68 Inconsequência

97 12 9
                                    



Era mês de junho, chovia forte e um problema com documentos nos fez dar uma parada na obra. Coisa rápida, mas durou o suficiente para nos dar uns três dias de folga.

Terça-feira, final de tarde, eu acabava de chegar da rua. Havia ido de bicicleta até a praia de Cotovelo e voltei debaixo de temporal. Entrei em casa ensopada e cuidando para não sujar tudo. Cumprimentei mamãe e fui para meu quarto. Deparei com Regina sentada na cama, somente de calcinha e sutiã, passando creme nas pernas. Estava linda e atraente como sempre; parei na porta do quarto para admirá-la. Ela então olhou para mim e se espantou.

- Emmy, você está com a roupa molhada demais! – levantou-se da cama rapidamente e pegou uma toalha no armário – Vá para o banheiro tomar um banho quente e trocar de roupas. – sorri para ela, que retribuiu – Pare de brincar e vá! – beijou meus lábios rapidamente – Eu levo roupas secas para você. Vá! – bateu levemente no meu braço. 

Fiz o que pediu, e enquanto me enxugava ela fazia um chá para mim.

- Estou fazendo um chá para você. – disse da cozinha – Não é porque aqui não faz um frio que não se pode adoecer depois de ficar com roupas molhadas.

- Tá bom, mamãe! – sorri. 

- Eu ouvi isso! - Mary gritar de seu quarto e sorri

“Hoje ela tá como o natural. Deve ser mesmo o excesso de trabalho que tá acabando com ela, tadinha.” - pensei na minha morena.

Vesti uma regata branca e um short azul. Fui para a cozinha e ela havia colocado o chá no copo para esfriar. Virou-se de frente para mim e disse:

- Agora é só esperar esfriar um pouco mais.

Regina usava um roupão.

- Pois eu prefiro que esquente. – olhei para ela de cima a baixo – Você sabe que adoro um calor... – cheguei mais perto e puxei-a pela cintura para junto de mim – e ver você gostosa assim acendeu tudo aqui. – comecei a beijar seu pescoço enquanto minhas mãos deslizavam por suas costas e nádegas.

- Ai Emmy, mas você... – respondeu com voz manhosa. - Sua mãe está aqui...

- No quarto dela e eu tô doida de saudade da minha garota. – sussurrei em seu ouvido e coloquei-a no colo rapidamente – Vem comigo que eu preciso me esquentar. – levei-a para o quarto enquanto nos beijávamos sensualmente.

Deitei-a na cama e me posicionei sobre ela. Começamos um gostoso amasso onde tirei seu sutiã entre beijos, lambidas e mordidas suaves. Ela gemia baixinho e me arranhava de leve. Segui minha trilha favorita em seu corpo beijando seus seios e abdômen até chegar na calcinha, que estava pedindo para ser dispensada. Nesse momento ela se contorceu e se afastou de mim ficando sentada na cama. Estranhei a atitude, mas voltei a beijá-la, dessa vez nas costas, enquanto minha mão buscou lugar entre suas pernas.

- Não Emmy, pare! – afastou ainda mais e se protegeu com a coberta – Eu não quero! – desviou o olhar do meu. 

Senti uma sensação péssima e não sabia o que dizer ou fazer. Portava-se como se estivesse ameaçada de estupro.

- O que é isso, Regina? – sentei na cama também e passei a mão nos cabelos – Pode me dizer o que está acontecendo? – olhei para ela sem entender – Você tava gostando até agora.

- Acontece que não estou a fim! – levantou-se da cama rapidamente e pegou o sutiã – Estou cansada e quero descansar em paz, - abriu o armário e pegou rapidamente uma camisola – sem sexo! – olhou para mim.

- Não precisa se vestir com tanta pressa porque eu não vou estuprar você, se é do que tem medo. – respondi chateada.

- Eu não disse isso!

Além do TempoWhere stories live. Discover now