No dia seguinte Nara acordou quase que na mesma hora que Regina e eu. Sandra dormia como um anjo.- Ela está limpa e de camisola. Como foi que conseguiu se arrumar?
- Fui eu, Nara. Dei uma força. Aí tomou remédio, vomitou, tomou banho, escovou os dentes e dormiu. Coloquei a roupa que vestia lá fora.
- Onde? – pôs as mãos na cintura.
- Em um saco plástico no quintal. Algum problema?
- Absolutamente!
Foi resoluta até a área e jogou o saco no lixo.
- Não quero mais vê-la com aquela roupa. Parecia uma puta fudida deitada naquele sofá.
Regina e eu nos olhamos e nada dissemos.
- Meninas, eu pensei, que tal irmos nós três na praia das Dunas? – propôs.
- Eu faço os sanduíches! – Regina se apressou em pegar os pães
- E Sandra? – perguntei
- Que se dane ela. Agora só penso em mim e ela que se foda!
Levantei as mãos e disse:
- Não está mais aqui quem falou!
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Fomos para a praia das Dunas e novamente brincamos como crianças nas ondas que nos faziam de brinquedo. Levamos a bola e jogamos vôlei por um bom tempo. Foi bem divertido e Nara parecia ter esquecido completamente da outra. Chegamos em casa por volta de umas cinco e pouco, e entramos pelos fundos, como sempre. Ao abrir a porta da cozinha nos deparamos com um monte de flores espalhadas pela casa. Parecia até coisa de macumba. "Que diabo é isso?"
- Cuidado, Regina, você pode pisar em um prato de barro com uma galinha preta a qualquer momento! – cochichei no seu ouvido.
Ela riu e me deu um tapa no braço.
Mal chegamos no corredor avistamos a figura de Sandra, usando um vestido branco, sandálias baixas, cabelos lavados e perfumada, segurando um belo buquê de flores. Parecia alguém que tinha acabado de ver a Santinha.- Amor, eu preciso falar com você. – sua voz era mansa.
- Não há o que dizer! – Nara respondeu rudemente.
Cheguei perto de Regina e cochichei:
- Vamos tomar um banho e comer. Elas vão ficar se engalfinhando aí.
Saímos do banheiro e Nara falava um monte de desaforos para a outra. Sandra parecia um cordeirinho. Almoçamos e de repente, silêncio.
- O que será que houve, Emmy?
- Sei lá. Que tal a gente sair e dar uma volta?
- Boa idéia.
Quando fomos escovar os dentes vimos roupas espalhadas pelo chão e flores por todo canto. A porta do quarto fechada e uma gemedeira inconfundível se fez ouvir. Regina me olhou chocada.
- É. É melhor a gente se mandar mesmo! – comentei.
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Como tudo ficou bem, saímos para o Forte de novo. Estava mais lotado que em todos os dias e o carro de som tocou de tudo. Nós nos acabamos de dançar e Sandra e Nara só tinham olhos uma para a outra. Coisa de doido!
Novamente elas encheram a cara de caipivodka e eu voltei dirigindo. Chegamos em casa umas cinco da manhã.
Sandra e Nara entraram se beijando e rasgando, desprezando a nossa presença ali. Trancaram-se no quarto e o couro comeu. Regina e eu fomos tomar banho e consegui convencê-la a seguir o exemplo de nossas amigas.
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Além do Tempo
RomanceO amor não escolhe clásse social, personalidade, etnia... não escolhe hora, nem lugar. Ele simplesmente acontece. Sem pedir permissão, invade a alma e o coração. Emma Swan e Regina Mills, mostrarão que esse sentimento tão sublime, pode sim quebrar...