Capítulo 10

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Borges

Olho pros lados vendo o movimento do restaurante que eu trouxe ela, como tô sem contenção tenho que dobrar a segurança e ficar logo desconfiado de tudo, o papo do Braz começa a rondar pela minha cabeça, preciso mermo de contenção.

Bianca: Tá tudo bem?- confirmo tirando o cartão para desligar o carro- parece inquieto...

Eu: Tranquilo, vamo?- abro a porta do carro e coloco a perna pra fora sentindo a brisa do vento no meu rosto.

Passo pro outro lado ajeitando a arma na cintura e pego na mão dela pra gente entrar junto nesse restaurante que eu nunca vim, primeira vez...

Bianca: Aqui é lindo... não é ruim essa exposição pra alguém como você?

Eu: Até é, mas não vou viver refém dessa vida, papo reto, se um dia acontecer é porque tava nos planos, posso evitar, mas não controlar as parada- vejo confirmar e sinto ela abrir a palma da mão fazendo nossos dedos se entrelaçarem.

Entro no local olhando pros lados e no final vejo uma mesa vazia e é pra lá que eu vou. Ao lado tem um grupo de mulheres e uns dois homens juntos.

Eu: Tá tranquilo essa mesa aqui?- ela diz que sim e vai se sentando de frente pra mim- pode pedir o que quiser, pô, fica suave.

Bianca: Depois não reclama do valor- dou risada com gosto, tadinha... se visse a conta bancária não falaria isso, pai é CEO do tráfico, porra.

Eu: Tu é toda princesa, mas são essas que comem igual dragão, tô ligado- faço aspas e digo- alimente o seu dragão.

Vejo ela rir, enquanto eu observo um cachinho cair ao lado do seu rosto, bem perfeitinho, as ondinhas sem nenhum friz, lindo pra caralho.

Bianca: A garçonete não tira os olhos daqui- olho pro lado e vejo a morena desviar o olhar e conter o sorriso- parece que alguém chamou a atenção.

Borges: Ela deve tá pensando, "que casal lindo"- murmuro pra ela e vejo seu sorriso aparecer pra mim, parece uma bonequinha toda linda sorrindo- né não?

Bianca: Hum... o que vai querer?

Borges: O que tu quiser, pode pedir que eu vou querer do mermo, tu vai beber alguma coisa?- ela nega, então vou pegar um whisky pra mim.

Nossos pratos chegaram e fomos comendo enquanto conversava com ela, tentando quebrar o gelo e deixar o clima confortável com a minha presença. Sei que ela é novinha e não tem muito jeito pra agir, mas faço questão de ensinar...

Ouço as risadas do grupo ao lado, principalmente da loira que ria mais alto que todos ali chamando a atenção, não sei se é impressão, mas ela parece me olhar todas as vezes que olho pra ela. Viro pra Bianca, vendo ela bebendo do seu suco e chamo sua atenção ao falar.

Eu: Vou ao banheiro e já volto, tranquilo?- ela confirma e caminho até o banheiro do restaurante, chegando lá abro a porta e vejo que tá vazio.

Vou ao mictório, quando lavo minhas mãos pronto pra sair ouço o barulho da porta abrindo e no susto olho pro lado, não vejo um homem, mas sim a loira que tava na mesa ao lado, penso se foi por engano, mas a cara de safada não nega que foi proposital mermo, porra...
Finjo que não tô vendo nada e dou alguns passos pronto pra sair, mas sinto ela puxar meu braço me fazendo a encarar.

Xx: Tá fugindo por que?- se aproxima ainda segurando meu braço- não percebeu o que eu quero ainda ou quer que eu te demonstre com ações?

Caralho, mermão, não tenho nada com ninguém, sou livre pra fazer o que eu quero, mas não acho certo eu trazer a menina pra ficar comigo e no final pegar outra, mancada do caralho e essa porra eu não faço.

Além do ImpossívelWhere stories live. Discover now