Kimberly foi criada longe de seus parentes maternos, mas quando sua avó morre e sua mãe é obrigada a retornar a sua cidade natal para a leitura do testamento , ela vê nisso a chance de conhecê-los e descobrir mais sobre eles, porém quanto mais tenta...
Paro enfrente a uma porta no final do corredor com o nome "Secretaria" escrito.
Abro e entro.
Uma mulher roliça de meia idade está digitando algo no computador. Ela levanta o olhar arrumando os óculos de grau quando me aproximo.
—Oi. Sou nova aqui e...
Afastando a cadeira de rodinhas para trás a mulher se levanta.
—Seu nome completo, por favor.–ela pede abrindo um armário de ferro e puxa para fora uma enorme gaveta com pastas de documentos.
—É Kimberly Marie Whitmore. –respondo.
Enquanto a senhora procura volto a pensar no telefonema. Tenho que arranjar um jeito de me livrar disso. Não posso ficar nas mãos daquela besta. Mas como? Se não tenho ideia de quem seja! É tudo muito novo e estranho para mim. Esse lance de caçadores, lua negra e inimigos lobo-cão. Tô me sentindo como cego em tiroteio em toda essa situação.
****
Com os meus horários de aulas e a senha do meu armário em mãos, volto por onde vim, passo em frente onde deixei meu celular e subo alguns degraus para o andar superior.
Sinto um frio na barriga quando chego no corredor dos armários. Encaro a massa de estudantes passando uns pelos outros com pressa. Procuro a Ruby com os olhos, mas não a vejo. Ela sumiu depois que entregou o celular na entrada. Disse que a gente se via no almoço. Pra falar a verdade não sei nem o que a Ruby faz aqui, pela idade dela, já era pra ter terminado o ensino médio. Eu tenho dezessete e já estou no último ano.
—Só pode ser brincadeira!–resmungo.
Detesto cadeados com combinação igual a de cofre. Dá o maior trabalho pra abrir.
Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
—Quer ajuda aí?
Uma garota de cabelos curtos, rosto redondo, olhos pequenos e puxados, usando jaqueta de couro e chapéu com lapela, oferece.
Sorrio sem jeito.
—Não, obrigada. Acho que posso dar conta.
Ela se aproxima.
—Oi, sou Hanna Lee.
Hanna põe a mão no cadeado, me fazendo afastar para trás e então pega a minha combinação e abre meu armário com tanta facilidade como se tivesse aberto com chave.
