Capítulo 10

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Pontual e como combinado, Otávio passou as oito em casa para me pegar, por mensagens combinamos de ir em um restaurante japonês que ficava há uns quarenta minutos da capital, mas que valeria muito a pena.

Era um restaurante muito chique e conhecido, mas mesmo com espera assim que chegamos fomos prontamente atendidos e direcionados a uma mesa mais reservada no canto do lugar.

— Afinal de contas, quem é você? — questionei quando percebi que foi só falar seu sobrenome que todos ali o atenderam cordialmente.

Mais que o normal.

— Não entendi a pergunta — se fez de desentendido pegando a taça de vinho e levando-a aos lábios.

— Você é famoso ou coisa parecida?

— Coisa parecida — respondeu com um sorriso de lado.

— Vamos lá, para que tanto suspense.

— Na verdade não é nada demais, tenho uma empresa onde agenciamos alguns atletas, a grande maioria são lutadores, mas há alguns anos expandi para jogadores de futebol também.

— E isso não é nada demais?

— Gosto do que faço, eu sou reconhecido ao mesmo tempo que não, consigo andar tranquilamente por aí, mas as vezes alguns atletas amadores me reconhecem e é meio maçante.

Conversamos bastante durante o jantar, Otávio era uma pessoa cativante, divertido e aliciante, não entrava em assuntos que me eram desagradáveis, quando percebia que estava chegando em algo proíbido ele dava meia volta e engatava em outro papo.

Era gostoso ficar em sua companhia, além de ser muito bonito para se admirar e excelente na cama.

Pedimos a conta no momento em que o celular dele tocou, Otávio ficou uns minutos mexendo antes de finalmente voltar a me dar atenção.

— Está afim de ir a uma festa? — foi o convite dele assim que entramos no carro. — Acabei esquecendo que tinha combinado de ir, mas podemos ficar somente alguns minutos e depois aproveitar a noite — prometeu selando nossos lábios, sua mão subiu para minha nuca e fez um carinho gostoso ali enquanto sua língua fazia caminho pela minha boca, queixo e colo.

— Pedindo assim não tenho como recusar — gemi com sua língua abusada entre o vão dos meus seios, puxando firme seu cabelo o afastei da minha pele.

— Vamos logo, não vejo a hora da nossa festa finalmente começar.

— Acho que você vai gostar dessa também...

Otávio deu partida no carro e fomos em direção ao lugar mencionado, comecei a me assustar quando percebi que o caminho que fazia era o mesmo da casa do seu primo. Fiquei inquieta no banco, mas tentei não demonstrar, falhando miseravelmente quando estávamos na estrada de terra, a menos de um quilômetro da onde eu mais temia ir.

Na mesma proporção que era tudo o que eu queria.

— Por favor, não me diz que é na casa do Emerson — pedi sem conseguir me conter, meu coração batendo a mais de cem batidas por minuto só em pensar na hipótese.

— Não é na casa do Emerson — falou, mas o encarei desconfiada do seu senso de humor. — É no Júlio, praticamente vizinho dele, fica no final da rua — explicou e suspirei sem saber o que pensar.

— Ele vai estar lá? — me rendi a ansiedade, encarando a luz do farol que iluminava a estrada a nossa frente.

— Possivelmente — foi sincero.

— Não entendo você, parece que quer me jogar pra ele — reclamei contrariada.

— Já disse minha opinião, acho que vocês têm muito o que conversar — eu adorava ser uma pessoa de meias respostas, mas odiava quando eram assim comigo.

Ardentemente SuaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora