55 - Memórias

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Olá, lindezas! Quero que saibam que a partir de agora as coisas começarão a ficar mais interessantes. Depois de uma longa transição de aprendizagem, nossas meninas partirão para o crescimento em suas vidas e espero que vcs possam gostar ainda mais do que está por vir. A história tem 84 cap, então teremos muito ainda a ver e desejo que permaneçam comigo até o fim, pois muitas emoções ainda os aguardam! :)

Boa leitura, meus amores!

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Voltamos para Londres horas depois do almoço e visitamos uma exposição que estava acontecendo no National Gallery. Assim encerramos o dia. Voltamos para casa caminhando lentamente pelas ruas, que estavam bem movimentadas.

- Que pena que vocês partirão amanhã! A companhia das duas me faz tão bem!

- Eu digo o mesmo. Conhecê-la foi um presente e tanto e sua companhia é ótima! – olhei para ela - Vovó, não se chateia de morar sozinha?

- É mesmo, vovó! Eu me preocupo com sua solidão nessa cidade. Também amo sua companhia, mas não podemos ficar juntas sempre. Não a incomoda viver só? – Regina e ela caminhavam de braços dados.

- Desde que seu avô morreu eu sinto uma diferença. Mas vocês moravam aqui e sempre eu a tive por perto. - beijou o rosto da neta - Quando partiram para o Brasil estranhei muito e senti de fato o peso da solidão. Shelley me chama para morar na fazenda, mas não... – fez careta – Eu não me acostumo a viver no meio do mato. Gosto do movimento da cidade, dos espetáculos de Londres, dos jardins, dos museus, do barulho... Frequento a igreja e lá tenho amigos. Não é a mesma coisa que alguém morando junto, mas ajuda a espantar a tristeza.

- Mas pense no que falamos de passar uns dias conosco no Rio. Lá também tem movimento, barulho, espetáculos, museus... – falei mais perto dela – homens bonitos... – ela riu – praias, samba, sol, calor... E o mais importante: sua neta! Ou seja, lá tem tudo que você gosta!

- Eu sei! – olhou para mim sorrindo – Esqueceu de falar que lá também tem você, que é outra coisa que eu gosto. – beijou minha testa.

- Dessa coisa eu também gosto muito. – Regina disse sorrindo.

Fiquei feliz, mas sem graça.

- Eu vou ver isso, e quando menos esperarem estarei no Brasil. 

Na sexta fizemos uma caminhada leve pela cidade, arrumamos as malas e vovó pediu comida indiana em casa. Na Inglaterra eles amam comida indiana e tailandesa, talvez mais que os próprios orientais; Regina até gosta, já eu... Muito curry e molho picante para o meu estilo natureba!
Nosso vôo era para às 16:00h e vovó Granny nos levou de carro para o aeroporto saindo de casa às 13h mais ou menos. A despedida foi emocionada, como sempre era.

O vôo foi tranqüilo no começo, mas depois pegamos muitas horas de turbulência. Eu morri de medo e apertei tanto as mãos que feri as palmas com as unhas. Regina nem ligou para aquele movimento do avião e eu fiquei impressionada.

- Você não se incomoda com isso não? – olhei para ela intrigada - O bicho tá mexendo mais que chiclete em boca de piranha.

Ela riu e respondeu:

- Ai Emmy, não seja boba! O avião não vai cair. Isso é por causa do vento contra o movimento dele, nada mais. – segurou meu braço de leve.

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