Capítulo 52 - ultimato

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— Na verdade tenho, você pode me ajudar enquanto Miguel... cuida de seus negócios. — Olho para ele curiosa.

— Que seria?

— Ele precisa de um momento, só isso. — Da de ombros não querendo elaborar mais nada,  mesmo sabendo que não deveria, me vejo encarando a porta e dando um passo em sua direção pronta para resolver o que quer que estivesse acontecendo com ele. Percebendo minha intensão Eric planta sua enorme mão em meu ombro, me gira e guia até a sala.

— Bem, mãos a obra então — diz mudando rapidamente de assunto — Miguel já havia empacotado tudo que trouxemos para partirmos, mas como os planos mudaram vamos precisar abrir tudo novamente e encontrar toda a munição e armas que tivermos. Você pode fazer isso enquanto eu ando pela casal pegando algumas armas e munições que escondi ao redor quando  chegamos?

— Claro.— ele me da um leve sorriso e se vai rapidamente.

Olhando entre onde Eric se foi e a porta, expiro, indecisa entre seguir meu maldito coração  ou a razão. Decidindo que o melhor seria focar em nossa segurança e não nos meus malditos problemas emocionais sigo até as caixas e começo meu trabalho.  Abro caixa por caixa, mexendo cuidadosamente em casa peça que encontro não querendo danificar nada, tudo parecia tão caro e profissional que pensar em quebrar qualquer um me embrulhava o estômago.

As coisas estavam indo bem no inicio, as caixas mais altas eu conseguia acesso usando uma das cadeiras da mesa de jantar, mas na quarta caixa as coisas começaram a se complicar, elas eram pesadas demais e não conseguia tirar as caixas de cima da outra para poder ver o conteúdo das que estavam embaixo.
Tentei arrastar uma vagarosamente, tentando colocar uma parte no chão enquanto me torcia e tentava segurar o peso rapidamente para colocar a outra para baixo, mas por mais força que fizesse a maldita coisa não se mexia.


— Deixa que eu te ajudo — pulei ao ouvir a voz de Miguel atrás de mim.

— Puta merda! Que susto.

— Desculpa, não foi a intensão.

— O-Ok! — gaguejo. Nossos olhos se encontram e um enorme desconforto pode ser sentido por toda a sala, ele desvia os olhos rapidamente e se dirige até a caixa, retirando-a facilmente e colocando-a no chão para mim, assim que me aproximo reparo suas mãos machucadas.

— O que houve? — ele olha para mim confuso, aponto para suas mãos e ele as olha como se só agora tivesse se dado conta de seus machucados.

— Não foi nada.

— Miguel...

— Não foi nada — repete em um tom que não me deixa qualquer duvida de que não quer falar sobre isso, teimosa me aproximo, ele da um passo para trás, coloca a ultima caixa no chão e se vira. — Eu... vou cuidar disso. Precisa de mais alguma coisa? — me olha sobre o ombro.

— Não, tudo certo. Obrigada — digo, mas continuo olhando-o, o coração doendo um pouco com seu comportamento. 

Não era isso o que você queria Bela? 

Distância? 

Só falar o essencial? 

Ele esta te dando exatamente o que pediu.


Fecho meus olhos, respiro fundo e empurro todos esses pensamentos para longe me focando onde realmente importa, pelo menos nesse momento. 

Acabo de olhar todas as caixas, recolho tudo que preciso, confiro todas as caixas novamente, arrumo tudo e depois coloco tudo que encontrei ordenadamente sobre a mesa de jantar, cada arma com sua caixa de munição respectiva, com tudo pronto, vou atras de Eric.

— Quando eu disse para fazer o que precisasse, não imaginei que você seria burro o suficiente para ferrar com suas duas mãos seu idiota! Espero que não tenha quebrado nada. No que você estava pensando? — ouço Eric conversar com Miguel em um dos quartos, paro não querendo fazer barulho e tento me virar, mas... alguma coisa me faz continuar plantada ali.

— Deu certo não deu? Isso é o que importa.

— Já vi que você esta naquele humor de merda que falar qualquer coisa com você entra em um ouvido e sai pelo outro então que seja. Você esta pronto para o que vem pela frente? Só preciso saber disso.

— Sim — Miguel praticamente grunhe.

— Bom! Mas tire a cabeça da bunda e não faça merda, eu to falando serio Miguel, nada de bancar a porra do herói.

— Eu não vou.

— Miguel... 

— Eu não vou porra!

— Ok! Acabe de limpar isso e me encontre na sala, vou chamar os outros para nos reunirmos e conversarmos sobre nossos planos.

— Tudo bem, só me de uns minutos. — escolho esse momento para ir até a porta e deixa-los saber sobre minha presença.

— Hum... Desculpe atrapalhar, mas...  já acabei Eric.

— Obrigado, pode ir que já estou indo.

— Será que eu posso... — aponto para Miguel meio sem graça.

— Eu não sei se é uma boa idéia... 

— Por favor. — algo em meu olhar deve dizer algo, pois ele acena com a cabeça.

— Tudo bem — ele bate no ombro de Miguel, me da uma ultima olhada e sai. Miguel continua de costas para mim, ficamos um tempo assim, sem dizer nada, apreensivos com a estranheza de algo que sempre foi tão fácil, tão certo. 


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Hello meus trevozinhos!

Tudo bem com vocês?

Desculpem não ter postado na semana passada,
mas eu tive uma revelação divina e mudei o final do livro rsrs
Ficou muito melhooooor eu juro rsrs.
Então me perdoeeem, mas acho que via valer a pena rsrs.

Agora a pergunta que não quer calar....
Gostaram do capitulo novo?
Me conta nos comentários vai e por favooor bora chamar seus amigos, conhecidos, desconhecidos, turma do insta, do twitter, da rede da dancinha e quem mais puder  para conhecer essa minha historia maluca e me dar uma forcinha.
Bora alavancar essas leituras minha genteee \o/

Espero que estejam curtindo a reta final do nosso livrinho,
demorou, mas ta saindo rsrs
Vocês não vão se arrepender eu juro.

Nos vemos em breve.
Não me abandonem.
Beijos
Mry
🖤

ConfinadaOnde histórias criam vida. Descubra agora