5 - Confusões de Sentimentos

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"O que está feito, está feito! Tomara que resolva o problema".

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No final da tarde eu estava no laboratório, no computador. Alguém bateu na porta e um colega foi atender.

- Emma, é pra você!

Virei-me para ver e me surpreendi com a imagem de Regina visivelmente preocupada.

- Oi! Aconteceu alguma coisa? Parece preocupada. - levantei da cadeira.

- E eu tenho motivos para estar? - seu olhar era sério.

- Vamos conversar lá fora.- guiei-a até a porta.

- Passei a noite pensando no que me falou. O que quis dizer com aquela história de "também tenho gente por mim. Deixa que eu resolvo isso."? O que pensa em fazer?

Coloquei as mãos na cintura e abaixei a cabeça. Depois passei uma das mãos pelos cabelos.

- Fale, Emma! Você já fez alguma coisa e eu quero saber o que foi! - senti o medo em sua voz.

- Eu falei com um ex namorado que virou traficante e ele veio aqui com dois colegas para dar um susto no cara. Eles pegaram o playboy lá no A, levaram ele no carro pra dar uma volta e depois o trouxeram de volta à faculdade. - O olhar dela era de terror. - Ele não é nenhum santinho, Regina. Coloquei o babaca contra a parede e ele assumiu que queria dar uma sacaneada na gente. O que você acha que ele iria fazer? Talvez até quisessem estuprar a gente! Você duvida?

Ela me perguntou calmamente: - E agora você está devendo favores ao seu ex namorado traficante?

- Não! Na verdade ele é quem me devia um. Agora é elas por elas.

Regina balançou a cabeça negativamente e me olhou nos olhos.

- Onde ele está agora?

- O cara? Sei lá! Pedi para deixarem aqui. Deve ter ido embora pra casa.

- E se estiver morto?

- Não está. Pedi pra não fazerem isso.

- Emma Swan! - disse com raiva - Está sendo ingênua ou se fazendo de tola? Os traficantes não são seus empregados! Eles fazem o querem. E se mataram o rapaz? E pior, e se ele ficar traumatizado com isso? Você não fica com peso na consciência?

- Peso na consciência, Regina?! O cara ia nos fazer mal e você vem com essa?!

Ela me deu as costas e se afastou. Ficou calada por uns segundos e, sem se virar, me disse: - Estou decepcionada com você.

- Decepcionada...comigo? Ele ia nos fazer mal e eu cortei o mal pela raíz. Não se importa com o que ele poderia lhe fazer?

- Há sempre soluções melhores. - olhou para mim - E dele eu não esperava coisa alguma. Agora você! - aproximou-se de mim - Eu não esperava isso de você.

- Não esperava isso de mim? Você mal me conhece... - cheguei ainda mais perto dela. Olhávamos nos olhos com intensidade.

- É verdade, mas algo dentro de mim dizia que você não seria o tipo de pessoa capaz de fazer mal aos outros e não se importar com isso. Sinceramente, estou decepcionada!

Deu as costas e se foi me deixando sem palavras. Sabia que isso não seria uma boa ideia.

Passei o resto do dia mal. No morro procurei por Morcegão e ele disse que deram uns poucos tapas no cara, rodaram pela Zona Norte e devolveram ele no bloco A por volta das 15:00h. São e salvo. Pensei em ligar para Regina, mas não o fiz.

Além do TempoWhere stories live. Discover now