Capitulo 14 - Escolhas difíceis

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Quando finalmente alcanço uma área segura e bem coberta, desabo. Sentindo tudo ruindo ao meu redor, puxo minhas pernas contra meu peito, abaixo minha cabeça e tento respirar calmamente, precisava me acalmar antes que fizesse qualquer outra merda que os trouxesse ate mim novamente. Respirando devagar, diminuo as batidas aceleradas do meu coração e acalmo minha respiração mas por mais que me acalmasse meu corpo não conseguia parar de tremer. O som ensurdecedor do tiro ressoa em minha mente repetidas vezes me fazendo estremecer. 

Será que mesmo depois de morto papai continuaria tirando tudo de mim?

Papai - bufo só de pensar - maldita palavra que não me deixa. Anos e anos sendo obrigada a só chama-lo assim, levando tapas, chutes e coisas arremessadas sob mim até entender que ele era única e exclusivamente papai, nada mais era aceito por aquele monstro quando eu era obrigada a me fingir de boa filha quando o mesmo cismava em fingir ser pai. Suas palavras de ameaça quando o chamada por seu nome ou somente pai, ainda queimam meus pensamentos, a repetição incessante de que ele seria o único homem em minha vida, que eu devia devoção a ele por todos os infinitos e torturantes dias de minhas vida, que ele comandava cada pequena respiração em meu peito...  

Maldito seja! 

Que esteja queimando lentamente e dolorosamente nos confins do inferno.

Ah mamãe... por que nossa vida tinha que ser assim? Por que a gente não pode ser feliz? Por que você não pode ser feliz? - faço uma pergunta silenciosamente ao céu.



Os barulhos da sirene continuam ressoando por toda a noite, vozes de homens se aproximam, latidos de cachorros e lanternas podem ser vistas bem próximas de onde estou. Sinto todo meu sangue se esvair quando me vejo encurralada, prendo meu corpo inteiro a arvore tentando permanecer o mais imóvel possível com medo de se quer respirar. 

_ Ela não pode estar longe pessoal! Vamos logo com isso, acelerem essa busca. A garota esta com a perna quebrada pelo amor de Deus! Sejam espertos e pensem com a porra da cabeça de vocês. - reconheci aquela voz no mesmo momento, o maldito policial que invadiu o quarto do hospital como se fosse o dono do mundo, uma alma caridosa - bufo mentalmente - caridosa para o próprio tinhoso só se for.

_ Mas chefe será que não seria melhor usarmos os cachorros?

_ Com o que seu imbecil? A mulher queimou o quarto antes mesmo que conseguíssemos qualquer traço da menina, foi uma luta inútil a daquela velha. Filha da puta, preferiu morrer ao me entregar a garota. 

Arfando cubro minha boca com ambas as mãos enquanto me agarro fortemente ao tronco com as pernas tentando me manter o mais imóvel possível. As lagrimas rolam silenciosas por meu rosto, aumentando a dor em meu peito, mais uma pessoa que papai tirou de mim, mais uma morte em minha conta.

 Até quando seria assim? Será que se eu tivesse voltado e ajudado ela continuaria viva? Ela teria uma chance? Se eu fosse mais forte... Se o medo não tomasse conta de mim a cada minuto... 

Tantos "e se"rondam minha cabeça, tantas perguntas, tantas duvidas... como não me sentir culpada por sua morte? A raiva me inunda , o ódio floresce em cada minúscula fibra de meu corpo, uma dia eu vingaria a morte de todos, pode não ser hoje, pode não ser amanha mas um dia esse dia chegaria e a vingança será doce.


Por dois longos e tortuosos dias permaneci ali no topo da arvore, encolhida, com medo e raiva vendo a enorme movimentação de policiais e patrulhas pelo bairro. Sair dali seria mais desafiador do que imaginei. Quando tive a estupenda ideia de subir na arvore não imaginei que o bastardo permaneceria mais que algumas horas a minha procura pelo local. Mas claro que subestimei meu inimigo, revistaram todas as casas, fizeram rondas, saíram abordando todos pela rua mas nada os ajudava. A cada hora que se passava o bastardo ia perdendo mais e mais sua cabeça, gostaria de saber como ele pode fazer uma operação assim com todo o apoio da policia, afinal de contas eu era somente uma órfã fugitiva, que importância isso teria para qualquer um para ter toda essa mobilização? O que ele ganharia com isso? O que a policia ganharia com isso?

Quando finalmente a movimentação sessa aguardo algumas horas e quando a noite finalmente cai desço o mais cuidadosamente possível, sentindo o corpo protestar a cada movimento mínimo que fosse. Mancando, fedendo e com frio vou me esgueirando pelas sombras até a casa que me serviu de abrigo sentindo meu peito apertar ao ver todas aquelas marcas pretas de onde o fogo havia tomado conta, as janelas quebras, portas e tudo mais dentro praticamente destruído, mas o que realmente me faz perder o fôlego e as forças é a enorme mancha de sangue na parede. Tomada pela ansia me viro rapidamente e vomito todo o conteúdo ou a falta dele de meu estômago.

Instável me levanto e ando vagarosamente pelo local, tentando ouvir algo, perceber se alguém estava ali escondido a minha espera mas para a minha sorte não havia ninguém ali, afinal de contar o local estava lacrado como cena de crime. Me chuto mentalmente ao perceber o tamanho do erro que havia cometido, como fui burra, me chuto mentalmente. Como não pensei nessa possibilidade enquanto vinha me arriscando até aqui novamente, mas pensando bem que outra opção eu tinha, afinal ainda estava de pijama, suja de minha própria urina e com frio, precisava me tornar mais apresentável ou seria a atração principal por onde quer que fosse.

Cominho até o único banheiro do local nos fundos da casa, abro a porta lentamente e acendo a luz rapidamente trancando a porta atras de mim. Olho em volta ao local e pelo visto a luta não havia se estendido até aqui e muito menos o incêndio. Na verdade me espanto pelo local ainda possuir luz, mas ao invés de reclamar aproveito esse momento de sorte e tirando a roupa rapidamente entro no chuveiro ajustando a água bem quente e me lavo o melhor e mais rápido possível.

Limpa e de roupa trocada, pego uma sacola na gaveta e coloco minhas roupas sujas, escondendo-as dentro da bolsa. Com o coração a mil coloco o ouvido encostado na porta tentando ouvir algo ao redor, mas o silencio ensurdecedor toma conta de tudo. Coloco minha mochila nas costas, respiro fundo e abro vagarosamente a porta, olhando ao redor caminho em direção aos fundos, saindo pela rota de fuga que havia usado.

Saio andando pelas ruas atenta a tudo ao meu redor e me mantendo o máximo possível nas sombras, assim que avisto um taxi corro quase pulando na frente do automóvel fazendo o mesmo parar com uma freada brusca. Enquanto o motorista xinga todas as gerações da minha família entro no maldito automóvel e grito para seguir rumo a rodoviária o mais rápido possível. O homem me ignora mas faz o que peço e quase meia hora depois estamos no local. Jogo o valor da corrida no banco da frente e saio andando o mais rápido porem discretamente para o local.

Aqui vamos nos mais uma vez Ariela, mas dessa vez tudo vai dar certo! Tem que dar!

Compro minha passagem para o ultimo destino da companhia, no primeiro horário disponível que para minha sorte sairia em dez minutos. Correndo até o embarque, entrego minha passagem e me acomodo nas poltronas no fundo do ônibus, quando o mesmo toma partida fico perdida em pensamentos vendo a paisagem passando pela janela. Quão irônico é isso? O passado ficando para trás a cada quilômetro alcançado enquanto sigo em frente, pena que não seria tudo um borrão mas uma enorme cicatriz presa a meu corpo e minha alma.

E assim começa minha nova vida.

A morte de Ariela...

O nascimento de ...

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Helloooo meus trevozinhos!

Tudo bem?

E ai curtiram o capitulo?

Me conta vai! Nada de timidez, eu to ansiosa para saber o que estão achando do livro, não me façam morrer de agonia seus malvadinhos. 😉

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Bora ajudar a autora! \o/

Nos vemos em breve.

Beijoooooooo

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