Capítulo 115

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Bianca

Eu vejo o Victor ir embora, deixo a Giovana dormindo e visto uma calcinha, saindo do quarto pra ir lá na porta, que tá com um barulho muito grande. Eu só consigo escutar a voz da Tifanny e do Cuzinho que tá gritando.

Passo pela sala vazia, minha avó dorme no quarto aberto e eu caminho pro portão, colocando minha cabeça no espacinho, vendo um pouco da fofoca. O Cuzinho grita, parecendo rir e eu abro a porta toda, saindo com os pés descalços.

Tifanny: Eu já ia te chamar pra vim ver essa novidade - ela fala rindo e eu escuto a desgarga da PCX estalando de tão quente - Um envolvido acabou de se assumir gay, foi tão... - ela procura palavras, mas acaba rindo - Foi arrancado do armário por minha causa.

Cuzinho: Eu te chamei pra sair comigo, tu não quis e já foi dando papo pro Gala, tu é foda - ele conta um bolo de dinheiro e eu fico rindo, vendo o Toloce do outro lado - Mano Popó gosta de uma parada diferente e foi tirado pra merda, mas eu apoio, nada contra.

Eu: Gente, não se briga pela Tifanny, isso que tá errado - os meninos fazem a volta aqui na porta de casa e eu ajeito meu coque, segurando a presilha na boca - Tifanny é de todos e de ninguém ao mesmo tempo, mulher da vida.

Tifanny: Me chama mais de puta, Bianca! Me chama, sua safada - a dona Neide faz cara feia pra ela e eu dou risada - Desse jeito tu queima o filme da Tify Tify, eu só não aceitei sair contigo, porque tô passando pro um probleminha - ela fala pro Cuzinho e eu dou risada - Espera 2 semanas e a gente curte esses 20k, mas agora eu não posso.

Eu pego um banquinho e me sento aqui na porta pra não me sentir sozinha. Coloco a camisa pra cobrir as minhas pernas e os meninos ficam em volta da Tifanny, menos o menino gay, é o Popó se eu não me engano.

Eu vejo o Cuzinho contando um monte de dinheiro, logo me lembro da loucura do Victor em colocar as coisas no meu nome. Não sei se eu sou desconfiada com tudo, mas eu não gostei, parecia que ele tava tentando assegurar alguma coisa, mas ele falou que era só pra não correr o risco de tomarem. Eu não quero ser amparada com dinheiro, ele pensa que me engana, mas enquanto aquele velho vem com a massa, eu já tô com o bolo.

Dona Neide senta na cadeira, encostada na porta da casa dela e fica olhando pra PCX da Tifanny, a loira olha pra ela e vai até o baú da moto, tirando um saco de sal grosso.

Tifanny: Vai tirando toda inveja, Senhor! - ela puxa o plástico com o dentes e vai jogando o sal grosso na moto toda - Tira a inveja da Neide fofoqueira, que não sabe ficar feliz pela vitória dos outros - eu vejo as pedras de sal batendo na tinta da moto e dou risada - Queima, meu Deus!

Neide: Acha que eu preciso invejar você, Tifanny? - a velha fala alto e eu fico quieta - Você tá sempre nos grupos de fofoca, eu sempre vejo notícias suas, você é piranha! - a Tifanny ameaça ir em cima dela, mas o Cuzinho segura ela - Vem me bater que no outro dia você vai presa, quer mesmo bater numa idosa?

Tifanny: Se a idosa for uma fofoqueira safada, eu bato sem remorso - o Cuzinho tira ela de perto e o banco da PCX fica cheio de sal grosso - Velha safada, um dia eu vou socar essa fofoqueira.

Eu vejo a minha avó aparecer na porta, observo as unhas dela pintadas de vermelho, os pés dela descobertos e mesmo assim ela sai na porta, parando do meu lado. Outra velhinha safada, nunca pensei que ela daria pro Choco, ainda fico perplexa quando me lembro.

Marisa: Seu primo teve aqui hoje? - eu nego e ela ajeita o cabelo, encarando a Tifanny - Já tomou vergonha na cara, dona Tifanny?

Tifanny: Eu errei, fui moleka - ela fala do outro lado e a Neide se levanta, mexendo no celular - Esquece o meu passado, dona Marisa. O que importa é só nós agora, Chomafanny o nosso shipper!

Além do ImpossívelWhere stories live. Discover now