Capítulo 21

30 14 2
                                    

A dinâmica entre nós intensificava-se a cada dia, passando várias noites na casa dela.

Os nossos momentos à distância eram marcados pela provocação sutil da Clara, por meio de fotos e vídeos, cuidadosa em não mostrar o rosto (algo compreensível).

Por vezes, explorávamos o sexo virtual, descobrindo o quão excitante pode ser a masturbação conjunta à distância. Imaginar os gestos da Clara no seu corpo, o prazer que ela sentia enquanto pensava em mim, era genuinamente estimulante!

Em um determinado dia, durante o trajeto para a casa dela, reuni coragem para uma pergunta crucial:

— Podemos começar a fazer sem preservativo?

— Claro!

Um sorriso de entusiasmo surgiu no meu rosto! (Porque é que não perguntei antes?)

Entretanto, ela completou a sua resposta:

— Se um dia nos tornarmos exclusivos, caso esta amizade colorida dure mais tempo do que eu acredito. E, somente após fazeres análises, para garantir que não tens nenhuma IST.

(Pois... era bom demais para ser verdade...)

— Mas eu não tenho estado com mais ninguém além de ti! — argumentei.

— E como é que vou ter a certeza disso? Se te envolvesses com mais alguém, dirias? E como é que sei se não tens alguma IST? Não é algo que esteja escrito na testa.

— Eu usava preservativo com as outras mulheres! — Claro... e eu devo acreditar nisso, apenas pelas tuas palavras? Não te esqueças que quiseste conhecer-me apenas com a intenção de fazer sexo comigo. Já o fizemos várias vezes, e nunca vi um único preservativo contigo!

Pensei em alguma forma de refutar o seu argumento...

— Ok, e se, antes de chegarmos à tua casa, fizéssemos sexo agora mesmo... terias algum preservativo contigo?

Pensei que a tinha encurralado com essa questão... até que ela retirou três preservativos da mala, um do bolso do casaco (e até mesmo do sutiã)... A resposta estava dada... (Porra, que mulher prevenida!)

Após essa resposta, permaneci em silêncio pelo restante do trajeto. Ao chegarmos à casa dela e entrarmos o quarto, a Clara propôs um acordo:

— Ok, Tiago, que tal fazermos assim: quando esgotarmos todos os preservativos que tenho em casa, reconsidero essa hipótese.

Aceitei prontamente, imaginando que ela teria uns dez ou vinte preservativos. No entanto, ao abrir a gaveta, a Clara agarrou numa bolsa e derramou cerca de cinquenta preservativos sobre mim...

Fiquei sem reação.

Ela lançou-me um sorriso sinistro e virou as costas, descendo as escadas.

— Onde vais? — perguntei.

— Buscar os restantes que estão na sala!

(Sério? Mais preservativos ainda?)

— Ah, e não te esqueças das análises! — acrescentou, com um toque de humor.

— Então e tu? Não tens de fazê-las também?

Imediatamente, a Clara agarrou alguns papéis que estavam dentro da gaveta e atirou-os para a cama.

— Eu fiz antes da nossa primeira vez. Quando tenho um novo parceiro, quero garantir que não irei transmitir-lhe nada, afinal, mesmo protegida, acidentes acontecem. Mesmo assim, posso fazer as análises novamente, se isso te deixar mais confortável. Mas, até lá, plastifica o teu "amigão"!

A Clara foi buscar os restantes preservativos.

Cheguei a pensar em esconder alguns, mas ela gritou lá da sala:

— Nem vale a pena tentares esconder! Sei quantos são!

(Ok, vai ser uma longa batalha contra este monte de látex!)

Apesar do sexo ser incrivelmente satisfatório, também enfrentávamos pequenos contratempos, como cãibras, telemóveis a tocar, alguém demorar mais a ficar excitado, ou outras complicações inevitáveis...

Mesmo assim, nunca permitíamos que isso nos abalasse! De alguma forma, esses "imprevistos" tornaram-se uma fonte de conforto para mim.

É comum que os homens enfrentem eventualmente dificuldades com a ereção, ejaculação precoce, ou até mesmo limitações para prolongar o ato, especialmente quando a parceira deseja mais. Temos um grande receio desses imprevistos e não sabemos como lidar com eles, enquanto algumas mulheres, infelizmente, também não ajudam muito, expressando apenas desapontamento... mas a Clara não! Ela proporcionava-me total conforto!

Quando algo inesperado acontecia, a Clara improvisava o ato de outras maneiras, mantendo sempre uma atmosfera positiva (eu fazia o mesmo com ela, quando ocorria algum constrangimento, como um flato vaginal, que também a deixava envergonhada). 

CLÍMAX - vem(-te) comigoWhere stories live. Discover now