51. Violence.

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       Violet Parker Point Of Views.

                              01: 12 p.m.

                    01 de abril de 2017.

               Toronto, Ontário, Canadá.

     
   Não era nada fácil explicar o que estava acontecendo comigo nas últimas semanas, na verdade, nem seria possível detalhar de algum jeito, ou pensar em uma forma de dizer.

     As coisas na minha cabeça não estavam nada boas, eu não queria fazer nada, não tinha motivação para nada, tudo parecia extremamente cansativo e indiferente para mim, eu me sentia presa em mim mesma, dentro da minha cabeça como um cativeiro, me deixando com vontade de ficar sozinha o tempo todo, apenas para não preocupar ninguém com os meus problemas sem solução.

      Eu disfarço bem na frente do Oliver e da Pattie, mas dos meus irmãos não, então me afastei de todos, desde o dia do meu aniversário eu falei poucas vezes com qualquer um deles e quando perguntavam a minha resposta era a mesma, que eu estava cansada por causa do fim do ano letivo chegando, ou preocupada com a audiência de guarda que terá daqui a pouco tempo.

     Óbvio que essas coisas estavam na minha cabeça também, mas não era isso que me fazia querer me isolar do mundo a minha volta, na verdade eu não fazia ideia da razão principal, mas tenho certeza que uma delas era o Justin, desde que ele brigou com Jacob no meu quarto, Justin nunca mais falou comigo, já tínhamos ficado sem se falar outras vezes, mas dessa, parecia ser a pior.

    Talvez porque eu tivesse a certeza de que nunca poderemos ficar juntos de verdade e isso partisse meu coração em milhões de pedaços.

      A outra razão era o Jacob, ele tem me tratado do jeito que sempre tratou, não é como se ele fingisse ser uma pessoa compreensiva e apaixonada, estava tudo como foi por um tempo, ele se irrita com as roupas que eu visto, com o que eu falo ou como falo, do meu silêncio e de quando eu tento dizer algo, ele se irritava com quase tudo e me fazia sentir que sou a pessoa mais culpada do mundo por cada um dos seus atos.

      E a culpa era realmente minha.

     Eu estava cansada de pensar que sim, que a culpa era minha, mesmo que o Jacob me convencesse diariamente de que sim, eu sentia, bem dentro de mim, que tinha coisas que eu não conseguia entender de verdade, que me deixavam emocionalmente transtornada e abalada, o suficiente para não me esforçar muito para entender tudo a minha volta. Era ali que a culpa era mim.

      A minha relação com o Jacob nunca foi normal, se tornou intensa desde o início e nunca deixou de ser, às vezes eu sentia que nada tinha mudado e as vezes parecia que tudo estava errado, comigo, apenas comigo, porque o Jacob sempre foi assim, ele sempre foi.... ele mesmo.

        Sentia falta de ser eu mesma, de sentir como eu me sentia antes, de pensar como antes, porque agora a única coisa que me preocupa, que mexe com a minha cabeça é pensar no que o Jacob vai pensar, em como ele vai agir se eu dizer algo, eu literalmente cálculo cada milésimo de movimento meu, para não irritar ele.

     Assim eram os meus dias, tardes e noites, até quando eu deveria está pensando em outra coisa.

       A forma como eu agia estava causando estranhamento com os meus irmãos, então eu apenas tentava evitar ficar muito tempo no mesmo ambiente que eles e o melhor lugar para isso era a casa do Aaron, acabo que por essas semanas, passei mais tempo com a família do meu pai biológico do que com a minha, apenas porque eles acabaram de me conhece e não sabem reconhecer quando estou literalmente na merda.

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