Capítulo 63

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Pego de surpresa, Dominic leva alguns segundos para processar o que eu disse. Ele me encara boquiaberto e depois de alguns segundos pousa sua mão sobre a minha que está estendida em sua direção e me puxa para junto de si.

—Tem certeza? – sussurra no meu ouvido com um tom de voz grave, cheio de desejo.

Assinto no mesmo instante para não deixar dúvidas.

—É o que eu quero de presente de aniversário...quero você. –concluo.

Sei que estou indo contra tudo e contra todos, até contra minha mãe, mas nesse momento não quero pensar nisso. Tudo o que quero é viver essa paixão avassaladora que me consome por inteira, sem pensar no futuro, sem pensar nos problemas que virão.

Dominic beija meus lábios com delicadeza, me levanta do chão e me carrega em seus braços indo em direção a escada que dá acesso ao seu quarto. Firmo meu braço ao redor do seu pescoço, sentindo um frio na barriga. "Não acredito que vou fazer aquilo."–penso com uma espécie de medo bom.

A porta está entreaberta e ele usa o quadril para abri-la mais. Uma escuridão mortal toma conta de nossos olhos.

Ele me põe no chão com cuidado.

—Espere aqui que vou acender a luz.

Fico perto da porta encarando o nada enquanto Dominic anda pelo quarto escuro como se fosse dia. Mas pensando bem, pra ele deve ser mesmo, já que a visão de lobo permite que ele enxergue no escuro perfeitamente.

Quando a luz é acesa, pisco várias vezes sentindo a claridade incomodar um pouco meus olhos. Dominic percebe e volta a apagá-la novamente. Digo que não precisa, mas ele liga o abajur e várias estrelas são refletidas no teto e nas paredes de madeira. É como aqueles globos de boate que ficam girando acima das cabeças de todos, lançando luzes coloridas para todos os lados na penumbra do salão.

—É lindo. –murmuro acompanhando cada movimento delas.

Ele sorri e vai fechar a porta. Ouço a chave sendo girada seguida de um estalo.

Prendo a respiração ficando imóvel quando sinto Dominic se aproximar por trás e desliza os dedos por meus braços que estão caídos um em cada lado do meu corpo. Seu toque é macio e verbera em cada célula do meu ser. Ele afasta meu cabelo, plantando pequenos beijos na minha nuca, me deixando toda arrepiada. Seus dedos hábeis puxam para baixo o zíper do meu vestido que logo cai no chão ao redor dos meus pés. Estou usando um conjunto de lingerie creme de renda, também presente da minha mãe.

—Respire, amor. –ele diz, me conduzindo até sua cama.

Deito sobre o colchão macio e aconchegante, respirando fundo. Tudo nesse quarto tem o cheiro dele e isso me acalma instantaneamente.

Dominic fica em pé ao lado da cama, varrendo meu corpo com o olhar.

—Linda. –murmura.

Essa simples palavra age em mim como um dispositivo incendiário. Minhas entranhas se contorcem, meu sangue arde, pulsando acelerado. Eu o quero, e o quero agora. Estendo os braços pra ele, chamando-o.

Dominic tira a calça jeans, ficando só de cueca box preta e se deita sobre mim.
Me beija acariciando meu cabelo, depois meu rosto e então desliza para os meus quadris, para a renda da minha calcinha, põe os dedos sob o elástico puxando-a para baixo com delicadeza.

Fecho os olhos, com a boca entreaberta, deixando me levar pelos beijos, pelas carícias, por suas mãos  que passeiam por meu corpo, por lugares até então, inexplorados. E quando dou por mim, estou nua nos braços dele.

Começo a tremer igual a vara verde, quando Dominic se livra de sua cueca, estica-se por cima de mim, abre a gaveta, tira de dentro uma embalagem de camisinha, a rasga com os dentes, coloca e desliza para o meio das minhas pernas trêmulas.

—Relaxa, meu amor. –sussurra, mordendo de leve o lóbulo da minha orelha.

Faço o que me pede e deixo me perder nesse momento único. Dominic é carinhoso, paciente e faz amor comigo com muito cuidado, tentando me proporcionar a melhor primeira vez que uma garota pode ter.

Estamos entrelaçados. Corpo com corpo, pele com pele, ardentes de desejo e paixão, significando que sou dele e que ele é meu.

***

Dominic está deitado de barriga para cima e eu deitada ao seu lado com a cabeça apoiada em seu peito, ouvindo as batidas do seu coração.

Te machuquei? –ele pergunta demostrando preocupação em cada palavra.

Fecho os olhos revivendo tudo.

—Não. Você foi perfeito. Senti como se pudesse tocar o céu.

—Tocar o céu? Mas é tão alto. –seu tom é brincalhão.

Levanto a cabeça um pouco para poder olhar dentro de seus olhos negros e profundos.

—Pois saiba que tocar o céu nunca teve a ver com altura.

Ele me encara de volta em silêncio e então se levanta dizendo que comprou um presente para mim. Sai andando pelado, sem vergonha, com a segurança de quem sabe que não do que se envergonhar.


Me enrolo em seus lençóis macios e sento.

Dominic volta trazendo uma pequena caixa branca com um laço rosa na tampa.

—Feliz aniversário, baixinha.

Sorrio toda boba, pegando o presente.

—...Espero que goste. –ele emenda.

Seguro a caixa entre meus dedos.

—Vindo de você, será impossível não gostar.

Ele abre um largo sorriso, formando covinhas nas bochechas.

Tiro a tampa da caixa. Dentro dela tem uma corrente de ouro com um medalhão. Dentro do medalhão, tem vários pequenos pingentes em formatos diferentes. Uma câmera, uma aliança, uma casa, uma estrela, um coração, a palavra "Sonhos" e o símbolo do infinito.

—Nossa, como é lindo. –digo, passando-o por cima da minha cabeça. O metal é frio quando entra em contato com a pele do meu pescoço.

—Gostou? Se chama medalhão dos sonhos. –ele pergunta, ansioso.

—Se eu gostei? Eu amei! –
Jogo meus braços ao redor de sua cintura e o beijo puxando-o para cima de mim.

Continua no próximo capítulo.
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Lua Negra (Editando)Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon