Contos de Outrora

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Hey nenês <3

Sim, eu estou viva. Sim, eu voltei.

Não vou repetir o blá blá blá de tantos capítulos atrás: eu sei que vocês querem é ler. Então é simples: faculdade. Lembrando que eu faço duas e, em janeiro, eu estava de férias de uma. Em fevereiro, ela voltou, e o tempo livre que eu ganhei (e aproveitei bastante, acredito, enchendo vocês de capitulo) sumiu.

AGORA, eu estou de férias de outra. Então VOLTEI a ter tempo livro. Em fato, não tive aula dela já essa semana toda e olhe aqui o capítulo (e, para quem tiver curiosidade, sim, passei de semestre, yay).

Espero ver vocês de novo semana que vem, pessoal, e obrigada a todos que comentaram e foram me procurar, desejando que eu estivesse bem. Eu irei responder cada mensagem <3

Eu juro solenemente não fazer nada de bom <3

Nox <3


Os garotos hesitaram quando chegou a hora de voltar para o castelo e eu neguei com a cabeça. Potter apertou os lábios em preocupação e Ronald estreitou aqueles azuis para mim, mais hesitante do que qualquer coisa. Esperei que abrisse a boca, que voltasse desde já com sua declaração de mais cedo. Mas o Weasley permaneceu em silêncio, guardando suas suspeitas enraizadas e me ajudando ao puxar Harry para fora dali. Eu precisava ficar sozinha. Havia sido um dia longo demais e ele sequer havia terminado. Esperei, sentada na entrada de Hagrid, até a mente deles registrarem as portas principais se fechando e então me levantei, deixando comida e água para Canino e fechando a porta atrás de mim.

Atravessei o gramado em silêncio, nada mais que uma sombra na noite. Eu não precisava de uma capa mágica para passar despercebida, eu tinha Lagrum e tudo que me ensinou, quase que noite após noite na floresta ao redor do Santa Maria. O movimento de seu grande corpo na orla me recebeu, mesmo que nada tenha sido dito. Também mantive minha boca fechada, pois se ele preferia ganhar algum tempo até a clareira, que seja. Vencemos a mata em silêncio, meus olhos quase fechados para o caminho que eu já conhecia tão bem.

Quando outra vez a sombra da floresta fechada foi substituía pelas estrelas acima de nós, parei meu corpo no meio do caminho até a árvore e me sentei. Lagrum se enrolou em volta de mim, ainda me dando espaço o bastante para ser longe do que se considerava um abraço, mas definitivamente criando uma espécie de ninho com suas dobras. Ou barreira. O silvo longo foi um sinal de que meu amigo não estava gostando do rumo dos meus pensamentos, mas me dei o direito de ser petulante.

— Vai me explicar o que está acontecendo ou vou ter que fazer as perguntas? — o silêncio de Lagrum me fez apertar os dentes e erguer os ombros, descobrindo quão tensos eles estavam e soltei o ar. Durante todo o tempo, a grande cobra permaneceu em silêncio, sua grande cabeça na frente da minha e os olhos cegos nos meus. Parei um momento para respirar. Uma, duas, três vezes. O ar frio da noite entrando como agulhas nos meus pulmões, mas nem de longe tanto quanto estava algumas semanas atrás. Não. A primavera havia esquentando alguma coisa, mas aquilo ainda era a Escócia. Agradeci por isso. Pelo silêncio da floresta em volta de nós, uma vez que nenhuma criatura se aventurava na área que Lagrum reclamou para si, e pela sensação gelada que descia a garganta, pois Dumbledore um dia me disse para não fazer perguntas que não quisesse ouvir as respostas, ou quase isso. E eu estava cansada de ser a última a saber por escolha própria. — Lagrum?

Eu não sou como a criatura do castelo, Malorie, se é isso que lhe preocupa tanto.

— Então o que é? — Chiei de volta, as mãos enterradas na terra ao meu lado, grama e umidade me trazendo algum tipo de conforto vazio. — Pois sempre soube que você tinha magia, Lagrum. Mas também sempre achei que nem eu e nem você sabia o que e como ela era.

Corona IIWhere stories live. Discover now