Capítulo 7

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A caminho da suíte, enviei uma mensagem aos meus cúmplices para que deixassem tudo pronto em dois minutos, deixando-os em desespero (acho que nunca trabalharam tão rápido na vida, mas a missão foi um sucesso)!

De mãos dadas, entrámos na suíte.

A Clara observava as pétalas que decoravam o chão.

— Uau!... Até parece que já esperavas que eu viesse...

Ri nervosamente, tentando justificar-me:

— Bem... Eu mantinha a esperança de que aceitasses passar a noite a assistir um filme comigo, ou qualquer outra coisa... sem segundas intenções! — foi a melhor desculpa que saiu naquele momento.

— Claro! Podemos ver um filme.

Bolas, não esperava que ela aceitasse essa desculpa. Tenho a certeza de que, na sua mente ingénua, "ver um filme" significa, literalmente, ver um filme.

Sorrateiramente, tentei desconectar o cabo da televisão com o pé, desligando-o da tomada, antes de agarrar o comando.

— Olha, não está a funcionar! Que pena... — comentei, mas desconfio que ela percebeu que o cabo estava desligado.

Tenho de distraí-la para voltarmos ao nosso "clima" (ou o que lhe quiserem chamar).

— Tens fome? Posso pedir aos meus funcionários para prepararem o que desejares!

— Obrigado, mas estou satisfeita. Só preciso de ir à casa de banho.

— Claro! Fica à vontade! Se quiseres, podemos tomar um banho juntos, ou... — ela fechou a porta na minha cara. (Outra vez? Tem de haver sempre uma porta entre nós?)

Escutando discretamente pela porta da casa de banho, ouvi o zíper do casaco. (Será que ela está a tirar a roupa, para me surpreender quando sair?)

Corri para a cama, abri a garrafa de álcool que estava na mesa de cabeceira, dei um grande gole e tirei a camisa.

Nesse instante, ouvi a porta da casa de banho abrir...

Eu estava de costas. Virei-me lentamente, de forma a poder contemplar o corpo que ela tanto escondia (rezando para não ver uma roupa interior igual à da minha avó, bege e brochante, que cobre mais do que mostra).

Virei-me... e lá estava ela... ainda com o maldito casaco vestido!

— O que foi? — questionou ela, com total inocência.

— Nada, nada... — disfarcei e voltei a vestir a camisa, percebendo que terei de avançar com mais calma.

A Clara aproximou-se e encostou a cabeça no meu ombro, permitindo que a abraçasse, surgindo o segundo beijo (desta vez, mais intenso).

Os meus lábios roçavam levemente na curva do seu pescoço, enquanto os meus braços a envolviam, provocando um arrepio arrebatador.

As minhas mãos deslizaram pela sua pele. O seu corpo irradiava calor. Acredito que nunca tinha ido tão longe com um homem antes! Os seus olhos dançavam entre ansiedade e desejo, procurando os meus, tentando encontrar segurança.

Teria de avançar com calma e delicadeza, para não assustá-la.

O seu rosto exibia uma mistura de nervosismo e timidez. Nem o casaco queria despir. Mas, claro, eu sabia o que fazer!

Abracei-a com mais firmeza, beijei-a com mais desejo, ergui-a nos meus braços, deitando-a suavemente sobre a cama.

Posicionei-me sobre ela, olhei nos seus olhos e sorri, acariciando o seu rosto delicado.

Ela ainda segurava o casaco com as mãos, esforçando-se para cobrir o corpo ao máximo. Ainda não me permitiu desapertar o fecho.

Toquei nas suas mãos, sorri novamente, mergulhei nos seus olhos e disse carinhosamente:

— Clara, mostra-me o teu verdadeiro eu... Quero conhecer-te, como realmente és... — (essa frase era o meu melhor trunfo, a minha arma secreta! Palavras sedutoras, que ecoavam nos contos românticos, onde jovens tímidas, quase sempre virgens, rendiam-se a um homem após ouvi-las... e funciona sempre!)

Ela sorriu, elevando lentamente as mãos, permitindo que eu finalmente abrisse o fecho, desvendando o que tanto escondia.

Com suavidade, deslizei o zíper, observando atentamente a sua reação. Ela mantinha o sorriso e os braços elevados, então, continuei. Ainda não conseguia vislumbrar o que se escondia por baixo daquele casaco, mas imaginei que me aguardava mais algumas camadas de roupa para tirar (mas não tem problema, afinal, eu sou um especialista em retirar roupa). Temos a noite toda! Quero assegurar-me de que ela se sinta completamente à vontade na sua primeira vez, tornando-a um momento totalmente memorável.

Naquele momento, já estava completamente consumido pela tesão (ou talvez fosse o álcool do jantar a fazer efeito). Ainda excitado pela antecipação, as minhas mãos pairaram sobre o casaco. Notei a hesitação nos olhos dela e, com palavras tranquilizadoras, prometi fechar os olhos, iniciando um jogo de confiança e entrega.

— Vem comigo... — sussurrei.

Após proferir essas palavras, fechei os olhos, beijei-a novamente e comecei a abrir o casaco, finalmente!

Enquanto o abria, com os olhos fechados, beijando-a delicadamente, percebi um leve movimento do seu braço sobre o tecido da cama.

Não queria abrir os olhos, com receio de assustá-la, mas, quem se assustou fui eu!

Um sussurro provocante, um tom de voz diferente, ecoou no meu ouvido, repetindo as palavras que proferi, mas com uma entoação diferente:

— ... Vem-te comigo!...

Escutei o sussurro dessas palavras, seguidas pelo estouro de um dos balões que estava preso à cabeceira da cama.

Sobressaltado com o estrondo, ao abrir os olhos, fui surpreendido pela reviravolta!

De repente, vi-me deitado na cama, com os pulsos aprisionados pela fita que segurava esse balão, e a Clara em cima de mim, sorrindo, com um olhar diferente... totalmente confiante e sedutor!

Sentada no meu colo, abriu o casaco, surgindo no seu corpo uma das lingeries mais sensuais que já vira! Aquela renda desafiava os limites do desejo!

Retirando o casaco por completo, num gesto delicado e sensual, deixou-o cair ao chão.

Do sutiã, retirou um preservativo com destreza, rasgando-o habilmente com os dentes, mantendo aquele sorriso confiante e o total controle da situação.

Os meus olhos não podiam acreditar no que acabaram de testemunhar! Tentei articular alguma reação, mas a única coisa que saiu da minha boca foi "What a fuck?"... e nem terminei a expressão, pois ela colocou imediatamente o dedo sobre os meus lábios. Aproximou-se do meu rosto, mergulhou nos meus olhos e sussurrou de uma forma bem provocante e sensual:

— Shhh... Quem manda na cama... sou eu!

CLÍMAX - vem(-te) comigoUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum