Além do Tempo

61 - Notícias

No dia seguinte Regina ainda dormia quando acordei e tive pena de despertá-la. Apoiei a cabeça na mão e fiquei a observando, com semblante tranquilo e sereno, pensando na sorte que tinha por poder acordar ao lado de uma mulher tão maravilhosa. Sorri e lembrei dos acontecimentos da noite passada, em como minha pequena a cada ano que passava ficava cada dia mais linda, mais mulher, mais intensa...e em como eu ficava, literalmente, de quatro por ela. Com isso em mente deixei um beijo em seu rosto e um cheiro em seu pescoço, tudo delicadamente para não acordá-la. Depois de um banho para despertar completamente, saio do quarto sem fazer barulho, dando uma última olhada em minha morena antes de sair. Iria agradá-la nesse início de manhã.

Passei no mercadinho e comprei tudo o que tinha direito para nosso café da manhã. Depois de preparar tudo com frutas variadas, torradas, geleia de morango, café e um suco, fui para o quarto. Deixei a bandeja na mesa de cabeceira e subi na cama com cuidado. Deitei meu corpo sobre o de Regina e distribuí beijos carinhosos do seu pescoço até chegar em seu rosto. Ela se remexeu e ronronou como um gatinho manhoso, sorrindo logo em seguida. 

- Bom dia, meu amor! - diz, abrindo seus lindos olhos, me fitando. 

- Bom dia, minha morena! - sorri, acarinhando seus cabelos. - Dormiu bem? 

- E tem essa opção de não dormir bem depois da noite deliciosa que tivemos? - selou meus lábios nos seus, acariciando meu rosto. - Minha loira gostosa! - disse entre nosso beijo. 

- Fiz pra gente! - apontei para a bandeja e ela sorriu mais abertamente. 

- Hummm...café na cama? Tenho que te dar mais noites assim, pra acordar com esse mimo. - selou meus lábios mais uma vez e me levantei para alcançar a bandeja e a colocar entre nós.

- Não há uma noite que você não me deixe feliz depois de fazermos amor e se quiser posso te acordar assim todos os dias. Farei com muito prazer, minha linda. - beijei mais uma vez seus lábios, a aconchegando mais em mim.

Tomamos nosso café tranquilamente, até que me lembrei de um fato: 

- Amor, onde minha mãe está? - perguntei, minha curiosidade era latente. 

- Ah...claro. - tomou um gole do café e prosseguiu. - Ela disse que passaria a noite na casa de uma amiga lá no Afogados, queria colocar o papo em dia e,segundo ela, essa mulher a ajudaria com um emprego no mesmo local em que trabalha. - finalizou. Franzi o cenho intrigada 

- Mas por que ela não me ligou? 

- Não quis atrapalhar seu trabalho no escritório. - respondeu e sorriu sapeca. - E foi por isso que aproveitei e fiz aquela surpresinha. - disse corando completamente. 

- Confesso que fiquei muito surpresa e extasiada em te ver daquele jeito. 

- Não gostou? - perguntou preocupada. 

- Que isso, meu amor? Eu não só gostei, eu amei! Te ver daquele jeito me deixou cada vez mais louca por você e se quiser repetir, fique à vontade. - ela sorriu e sentou no meu colo, envolvendo meu pescoço. 

- I love you so much my baby! (Te amo demais, meu amor) - me beijou docemente e roçou nossos narizes num carinho. 

- Te amo muito mais, minha pequena! - a beijei uma vez mais e a apertei em meus braços.

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Ao cair da tarde Mary chegou em casa e nos cumprimentou, parecia ansiosa. Disse que foi á um restaurante no centro da cidade, onde sua amiga trabalhava, para fazer uma entrevista. 

- Fique tranquila, Mary, tenho certeza que você vai conseuir! - Regina disse, passando confiança. 

- Mas qual é o cargo? - perguntei.