Capítulo 08

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Borges

Acordo já resolvendo algumas paradas relacionadas ao baile de ontem, o planejamento saiu todo como eu queria, não tive muita dor de cabeça com o que rolou e o lucro veio em peso, pô.

Daqui de dentro da Evoque fico no ar condicionado só fumando um, é o primeiro do dia, só pra relaxar e aguentar a carga pesada que é a vida do crime, vagabundo pensa que essa porra é só baile, mulher e dinheiro, claro que isso tem pra caralho, mas os caminhos pra alcançar isso, ninguém quer.

Olho meu celular vibrar na minha perna, visualizando as mensagens de algumas mulheres subindo, deixo vibrar enquanto olhos para os meus pés acomodados na minha kenner preta.

Escuto passos se aproximando e vejo o homem preto se aproximando de mim, segurando o fuzil pela bandoleira personalizada com o vulgo dele e o nome da minha gerência.

Choco: Ae, Borges, baile ontem foi do caralho- passa a mão no nariz olhando pro lado e volta a me olhar- só teve um problema...

Eu: Tava demorando, pô, paz eu só tenho quando tô fumando, de resto é só problema, tomar no cu, qual foi agora?- olho no fundo dos olhos dele que me encara e sorri de lado.

Choco: Agora entendo porque o Braz diz que tu fica lindo quando tá puto. Mas é coisa leve, só a Kaylane e a Pamela que brigaram logo pela manhã, fim de baile, tavam aí se comendo no tapa no meio da rua, maior cenão feio, foi um caralho pra separar. Parecia que as mãos tavam com cola.

Eu: E qual foi o motivo disso?

Choco: Tu ainda pergunta? As marmitas tavam brigando por tu chefão, Kaylane tava espalhando que tava no baile contigo ao invés da Sabrina. Agora não entendo como as duas pagam de bem resolvida e depois ficam aí dizendo que tu come elas e querem ser tratadas como fiel, isso que dá comer puta- fico calado ouvindo o que ele tem pra me dizer enquanto penso nesse outro problema.

Engraçado é que sou solteiro, não tenho nada com ninguém, apenas fico com umas mulheres por ai e nada demais. Não quero mulher nenhuma me impedindo de viver minha vida que já é complicada pra caralho, por sinal.

Eu: Cortar os vínculos com as duas, emocionadas pra caralho, quero saber quando foi que dei essa liberdade de ficar agindo feito criança e ainda botando meu nome no meio de confusão. Tu viu o Braz?

Choco: Ele chegou aí de ressaca e tá lá jogado no sofá esperando dá a hora dele, gerente preguiçoso do caralho, hein...

Eu: Falo mais nada, pode ir- ele confirma e eu pego meu iphone entrando no contanto da Sabrina.

Sabrina

Eu: fiquei sabendo da tua briga com a Kaylane, quero saber essa história direito, antes que eu resolva do meu jeito.

Ela leva uns minutos pra me responder, começa digitando, para e depois manda um áudio.

Sabrina: tu só escuta o que quer, amor, eu não fiz nada, kaylane que veio mexer comigo me tirando a otária, dizendo que eu perdi o cargo de fiel, mas isso é inveja dela.

Eu: porra, agora eu casei e não tô sabendo mermo, sou amor de ninguém não, beleza?- dou uma risada amarga, debochando e desacreditando do que escuto- se liga as duas, pô, tenho nada com nenhuma, comi e pronto, nem dormir com vocês eu durmo. Os dois se beneficia, nada mais que isso, e é por conta da falta de postura das duas que eu não dou mais ideia em nenhuma, sou algum moleque pra tá resolvendo casos de família não, com a kaylane eu resolvo pessoalmente- mando outro áudio puto com essa situação, odeio esse tipo de cobrança, quando é com razão eu suporto, mas ser cobrado por uma coisa que eu nem sou, eu não sustento.

Além do ImpossívelWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu