Capítulo 36

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A sensação que estou é a de estar grávida de sete meses, mas é apenas o quinto mês de gestação. Comendo por três, enjoando por três e principalmente: dormindo por três.

Meu médico já liberou as atividades físicas, contratei um personal para fazer o acompanhamento e estou treinando na academia do prédio mesmo, já que não tenho muitas opções... Mas é ótimo poder respirar fora do apartamento.

Eu já estava surtando por estar presa entre aquelas quatro paredes.

E pasmem. Emerson está possesso de ciúmes.

Ele está correndo com os últimos acertos na clínica, com a papelada do contador e com a mudança que já está praticamente finalizada... E mesmo assim sempre tem tempo para ir até a academia comigo.

Por seu tempo e experiência com a musculação ele vive implicando com o Anderson, e olha que ele é um profissional especializado em treinamento físico para gestantes, mas o doutor não sabe separar uma coisa da outra e já brigamos mais de três vezes pelo mesmo assunto.

— Eu não vou trocar de personal amor — repeti despejando a vitamina do liquidificador para o copo.

Emerson dessa vez estava implicando porque o Anderson me auxiliou na execução do agachamento livre e o ogro quase pirou e derrubou os pesos que estava fazendo do outro lado do salão da musculação.

Já voltamos da academia, tomamos banho, já fiz o pós treino e ele continua reclamando.

— Mas Angel, ele não está sendo profissional, fica toda hora cobiçando o que é meu — virei encostando minha bunda na pia e levantei o cenho experimentando da vitamina.

Emerson estava com uma carranca do outro lado da cozinha, sem camisa e na sua usual calça de moletom cinza escuro.

— Eu não fico reclamando de você andando seminu pela casa quando a Jana está aí — levantei uma sobrancelha desafiando-o.

— A Jana não me cobiça — revirou os olhos cruzando os braços abaixo do peito musculoso.

— Meu amor, não tem como não te cobiçar — sorri de lado lambendo o resíduo da vitamina no canto da boca. — A coitada fica até desnorteada quando você passa desse jeito — eu não ligava para isso, sei que a nossa babá não o vê com segunda intenções e é uma mulher respeitosa, mas isso não quer dizer que seja cega.

Só estava querendo colocar meu ponto em pauta.

— Você está querendo virar o jogo contra mim — ele encostou no batente da porta ainda de braços cruzados.

Como estava incrivelmente sexy daquele jeito.

— É só mais essa semana amor, e então vamos estar na nossa casa nova — caminhei na sua direção, deixando o copo sobre a pia. — Vou ter que ver outro personal... Quem sabe, se o papai se comportar, eu o deixe opinar na escolha — circulei meus braços no seu pescoço e Emerson não demorou a levar as mãos para minha cintura, claro que a minha barriga impossibilitou que colasse meu corpo ao seu.

Ah, o papai é muito comportado — sua voz saiu rouca e sensual, e de repente eu estava bem excitada com a brincadeira.

— Vai ser bonzinho? — perguntei em um gemido baixo, sentindo seus dedos se enroscarem em um aperto firme na minha nuca.

Eu já estava entregue. Completamente molhada. Benditos hormônios.

— Está vendo o que faz comigo, eu querendo discutir e você querendo abusar do meu corpinho — Emerson me puxou, deixando meu pescoço exposto para a sua língua atrevida passear por ele.

Ardentemente SuaWhere stories live. Discover now