Juro Solenemente Não Fazer Nada de Bom

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Isso aqui é para quem quer saber de mim.

Para quem lembra que atrás de cada palavra e cada frase, há uma pessoa.

Isso é pra quem ficou comigo todo esse tempo, para quem não largou minha mão: obrigada.

Oi, gente, tudo bom? Aqui é a Luma.

Gente, eu tenho tanta coisa para agradecer e falar que eu nem sei por onde começar.

Agora que obrigada, mesmo, é um bom começo. Foram três anos escrevendo Corona II – ou tão perto disso que não faz diferença. O que, em si, é uma diferença gritante com Corona I que eu terminei em por volta de um ano. E não foi fácil chegar aqui. Não foram anos fáceis para mim. Minha depressão ia e voltava e, se não bastasse, eu entrei em uma batalha maluca de cursar duas faculdades ao mesmo tempo. Eu ficava semanas sem abrir o word, quando não meses. Muitas vezes a Mal ainda estava comigo, em um canto da minha cabeça, me olhando com uma cara de "bom?". Outras, ela chegou até a desaparecer.

Não foi fácil esses três anos, gente. Tive muitos relacionamentos conturbados – amizades, paixões. Pessoas ruins entrando e saindo da minha vida, fazendo questão de causar estrago em qualquer que fosse a situação. Cometi duas tentativas de suicídio. Fiquei semanas me alimentando de álcool para tentar esquecer quem eu era e o que estava acontecendo comigo. Me machuquei, por dentro e por fora. Foi... escuro. Foi solitário. Foi doloroso. Mas tem uma frase de Harry Potter que eu tento levar junto ao meu coração: a felicidade pode ser encontrada mesmo nas horas mais difíceis, se você lembrar de acender a luz. E apesar de toda merda que meus 19 aos 22 anos, havia momentos de luz.

E não importava se eles eram longos – se duravam semanas ou meses a fio.

E não importava se era breves – ruindo outra vez antes que eu me desse conta.

Não importava, pois seja como for, eu aproveitava. Eu agarraria aquele breve momento de luz, colocaria minha cabeça para fora da água e me arrastaria para a praia com tudo que eu tinha. Eram momentos de insanidade no meio de um caos completo, mas sempre havia alguma coisa dentro de mim. Pode parecer ego, mas é verdade, eu me lembrava das coisas que eu mesma escrevi. Lute, eu pensava. Sobreviva, insistia. Derrote o Monstro, não o deixe vencer, siga em frente. Tantas coisas que escrevi torcendo para que alguém que precisasse ler encontrasse conforto, vinham me assombrar. E eram nesses momentos em que eu voltava para vocês.

As vezes era com um único capítulo depois de três meses. As vezes era com só um capítulo por mês, pois era tudo que eu conseguia. E toda vez que eu aparecia, era como se não importasse. Vocês estavam aqui, me esperando. Prontos para me receber com ansiedade, para dar amor à mim e a Mal. Eu não posso dizer quantas noites lembrar de vocês ai, em cada uma de suas telas e casas, que contam comigo, que esperam minhas palavras, que sentem um carinho tão profundo pela minha história e por mim... eu não tenho como agradecer a vocês por existirem e eu saber que vocês existem, pois isso ajudou mais de uma vez as idiotices que eu fiz se manterem apenas em duas.

Então obrigada. De verdade. Do fundo do meu coração. Obrigada por esperarem. Obrigada por acharem que valia a pena, por ainda acharem. Obrigada pelos comentários em um capítulo postado depois de semanas ou meses sem nenhuma palavra. Pelos votos. Por simplesmente lerem. Eu não brinco quando falo nos comentários que eu amo vocês. Eu amo, de verdade. A comunidade em crescimento dos leitores de Corona é uma parte essencial na minha vida. Posso não saber o nome de todos (apesar de lembrar do user da maioria) ou quem são vocês, o que vocês fazem..., mas sei que estão aqui. Comigo. Com a Mal.

E isto basta.

Mas tá tudo bem, gente! Juro! Finalmente, eu tenho paz no coração de dizer que está tudo bem. Faz muito tempo que está tudo bem. Como vocês puderam ver pelas constantes atualizações (que é uma ótima maneira de medir meu estado psicológico), eu encontrei paz. Tirei quem não prestava da minha vida para nunca mais voltar, me reorganizei, redefini minhas prioridades. Minha cabeça está limpa e meu coração leve. Sai de uma das faculdades, o que me ajudou em muito a encontrar equilíbrio outra vez. Agora estou me concentrando no que realmente amo, que é Letras. Posso não ter mais tantos amigos, mas o que tenho, estão protegidos no fundo do meu coração. Mais importante do que tudo, eu aprendi a duras penas, que tudo que precisava era de mim mesma. Como diz uma música que eu amo: "eu me ensinei como, e agora me sinto bem sozinha".

Foi muito difícil chegar aqui, mas eu cheguei. E em parte graças a vocês, que mesmo nos meus momentos mais sombrios nunca me deixaram esquecer que apesar todo o resto, eu ainda era boa em uma coisa. Eu ainda tinha algo que brilhava dentro de mim, algo tão bonito que as pessoas paravam para ver o que era, algo que eu simplesmente não podia deixar ir embora. Eu tenho uma opinião meio dúbia quando se trata de talento X esforço. Eu acredito que o talento exista, mas não acho que ele garanta nada. O esforço pessoal nunca deve ser desconsiderado. A minha primeira história era tão ruim quanto qualquer outra primeira história... e agora eu estou aqui, no que eu considero meu ápice. E daqui a um ano eu vou olhar para trás e ver que ainda consegui melhorar, que havia coisas para melhorar. E eu vou continuar a fazer isso, porque escrever é o que eu faço. Não são muitas pessoas que sabem no que são boas na vida, mas escrever é a minha.

Eu sou uma escritora. Eu tenho uma história para contar. E não posso deixar isso morrer comigo.

Foram essas algumas das motivações que eu tive para viver. Essa é a única forma de eu me sentir viva. Eu preciso disso. Preciso disso mais do que eu preciso de qualquer coisa no mundo. Preciso escrever, preciso dar vazão para o grande tornado de ideias que devasta o caos da minha mente o tempo todo. Costumo brincar "não pergunte se eu estou bem, pergunte se estou escrevendo", mas a verdade é bem essa, bem crua. Só o mais profundo desespero e vazio é capaz de me impedir de escrever. Pois um escritor nunca tira férias, como já dizia alguém que não lembro mais e não achei: quando ele não está escrevendo, está pensando em escrever. E esta sou eu. Sempre pensando, sempre trabalhando, sempre criando. O que me leva a respirar fundo, assoar o ranho do nariz, limpar as lágrimas dos olhos e ir para assuntos mais felizes, agora que já estabelecemos que estou bem, estabelecida e sem planos de afundar em hábitos destrutivos outra vez.

Vamos falar de Corona.

Corona II, a exemplo de seu antecessor, é o segundo livro que eu termino na minha vida. E assim como o primeiro dessa saga, eu declaro essa história completa com louvor: ela se encerra com 130.706 leituras e 20.830 votos. São bons números, pessoal. Números que sou muito grata, de verdade. Mas ainda não acabamos aqui, não é? Não mesmo. A história que eu tenho para contar é longa e está longe de terminar.

Assim se encerra o segundo livro de uma saga que, originalmente, eu planejava ser de sete livros. Hoje em dia, sei que vão ser dez. Sim, DEZ livros. Mas não vamos surtar, sim? O próximo livro, Corona III, abordará o terceiro ano da vida de antiga Mal da Sonserina, agora Corona Black. E assim como deixei nos avisos anteriores, deixo neste: peço que se preparem, não irei poupar ninguém e a cada ano as coisas irão ficar cada vez mais intensas e complicadas.

Corona III será postada em breve, e quando digo em breve, digo semana que vem. Próximo sábado, dia 19 de fevereiro, às 20h. Isso mesmo, quero colocar até horário de atualização agora, uiuiui. TCHARAM. Nem um segundo a perder, pessoal. Organizem seus corações e controlem suas emoções, estamos começando a levar as coisas para algum lugar.

E acho que é isso, viu?

Obrigada de novo pela honra e pela oportunidade e espero continuar fazendo tudo valer a pena. Eu fico com vocês se vocês ficarem comigo, ok? Eu sou Grinifória, afinal, e bem leal aos meus. Surpresos? Talvez. Eu não.

Até breve, meus amores. E não se esqueçam, eu irei dar a história apenas como completa no Wattpad quando postar o capitulo aqui alertando que Corona III foi lançada – também foi avisar no meu mural (então, se quiserem, me sigam <3), mas tem gente que não segue e não vai, então pra ninguém perder nada... bom, agora sim.

Malfeito, feito!

Nox!

Corona IIOnde histórias criam vida. Descubra agora