Capítulo 48 - Laços cont...

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— Sempre — repito dando um leve sorriso.

— Até que enfim você entendeu — Ana ri, me fazendo revirar os olhos.

— Boba!

— O porco falando do mal lavado — diz rindo — Agora Bela, presta muita atenção ok, construa uma base solida com Miguel, fortaleça a amizade de vocês, o companheirismo, respeito e principalmente sejam sinceros um com o outro, por que se você tiver uma base solida, não tem como as coisas não darem certo, a não ser que realmente não seja para ser. Eu digo isso tudo, por que um relacionamento não pode ser só baseado na atração, na luxuria, tem que ser mais que isso, por que uma hora as coisas se acalmam e dai quem vai carregar esse amor?  Nada.

— Pensa comigo, se as vezes nem amor é o bastante, então como sobreviver só de luxuria? Você vai encontrar o cara que ama, vão transam igual coelhos e depois o que? Ficar olhando um para a cara do outro sem saber o que falar? O que fazer? Isso é vida?

— Não mesmo.

— Vocês já começaram bem, ganhando o respeito um do outro, se tornando amigos, adquirindo confiança e sendo honestos um com o outro. Quando vocês forem para o próximo nível, o sexo, tudo vai se tornar ainda mais intensos, por que o sexo é algo intimo, pessoal, você tem que se sentir muito a vontade com você mesma e com a outra pessoa para que a coisa realmente seja boa. Para mim é o momento em que você se torna mais vulnerável, que você da tudo de si para a outra pessoa, que você confia nela seu corpo, sua alma e principalmente seu coração. Você vai entender quando acontecer. É uma conexão linda, quase de alma, você ali com o seu amor, de coração aberto, dando-se por inteira, sentindo tudo... sentindo o prazer do momento, sentindo o amor entre os dois, sentindo a pele dele na sua. — ela suspira — é magico.


— Eu quero muito ter algo assim, como você e Pedro, mas eu confesso que a insegurança esta crescendo cada dia mais em mim. Quanto mais eu penso em tudo...  Não sei, talvez seja por que Miguel é mais velho, já teve relacionamentos antes, enquanto eu não tive nada, ele esta sendo meu primeiro em tudo enquanto eu não sou nada disso para ele. — dou de ombros um pouco chateada — Acho que.... Bem... o medo não é só pela experiência dele em si, mas.. não sei....  E se eu não for boa o suficiente? Ou fizer algo errado? 

— Oh querida, vai por mim. Quando um homem esta tão apaixonado assim, não tem como você desagrada-lo mesmo que tente. Aposto que Miguel te acharia sexy dentro de um saco de batata e resfriada — diz rindo.

— Exagerada! 

— Eu estou falando serio. Tente e me... Desculpe a pergunta, mas... vocês nunca tiveram nenhum momento mais... caliente, digamos assim? — mexe as sobrancelhas sugestivamente em minha direção

— Hum... Sim — digo um pouco sem graça — mas foi algo recente... 

— E? — me olha com enormes olhos cheio de expectativa

— E...  foi estranho, bom, diferente, um pouco assustador.

— Por que?

— Por que eu nunca havia sentido algo assim, então eu não fazia ideia do que estava acontecendo comigo. Por que diabos eu estava sentindo todo aquele mix de emoções de uma vez? Era uma sensação tão intensa, poderosa... uma necessidade esmagadora de ter Miguel, de grudar cada partezinha minha nele, de senti-lo, de nunca mais deixar que ele se afastasse de mim. — digo um pouco ofegante, relembrando tudo aquilo — Isso me assustou, mas ao mesmo tempo eu queria mais. Queria mais dos seus beijos, da sua pele tocando a minha, das suas mãos em mim... 

— Eu te entendo, o amor é a coisa mais linda e assustadora que pode acontecer nas nossas vidas. — Ana diz com um sorriso de compreensão no rosto.

ConfinadaWhere stories live. Discover now