Capítulo 35 - Nervos a flor da pele (cont... )

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— Você está certa, mas nada me tira essa sensação ruim no peito. Eu não posso deixar que algo aconteça, não posso deixar mais alguém que eu gosto se ferir por culpa desse infeliz.

— Nada vai acontecer. Eu sei que você tem algum plano B escondido que só você e Erik sabem, sei que vai dar seu melhor e fazer o impossível para que tudo saia bem. — ele me olha e a tristeza e o medo em seu olhar me dilaceram por dentro — Sabe, eu não to gostando muito dessa inversão de papéis — digo tentando soar divertida — achei que a pessimista da relação fosse eu — rio sem graça, mas ao notar o que acabei de dizer me corrijo ou tento — da relação de amizade, não que tenhamos uma relação mais que isso ou coisa assim, merda! Você entendeu. — me atrapalho toda.

— Entendi sim — me dá um sorriso triste.

— Bem — limpo a garganta sem graça — agora que tudo está resolvido você precisa descansar um pouco.

— Eu só vou arrumar essa bagunça primeiro, pode ir dormir que eu prometo não fazer barulho — se levanta indo em direção a pequena dispensa, mas eu entro em seu caminho rapidamente.

— Nada disso, pode deixar que eu arrumo. Para ser honesta não estou com sono, estava a horas me revirando naquele quarto sem conseguir dormir. Agora o senhor já para cama.

— Bella... — Miguel tenta discutir comigo mas o impeço.

— Você sempre cuida de mim, me deixe retribuir o favor...

— Você não me deve nada, você sabe disso, não sabe? Tudo que eu fiz foi por que quis, nunca esperei nada em troca...

— Eu sei — interrompendo ele — só que você está sempre cuidando de tudo e de todos, mas quem cuida de você quando você precisa? — pergunto tristemente — Eu sinto muito não ter dado o devido valor a tudo que fez por mim e continua fazendo, nunca quis parecer ingrata ou coisa assim, eu só queria que vocês ficassem bem e seguros.

— Bella, você não me deve explicação de nada e nem desculpas. E eu entendo a sua relutância, não é fácil se abrir e confiar em alguém depois de tantos anos trilhando a vida por si só, mas fico feliz que você esteja se abrindo, conseguindo conversar, mas o por que de tudo isso agora? Não que eu esteja reclamando, gosto de quando conversamos assim tão abertamente.

— Nada, só queria que você soubesse — dou de ombros — agora vai se deitar — passo por ele e sigo em direção a dispensa. Quando saio com a vassoura e pá de lixo em mãos Miguel continua no mesmo lugar, parado, me olhando, sinto um milhão de borboletas voarem em meu estômago, me deixando inquieta e assustada com tudo aquilo.

— O que?

— Nada — ele sacode levemente a cabeça como se saísse de um transe — vou tomar um banho então. Desculpe te dar trabalho a essa hora. Você tem... — o interrompo não querendo ouvir mais nada.

— Para de ficar se desculpando, vai logo tomar seu banho, anda!. — Miguel sai sem dizer nada e eu me apoio na vassoura conseguindo finalmente soltar o ar que havia prendido. Que diabos estava acontecendo comigo?! Porque estou tão nervosa?

Mais calma  sigo em direção a sala, começo a varrer todos os cacos de vidro, tomando todo o cuidado para não deixar nenhum para trás, assim que termino jogo tudo dentro de uma sacola e os enrolo em um jornal, assim ninguém cortará a mão ao mexer no lixo. Feito isso volto, passo um pano, verificando novamente se nenhum vidro ficou para trás e guardo tudo na dispensa. Esperando acabar antes que Miguel volte, corro até a sala e começo a pegar todos os papéis espalhados pelo chão...

— Bella! Não acredito que você está pegando os vidros com as mãos — ouço seus passos correndo em minha direção, viro meu rosto rapidamente, olhando sobre o ombro pronta para xingá-lo por me achar entupida a tal ponto, mas assim que me viro, perco as palavras. Miguel, sem camisa, molhado, só com uma maldita calça de moletom pendendo na cintura. Engulo seco. 

— Claro que não, acha que sou estúpida por acaso? — me recupero rápido do choque, por que eu estou tão fora de mim, é Miguel meu Deus, a gente vive junto a meses, ele me atormenta todo santo dia, por que isso agora? — Só estou pegando os papéis do chão mamãe urso — reviro meus olhos — agora vai dormir e me deixa terminar aq... — não consigo terminar, pois sou interrompida por um excesso de testosterona que me levanta rapidamente do chão.

— Você já fez muito por hoje, amanhã eu termino isso. — ele me puxa pra perto de si, muito perto, perto demais...

— Eu não estou com sono ainda, mas pode ir que eu vou terminar as coisas por aqui — digo tentando me afastar, mas ele me segura me empurrando levemente em direção a sua cama.

— HUm... Miguel, o que você está fazendo?

— Eu também não estou com muito sono, vamos ver um filme.

— Eu não acho que isso seja uma boa ideia, é melhor eu ir pro meu quarto...

— Nada disso — olho entre Miguel, os papéis jogados no chão e o corredor, pensando seriamente em correr e me trancar no quarto, mas sabia que isso não aconteceria, ele me pegaria no mesmo segundo que fugisse, suspiro derrotada e me deixo ser guiada até o sofá me sentando do outro lado, o mais distante possível.


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Ficamos em silêncio apenas assistindo ao filme, não era um silêncio desconfortável, era bom de certa forma, mas não tão bom quanto antes, quando comíamos ou apenas ficávamos trabalhando e estudando um ao lado do outro. Algo havia mudado, eu estava consciente demais sobre sua proximidade, sobre seu cheiro, sua respiração, seus movimentos, não conseguia me concentrar, meu cérebro queria analisar tudo aquilo, entender que raios poderia ser isso tudo, o que isso significava, mas eu não podia, não queria fazer isso, por que se fosse o que eu estava imaginando que fosse as coisas poderiam acabar mal, não só pra mim, mas para o que sobrou do meu pobre coração.


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Ola meus trevozinhos!

Tudo bem?

E ai curtiram o capitulo de hoje?

Me digam o que estão achando vaiiiiiiiiiiii!!!!!!!!

Eu to curiosaaaaaaa!

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Nos vemos em breve.

Beijos

Mry♥️

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