— Você é mesmo um sujeito interessante. — Mais alguém falou com ele, logo que ele atravessou a porta da taberna, percebendo que um garoto entrou logo depois dele. Ele também já conhecia aquele cara, era o mesmo que tinha visto a fita traumática de Jasper com ele, o que aparecera na casa de Ambrose junto do velho de turbante que agora bebia com seu mestre. O garoto ainda usava aquele boné azul e roxo de time de basquete, mas hoje usava um tipo de túnica que lhe ia até os joelhos e um cinto na altura da cintura que tinha bolsos para acessórios, tipo um cinto de utilidades. Também tinha luvas sem dedos nas mãos. — Eles são amigos de longa data, — ele falou percebendo que Álvaro lançava olhares ao balcão onde Ambrose bebia com o velho do turbante. — Desculpe, eu devia já ter cessado com meus atos de observação e falado com você há mais tempo, Álvaro.
— Então você sabe o meu nome?
— Além do fato de nossos mestres serem amigos e meu irmão falar muito de você, estive observando você por um tempo.
— Me observando?...
— Falaremos disso outra hora. Por agora, eu vou me apresentar: Lázaro Machado, sou aprendiz do mestre Nasrudim, o velhote de turbante ali. Me desculpo novamente por não ter me aproximado de você antes, mas eu estive te observando e reitero que você é interessante.
— Como é que é? Me observando?
— Calma. Eu vou te explicar tudo depois, prometo. Por enquanto, vamos só aproveitar os últimos momentos do dia do festival, novato. Vem, vamos sentar com a sua amiga, a Srta. Novalis. — Eles se sentaram à uma das mesas junto de Hex e Beatrice, de frente para os dois. — Olá Srta. Novalis. Olá, Hex.
— Ei, olá garoto, acho que vamos ter trabalho com os velhos hoje de novo, não?
— Então nem invente de se embriagar você também.
Antes de Álvaro e Lázaro começarem a conversar pra valer, afinal Álvaro tinha muito a perguntar ao garoto, Ilusia Sintra se sentou ao lado de Beatrice, sem mais nem menos e suspirou:
— Você não sabe a sorte que tem de ser aprendiz do Nasrudim, Laz! Aquelas três mocreias que se dizem minhas colegas me fazem trabalhar como uma serva condenada! — Ela falava sem cerimônias, Beatrice ergueu a sobrancelha por uma possível falta de modos da garota, afinal Ilusia tinha sentado ali com eles sem nem pedir licença, — ah! Oi Álvaro, oi gatinho familiar e oi garotinha do clã Novalis! — Ela os cumprimentou com um leve aceno e sorriso simpático no rosto. Álvaro não conseguiu não dar uma risadinha com a atitude da menina e no quanto parecia estar irritando Beatrice.
— Oi. Seu nome é Ilusia, né? — Cumprimentou-a Álvaro.
— Certo, certinho! — Ela sorriu para ele erguendo o polegar.
— Espera um pouco, você acabou de me chamar de garotinha do clã Novalis? — Beatrice franziu o cenho.
— Eu não sei exatamente o seu nome, e não queria te chamar de Louca dos Contos de Fadas como chamam as outras, então te chamei assim mesmo.
— E que tal Srta. Novalis? Esse seria o jeito certo afinal de contas.
— Não, valeu. É muito formal.
Beatrice franziu ainda mais o cenho e sua expressão deixava de ser desaprovação e começava a ser de irritação.
— Perdoe minha amiga, Srta. Novalis, ela é meio desleixada socialmente mesmo. — Lázaro falou tentando apaziguar Beatrice. Álvaro não quis deixar aquela oportunidade de deixar a menina loira ainda mais zangada, afinal, ele sabia que era bem fácil deixá-la assim.
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Máscara Lunar
FantasyCoisas estranhas aconteciam à Álvaro e por um acaso do destino ele se descobre um tipo de bruxo, sendo enviado para aprender mais sobre seus poderes com um velho mago que um dia fora um grande mestre, mas que agora tem se provado apenas um bêbado vi...