Capítulo 15

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A insônia se fez presente para completar a noite desastrosa. Encarei meu celular e o relógio marcava uma e quarenta da manhã, na televisão do quarto passando um seriado sobrenatural, na penteadeira estava a garrafa de vinho quase vazia e enquanto eu encarava o líquido escuro dançando na taça minha vontade era desmarcar todos meus clientes de amanhã e sumir.

Quando a campainha tocou nem me assustei, sabia que nenhuma ameaça que eu fizesse faria o doutor recuar, ainda mais se a ameaça envolvesse a parte do seu corpo que mais me agrada.

Tentei não me abalar, o vinho me ajudando um pouco na coragem para ir até lá e terminar de gritar com o Emerson, encerando de vez o meu papel bem feito de tirana da noite.

Deixei a taça ao lado da garrafa e fui descalça mesmo atender a porta, batucando mil maneiras de chutar sua bunda, junto aos nomes feios que eu iria falar para o homem que achava que podia simplesmente bater aqui de madrugada para falar sobre a mulher que ele engravidou.

Porra, ele não tem esse direito.

Quando cheguei na porta minhas mãos já tremiam de nervoso, quando a abri os olhos azuis dele encontraram com os meus. Eles eram tão expressivos, queriam me dizer tantas coisas, mas naquele momento a última coisa que eu queria fazer era escutar.

Os preciosos topázios desceram cobiçosos pelo meu corpo, queimando e arrepiando minha pele, a camisola que eu usava era branca e fina, mas é como se ele conseguisse enxergar através dela, deixando meus mamilos eriçados instantaneamente.

O vi prender o lábio inferior entre os dentes, suas mãos estavam no batente da porta e ele as tirou dando um passo à frente, ficando bem perto, bons centímetros mais alto que eu, os olhos transbordando luxúria e o corpo emanando calor.

Antes que meu corpo pudesse responder dei um passo para trás criando distância, com as mãos tremendo dei um tapa estalado no seu rosto, mão aberta, dedos bem esticados e a força que julguei suficiente para fazê-lo sentir alguma coisa.

Queria que tudo o que eu sentisse passasse para ele através daquela agressão.

Emerson ficou com o rosto levemente virado pelo tapa por um tempo, o ambiente totalmente silencioso me fazia ser capaz de ouvir somente sua respiração pesada que se intensificou.

Ele respirou fundo antes de voltar a olhar para mim, quando o fez seus olhos estavam escuros e em chamas, em um movimento brusco juntou sua boca na minha e sua língua abriu passagem duelando comigo fervorosamente.

Gritei desconcertada entre seus lábios, suas mãos me puxaram firmes para o seu corpo, acabei montando nele, buscando o equilíbrio com as mãos em seu pescoço, entrelaçando minhas pernas para conseguir me manter esmagada contra seus músculos.

Ouvi a porta bater antes de ele começar a andar, briguei com sua língua maldita, mordi a porra do seu lábio a ponto do sangue se misturar no beijo, seus grunhidos me deixando mais raivosa e excitada.

— Inferno de mulher — ele rosnou feroz, jogando-me no sofá.

Se ajoelhou na minha frente e suas mãos sustentaram meus seios sentindo o peso do tesão que os inchava, gemi quando Emerson os apertou, em seguida fechou os punhos no tecido da camisola e a rasgou inteira, deixando-me completamente nua e de boca aberta pela atitude.

— Filho da puta — gritei dando outro tapa no seu rosto, me arrependendo amargamente segundos depois quando vi a fera se transformar.

Emerson me puxou do sofá fazendo-me cair de bunda no tapete, levantou ficando absurdamente alto, parecia uma montanha de músculos — que por Deus! — eu queria escalar.

Ardentemente SuaWhere stories live. Discover now