37 - Desprezo é a Arma

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Por volta das nove da noite, nos arrumamos para sair. Regina vestiu uma curta saia jeans de cintura baixa e uma blusinha verde, deixando o umbigo de fora. Eu usava um vestido vermelho decotado nas costas e pouco acima do joelho.

- Emmy, essa sua roupa é muito provocante. Vai ter um monte de homens em cima... – Regina disse mansamente só que contrariada

- Você já se olhou no espelho? Está linda e gostosa, e tenho certeza de que vai me dar trabalho... – abracei-a pela cintura – Relaxa! – beijei seu pescoço – Não vou dar mole pra ninguém não. Você sabe que eu ando bem comportada desde que a gente começou a namorar, não sabe? – cheirei seu pescoço – Hum, que perfume bom...

Ela sorriu e se afastou.

- Pare! Vamos indo senão você vai querer alguma coisa e atrasa todo mundo... – caminhou sensualmente até a porta do quarto.

Fomos no carro de Nara para a praia do Forte e havia muita gente lá. Um carro de som animava o pessoal com música baiana e a gente dançou muito. Vários caras chegaram em Regina e eu, mas nós demos fora em todos. Sandra e Nara passaram pela mesma coisa.

Reparei que Sandra paquerava uma garota acompanhada, e ela parecia corresponder.

"Gente, como eu nunca reparei que Sandra era assim?"

Elas beberam muita caipivodka e por volta das 3:00h voltamos para casa. Dessa vez, eu vim dirigindo. 

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Jogamos vôlei com quase o mesmo pessoal do dia anterior. Uma hora parei para beber água e Regina veio atrás. Um dos carinhas que dava em cima dela se aproximou e perguntou:

- Agora que tô vendo. Tu é casada! – olhou para a mão dela – E você também. – olhou para a minha

- Pois é. – respondi sem muita graça.

- E quem é o louco que deixa uma gata dessa sozinha? – olhou Regina de cima a baixo e perguntou de forma sedutora.

- Mas eu não estou sozinha. – segurou minha mão e voltamos para a roda jogar.

O cara ficou embasbacado e demorou alguns minutos para voltar ao jogo. Depois, ao final de tudo, eu o vi cochichando com os colegas, e alguns deles nos olhavam com cara de tarado.

- Eu juro que se algum babaca desses vier com idéia de ménage a trois eu quebro os dentes...

- Calma Emmy, nada disso. Desprezo, essa é a arma. Você precisa aprender a controlar essa fúria. – pôs a mão sobre meu braço me acariciando.

- Eles é que têm que aprender a se controlar...

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Saímos a noite de novo para praia do Forte e hoje o ritmo era pagode. Particularmente não gosto muito, mas foi divertido porque Nara e eu ensinávamos Sandra e Regina a sambar. Novamente veio um monte de caras, mas não demos abertura.

- Gente, é incrível como homem é fácil! E depois uns babacas vêm dizer que as mulheres de hoje em dia é que são safadas. Se a gente quisesse já tinha pego bem uns vinte homens cada uma.

- Eu sei, Nara. É que o esporte de uma sociedade patriarcal é controlar as mulheres e cobrar uma eterna pureza que nunca cobra dos homens.

- É por isso que quando eu pegava homem sacaneava muito, Swan. E acho que você era do tipo! – Sandra me deu um tapa no braço. 

- Digamos que eu não era muito legal...

- Eu fiquei com uns quatro homens só. Mas acho que uma mulher na cama é muito melhor. – disse Nara.

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