30. Epílogo

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Alguns meses depois...

Eu já referi que odeio mudanças, sinceramente, digo isso praticamente todos os dias. Mas logicamente vou apercebendo-me que às vezes mudar é o essencial, é aquela parte a que o ser humano pretende chegar.

Mas... mudar o quê?

Não digo que seja apenas, por exemplo, o físico ou psicológico. A rotina. Mudar a rotina é o que falta.

Anteriormente, eu sentia-me bem estando perto do único que eu amei verdadeiramente, essa era a minha essência e parte do Harry dava-me motivação para continuar a seguir com a minha vida. Foi com ele que experienciei várias coisas, e partilho uma filha perfeita e saudável, a Felicity.

Agora... Agora ambos seguimos com as nossas vidas – não só amorosas. Nenhum arranjou um novo companheiro até agora, o que juntos passamos foi intenso, duradouro e romântico; acaba por fazer com que ultrapassemos o passado com mais dificuldade e cuidado.

Sempre que o vejo lembro-me de algum momento que já passamos, sinto saudades dos seus braços, das suas carícias e do seu olhar apaixonado. Eu sei que o inverso também acontece, aliás, já falamos sobre isso antes de ele partir para a tour em que agora anda. Mas meio que juramos que não íamos regressar para os braços um do outro – pelo menos, não agora, enquanto ele anda a dar os concertos pelo mundo.

Quando divulgamos aos mais próximos que a relação acabara, houve um pequeno choque. "Como assim, mesmo estando tão próximos da cerimónia?" – Palavras da Christine quando lhe contei. A verdade é que, estávamos longe de nos casarmos, mas acho que é óbvio que me custou imenso saber que o que existia estava a ser negado. Para sempre...

Depois vieram as revistas com as suspeitas do término e semanas depois, as confirmações. Também foi complicado entrar num café e ser olhada de lado.

Isto não passou de mais um conto de fadas que não terminou bem, infelizmente. Mas arriscadamente, penso que seja o mais correto – já citei.

Os meus dedos passam pela moldura da fotografia em que me encontrava eu, a Felicity e o Harry juntos, a sorrir. Uma família. Só lamento imenso pela minha filha que ficou um pouco abalada quando eu lhe contei que o pai ia sair de casa para ir morar para outro lado, pois acabamos. Claramente, apenas lhe disse que ele tinha saído de casa porque precisava de trabalhar noutro local mais próximo do resto dos elementos – o que em parte até é verdade.

Torno a pousar a fotografia por cima do mobiliário e suspiro. Nostálgico.

"Felicity, vou encontrar-te." Grito, esboçando um curto sorriso.

Saio do meu quarto com as mãos a tapar o rosto, pois estávamos a jogar a uma nova versão das escondidas que no infantário lhe ensinaram.

Ouço o meu telemóvel tocar – uma mensagem.

"Espera um pouco, filha, mantém-te quieta que eu vou tirar as mãos dos olhos." Executo o movimento e retiro o telemóvel do bolso traseiro das calças de ganga.

Tenho saudades tuas... Harry.

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FIM

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Dear Me.

Teen(ager) - h.s {sequela TM}Onde as histórias ganham vida. Descobre agora