82 - Milagres do Paraíso

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Mantive contato com Carlos e as notícias sobre a Máxima eram excelentes. Nossa empresa ganhava muito mais reconhecimento e renome, muitos novos contratos estavam sendo feitos. Regina e eu parabenizamos Carlos por sua ótima condução e lhe damos um boa gratificação em seu salário, o que o deixou muito contente.
Francesco nos ligou para avisar que precisaria viajar a Itália,tinha negócios referente às propriedades pertencentes a sua família e deixou Piero no comando do restaurante. O rapaz estava mesmo se redimindo e notava-se o orgulho na voz do pai ao mencionar seu nome. Francesco nos revelou que Piero perguntava sempre como andava o tratamento de sua "maninha", como o rapaz se referia à Regina, isso nos surpreendeu muito. Principalmente a Regina.

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Fazia um tempo que Cora não se comunicava com Ingrid ou a via, mas o coração não deixava de bater rápido quando se lembrava da policial. Quem diria, pensava. A loira habitava tanto em seus pensamentos que às vezes sentia raiva de si própria. Como poderia alguém que conhecia pouco tempo bagunçar tão rápido a sua mente e o coração? Conquistá-la. Pensou várias vezes em ligar para Ingrid, saber como ela estava, o que fizera nos dias que ficaram sem conversar ou se ver, mas com tudo o que estava acontecendo, principalmente a Regina, dedicava tempo apenas a filha, agora, as filhas, deixando de lado os próprios sentimentos. Às vezes achava até egoísmo de sua parte pensar tanto em Ingrid enquanto Regina precisava totalmente de sua ajuda e cuidado.

Estava em casa, quando ouviu o celular tocar e foi como se Ingrid adivinhasse seus pensamentos. Espontaneamente, o coração de Cora sorriu largamente, mas tratou de sossegar ao ver que estava agindo como uma garota emocionada, totalmente diferente de como ela era, mas o que podia fazer se estava com saudades?

- Cora? - ao ouvir a voz de Ingrid, sorriu assim como ela do outro lado da linha.

- Andou lendo a minha mente, Coronel? Pensava em você agora mesmo…- disse envergonhada. Seu rosto estava corado.

- Bem, eu também pensava em você, por isso liguei. - suspirou. - Estou com saudade de você, da sua voz, do sorriso, do beijo… - pelo tom de voz de Ingrid, dava para sentir o quanto desejava ver e sentir Cora mais uma vez. Apesar de nervosa, pensando na reação dela, tinha que dizer o que estava em seu coração.

Ouvir aquilo fez o coração de Cora acelerar muito forte. Havia um bom tempo que não o sentia tão agitado, nem mesmo quando era casada com Henry. Era muito gostoso sentir todas aquelas primeiras emoções da paixão ao mesmo tempo que era confuso.

- Ingrid, você diz essas coisas e eu fico vermelha! - riu nervosa. - Eu também estou com saudade de você...Tenho estado ocupada com todas as coisas que andam acontecendo por aqui, a Regina...Isso tudo me deixa cansada às vezes. Mas você não me ligou só para isso, não é? - Ingrid respirou fundo.

- Eu...eu estava pensando e acho que seria bom você sair um pouco, esfriar a cabeça, se divertir...Isso não é egoísmo, meu bem. Sei que fica preocupada, eu também, mas acho que será bom distrair um pouco...

- Hm...está me chamando para um encontro, mas não sabe como fazer o pedido? Ingrid... - ergueu as sobrancelhas e abriu um sorriso tão bobo e apaixonado ao ouvi-la suspirar.

- Cora...eu não sei o que está fazendo comigo. Nunca fiquei tão nervosa. - riu meio sem jeito. - Aceita? Podemos ir para um lugar calmo, ficar um pouco juntas… - pensar em ficar sozinha com Ingrid deixava Cora ansiosa. Era um caminho desconhecido, mas estava disposta a percorrer, não importasse onde chegasse no fim. - Que tal um jantar aqui em casa? Eu busco você, pode ser?

- Tudo bem… - disse baixo. - Preciso mesmo distrair a mente. - sussurrou, deixando Ingrid sorridente.

Cora se arrumou de forma mais casual, mas não perdia em nada seu charme e elegância. Pronta,aguardou Ingrid que não demorou a chegar. Mary e Granny se divertiam de seu jeito nervoso ao atender a policial na porta, a deixando ainda mais envergonhada e logo saíram.

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