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Kim

Enxugo as malditas lágrimas que embaçam a minha visão

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Enxugo as malditas lágrimas que embaçam a minha visão. Raiva é tudo o que sinto nesse momento
e eu não gosto disso. A última vez que senti esse tipo de raiva, uma garota acabou morrendo e a outra no hospital toda quebrada.

Me aproximo do carro que deixei estacionado ao lado da igreja. Me escoro nele por alguns segundos, fico de cabeça baixa respirando fundo. Não sei se agüento mais passar por esse tipo de situação, é humilhante, muito estressante e desgastante. Sou louca pelo o Dom, mas se coisas assim continuarem a acontecer, vou terminar com ele para sempre.

Enfio a mão no bolso da minha jaqueta jeans e tiro a chave do carro. Me viro de costas para abri-lo quando ouço passos atrás de mim.

Viro-me de frente e vejo um cara parado, me encarando.

Olho ao redor e a rua está deserta. Todos os prédios comerciais estão fechados e na praça não tem mais ninguém. Não imaginei que fosse tão tarde quando o filme terminou. Zoe e eu pegamos a sessão das nove e acho que o filme demorou mais ou menos duas horas para terminar. Não tenho muita certeza porque como eu disse, não prestei muita atenção no filme.

-Oi, delícia. Lembra de mim? -ele anda lentamente na minha direção.

Olho-o com mais atenção. Cabelo preto bagunçado, sobrancelhas grossas, barba por fazer, olhos escuros, lábios finos, nariz retilíneo. Suas feições não é estranha, algo dentro de mim, me diz que já vi antes. Puxo pela memória e então acabo lembrando. É o cara que tentou me agarrar a força na festa que o Dominic deu na fábrica abandonada. Na ocasião, o Dom me defendeu dele e o encheu de porrada.

Arregalo os olhos.

Ele sorri.

-Lembrou, não foi? E ai, cadê o seu segurança? -ele olha pros dois lados, como se estivesse procurando alguém. - Ele não esta aqui para te defender?

Levo minha a mão ao meu pescoço na procura do meu pendante, porém infelizmente o esqueci em casa.

-Não, por favor, me deixa ir embora. -peço com educação, sentindo meu coração acelerado.

Sem dizer nada o homem pula em cima de
mim e me prende contra o carro. Sinto sua barba arranhar meu pescoço.

-Você é uma gracinha, sabia? Agora entendo por que o Dom logo colocou os olhos em cima de você. -murmura tentando me beijar.

Dou um empurrão, mas ele é um muro de músculos e nem se move.

Começo a me debater de todas as maneiras possíveis pedindo que pare, mas ele me aperta ainda mais junto ao seu corpo. Esse tarado nojento cheira a álcool e a cigarro.

Um puxão pega nós dois de supresa e o cara é jogado para trás com violência. Com o impacto, eu caio para frente de quatro. Levanto a cabeça e vejo Conrado.

Ele estende a mão para mim.

-Você está bem? - pergunta me ajudando a levantar.

Estou ofegando e me sentindo enojada. Não acredito que esse porco pôs a boca na minha. Tenho vontade de vomitar.

-Não, mas vou ficar. -respondo, observando o cara ficar em pé novamente. Sem pensar, corro até ele e dou um belo de um chute em suas bolas. Ele arqueja e cai de joelhos e dou mais um chute.

-Nunca mais toque em mim. -berro, enquanto ele geme com as mãos entre as pernas.

Corro de volta pro Conrado e o abraço forte.

-Me tira daqui, por favor. -peço.

Ele põe seus braços ao meu redor protetoramente.

-Claro, mas antes vou dar uma lição nesse otário pra ele aprender nunca mais a pegar mulher a força. -Conrado o encara com os olhos em chamas.

-Não, acho que depois dos chutes, ele nunca mais vai chegar perto de mim de novo. Só quero ir pra casa.

Sem fazer nenhuma objeção, ele me leva até meu carro, abre a porta do passageiro e entro, depois dá a volta, senta no banco do motorista e dirige para mim.

Continua no próximo capítulo. Votem e comentem, por favor. Boa leitura, bjuss e Obrigada.

Lua Negra (Editando)Where stories live. Discover now