homem, eu não podia ter toda essa confusão em minha mente, me atrapalhando, me deixando distraída, eu precisava me manter firme, atenta, agora não lutava só contra meu passado, havia pessoas em risco, vidas em jogo, vidas que realmente importavam para mim e eu não podia deixa-los na mão.

Saio do apartamento de Miguel o mais rápido possível, precisava de ar, recobrar minha sanidade, por minha mente no lugar e principalmente pensar... por que... aquela voz... aquilo não podia ser verdade, ele... ele estava morto, tinha que esta, eu lembro! Eu vi!



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Uma semana depois

Conforme os dias se passavam pior as coisas se tornavam, eu estava a beira da loucura, meus instintos estavam em alerta máximo e eles nunca, nunca estavam errados. Eles gritavam, urravam, queimavam minha pele, implorando que saíssemos dali, que corrêssemos, que algo estava errado... o tempo estava se esgotando e mais rápido do que gostaria fugir já não seria mais uma opção.

O pânico tomava conta do meu corpo a cada momento, a cada minuto do dia. Tudo estava tão a flor da pele, intenso , brutal, não sabia o que fazer, como agir, tentava manter o meu melhor em permanecer escondida, atenta, manter não só a mim viva mas todos aqueles que cativaram um pequeno porem importante espaço em meu peito mas... tudo era tão forte, tão pesado, dolorido, que o ar que me escapava e as coisas se tornavam demais, eu... só queria um pouco de paz, sossego, só queria pelo menos uma vez na vida respirar sem o peso de alguém sobre meus pulmões, sem o peso de alguém me afundando... me afogando.

Fechar os olhos se tornou algo impossível, faziam dias que não dormia, sempre que os fechava ali estava novamente aquela voz... impondo sua presença... sussurrando... provocando... humilhando... Não me deixando em paz, não me deixando esquece-la, mostrando que onde quer que estivesse ele também estaria, que éramos um, não existia um sem o outro, nunca existiria e ele faria todo o possível para isso.

Eu estava pronta para correr o mais rápido possível para longe, mas não podia, não agora, se fosse fugir, se realmente tivesse que deixar as poucas pessoas com que me importo aqui, somente as deixaria sabendo que estariam seguras, que não teriam mais que temer o maldito que estava rondando a cidade atacando mulheres a seu bel-prazer.

Por mais que tudo em mim queira sair dali, fugir, eu não queria, essa era a verdade. Pela primeira vez em minha vida não queria ir embora, queria ficar, lutar, enfrentar os problemas de frente...

Eu havia conquistado tanto em tão pouco tempo, ja fazia longos anos que estava sozinha, era bom ter alguém ao meu lado mesmo que não conseguisse ser tão boa para eles quanto são para mim. Eu não queria atrapalhar o pouco que tinha conquistado, não queria perder seu carinho, não queria sentir sua pena, minha historia não era bonita, nunca foi e nunca será, ela sempre terá essa enorme mancha negra, essas palavras tremulas escritas pelo medo e borradas por todas as lagrimas que derramei.

ConfinadaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang