Estou em uma quarto de hotel nos limites da cidade, esperando por ele, me sentindo totalmente perdida. Agora que a Kim sabe que o Dom é lobo não tem mais nada que eu possa usar contra ele para fazê-lo ficar de bico fechado sobre o que sabe sobre mim. Mas que Droga! Talvez eu não tenha nem a chance de executar o meu plano. Plano esse que levei mais de dois anos planejando para sair perfeito.

Uma batida na porta interrompe meus pensamentos.

Subo a minha saia longa e tiro minha arma que está presa a uma faixa para coxas. Engatilho e sigo com ela erguida na minha frente. Se for os caçadores da Lua Negra eu meto bala no primeiro que cruzar essa porta.

—Quem é? –pergunto.

—Sou eu, abre logo!

Relaxo.

Abro e ele irrompe para dentro fechando a porta atrás de si.

—Por que demorou tanto? Estou aqui desde cedo te esperando.

Ele tira a arma da minha mão e põe em cima da cama.

—Você sabe muito bem porque. –diz se voltando para mim.

Me encosto na parede.

—Estou ferrada. A Kim já sabe que o Dom é lobo.

Ele ergue uma sobrancelha.

—Está mesmo. –concorda.—Nesse momento os dois estão juntinhos na festa de aniversário dela. Fizeram as pazes.

Arregalo os olhos.

—Droga! Então temos que agir logo...

Ele balança a cabeça discordando.

—Não, vamos seguir com o combinado. Será no dia da festa de formatura da Kim.

Cerro minhas mãos em punhos, bufando.

— Mas por quê? O que tem de tão especial nesse dia?

Ele da de ombros despreocupado.

—Nada demais... só que todos vão estar distraídos com a festa e será mais fácil para pegarmos a Rose.

Mordo o lábio pensativa. É, pensando por esse lado, será bem mais fácil mesmo.

Ergo a cabeça.

—E até lá, como eu fico? –questiono com impaciência.

—Fica escondida, é claro. Ninguém pode saber onde você está.

"Kim"

Dom me puxa para um canto e chama para fugirmos da festa escondidos.

Sorrio enlaçando nossos dedos.

—Agora? Mas e a festa, os convidados?

Ele me encosta na parede, prendendo meu corpo com o seu. Começa a beijar meu pescoço, meu ombro, parando na minha boca...

—Tem certeza que prefere ficar aqui com essa ruma de gente do que sozinha comigo? –seus lábios agora estão no lóbulo da minha orelha, dando pequenas mordiscadas.

Minhas pernas ficam moles enquanto sinto minhas bochechas queimarem com o fogo que se acende em mim, em minhas veias, em meu coração.

—É, acho que precisamos de um momento sozinhos.

Agarro sua mão e saímos juntos correndo para fora da boate, rindo feito dois bobos, com as doses de vodca surtindo efeito sobre nós.

—Espera aqui, vou buscar minha moto. –ele atravessa a rua e minutos depois já está de volta montado numa Harley Davidson preta de aros cromados.

—E o seu carro? –pergunto antes subir nela.

—Está na oficina, bati com ele em uma árvore.

—Bateu? –indago preocupada. — Mas você está bem? –estudo-o de cima a baixo pra certeza de que ele está bem mesmo.

Dominic tira o blazer, a camisa social de Botões e abre os braços para me mostrar que não tem nenhum arranhão.

—Tá vendo? Estou bem.

Engulo em seco, prendendo a respiração, admirada com o seu corpo.

Agarro sua cintura quando sento na garupa, sentindo a pele lisa e quente do seu abdômen sob meus dedos.

Fecho os olhos quando Dominic acelera descendo a rua, sentindo o vento frio da noite acariciar meu rosto. Não quero saber aonde ele está me levando porque com certeza essa noite eu vou com ele até os confins da terra, se assim ele quiser.

Continua amanhã! Votem e comentem 💗💗 Na mídia tem música do capítulo.

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Lua Negra (Editando)Where stories live. Discover now