Sonhos no Oriente

By SLSPrincess

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Jéssica Lin é uma garota de 18 anos que acaba de se formar no Ensino Médio. Está sob a pressão dos pais com a... More

⛩Prólogo⛩
Capítulo 1⛩Jéssica⛩
Capítulo 2⛩Chen⛩
Capítulo 3🗽Queens🗽
Capítulo 4⛩Família⛩
Capítulo 5🎓A formatura🎓
Capítulo 6👘Vó Lan👘
Capítulo 7⛩Lendas⛩
Capítulo 8⛩Chinatown⛩
Capítulo 9⛩A viagem⛩
Capítulo 10⛩O aeroporto ⛩
Capítulo 11🏯China🏯
Capítulo 12⛩Institute of China⛩
Capítulo 13⛩Bei hai⛩
Capítulo 14⛩A dança do dragão⛩
Capítulo 15⛩A fonte⛩
Capítulo 16⛩O tigre⛩
Capítulo 17⛩Longsheng⛩
Capítulo 18⛩Ilha Shamian⛩
Capítulo 19⛩Cidade Proibida⛩
Capítulo 20⛩As ruínas do Palácio de Verão⛩
Capítulo 21⛩Déjà vu⛩
Capítulo 22⛩Lembranças⛩
Capítulo 23⛩O casamento⛩
Capítulo 24🐉Conclusões precipitadas🐉
Capítulo 25🐉Hiatos🐉
Capítulo 26⛩Fever⛩
Capítulo 27⛩Confrontos⛩
Capítulo 28🀄O atentado🀄
Capítulo 29🐉Revelação🐉
Capítulo 30🐉O dragão🐉
Capítulo 31🐉Nós🐉
Capítulo 32🐉Você🐉
Capítulo 33🥊Eu🥊
Capítulo 34🀄Inimigos naturais🀄
♨️Papo com a autora♨️
Capítulo 35🎎Parentes🎎
Capítulo 36🎎Liqian🎎
Capítulo 37🎎As irmãs Wang🎎
Capítulo 38🎎Liang🎎
Capítulo 39🐉Geração de dragões🐉
♨️Protagonistas♨️
Capítulo 40🐉Olho do Dragão🐉
Capítulo 41🐉Encontros🐉
Capítulo 42🐉Laços🐉
Capítulo 43🐉Origens🐉
Capítulo 44🐉Origens: Parte II🐉
Capítulo 45🐉Suzhou🐉
Capítulo 46🗽Imprevistos🗽
Capítulo 47🐉Herança🐉
Capítulo 48🎂Happy Birthday, Yan!🎂
Capítulo 49🐉Um hóspede inesperado🐉
Capítulo 50✴Quem sou eu✴
Capítulo 51⛩O retorno⛩
Capítulo 52🥋Artes Marciais chinesas🥋
Capítulo 53🀄A invasão 🀄
Capítulo 55🀄Impulsividade🀄
Capítulo 56🀄Desmascarando🀄
Capítulo 57🀄Faces🀄
Capítulo 58🀄A Montanha de Neve do Dragão de Jade.
Capítulo 59🀄 O Lago do Dragão Preto🀄
Capítulo 60🀄Vale da Lua Azul🀄
Capítulo 61🀄Monte do Suicídio de Amor🀄
Capítulo 62🐉Verdades🐉
Capítulo 63🀄Monte do Suicídio de Amor-Parte II
Capítulo 64🐉Confronto final🐉
Capítulo 65⛩Portal do Paraíso⛩
Capítulo 66⛩Sonhos no Oriente- Final⛩

Capítulo 54🀄Acertando as contas🀄

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By SLSPrincess


Depois dos acontecimentos da noite, ninguém conseguiu dormir na casa.
Chen retornou de sua busca sem pista alguma do encapuzado, que se embrenhou na mata sem deixar vestígios.

Liang nos contou que acordou sobressaltada com meus gritos e ao sair às pressas de seu quarto, que fica no andar térreo da casa, flagrou o encapuzado tentando entrar na casa pela janela da sala. Por isso pegou sua espingarda e atirou para o alto com a intenção de assustá-lo.

"Não é a primeira vez que o vejo, Liang. Ele me segue desde o meu primeiro dia na China. Ainda no Aeroporto, ele roubou minha bolsa. E de lá para cá, ele vive aparecendo em todos os lugares que estou."

Contei a Liang, enquanto pego uma xícara de leite quente, que ela me oferece.

"Como assim?! O cara anda te perseguindo esse tempo todo e você não denunciou? Nossos pais sabem disso?"

Yan perguntou indignado.

"Não! Nossos pais não sabem. E não quero preocupá-los com isso. Por favor, Yan! Mamãe surtaria. Você conhece ela!"

Supliquei para que Yan não falasse nada a eles.

"Verdade! Mamãe piraria se soubesse!"

Yan sorriu ao lembrar de nossa mãe.

"Pois é!"

"Mas algo tem que ser feito, Jess! Você não sabe o que esse psicopata quer de você. E se algo lhe acontecer?"

"Calma Yan! Nada de ruim vai me acontecer."

Liang, que observava nossa conversa em silêncio até agora disse:

"Ele tem razão. Algo tem que ser feito. Agora, pelo que você contou sobre as abordagens dele, não parece que ele seja um psicopata, mas sim um ladrão. Você mesma disse que ele roubou sua bolsa, na primeira vez que a viu no Aeroporto..."

"Sim! E quando a recuperei não faltava nada, mas havia um bilhete, me advertindo a voltar para meu país."

"Então! Isso quer dizer que ele procura algo específico, que acredita estar com você, por isso te persegue."

Concluiu Liang.

Respondi pensativa:

"Faz sentido, mas de onde ele tirou a ideia de que o que ele procura está comigo? E como sabia a data e o horário que eu chegaria no Aeroporto?"

Questionei pensativa.

Alguma coisa ainda não se encaixa nisso tudo. Pensei na possibilidade de ser Hu, pois ele deu todos os motivos para que desconfiemos dele, mas como ele saberia de tantas informações sobre mim? E o que ele procura?

Então Liang interrompeu meus pensamentos e me deixou mais intrigada:

"Alguém que sabia exatamente o dia e horário que você chegaria, passou essa informação para ele."

Uma avalanche de questionamentos e suposições se instalaram em minha mente depois do ocorrido e das nossas conversas. A verdade é que poucas pessoas sabiam da minha chegada naquele dia. Somente a família Yang, o Senhor Su e a diretoria do Instituto. E essas pessoas não tinham interesse em nada que eu pudesse trazer comigo.

Assim que amanheceu, o Senhor Su foi nos buscar para retornarmos à Pequim. Me despedi de Liang muito preocupada em deixá-la sozinha naquela casa com esse maluco por aí à solta, tentando invadir a casa.

"Não se preocupe, minha querida! Comigo aqui, ele não tem chance. Vivo a muito tempo sozinha, sei me defender."

Nossa, como admiro a força e a coragem dessa senhora.

"Mesmo assim, tome mais cuidado, por favor!"

Liang segurou meu rosto e me puxou para dar um beijo em minha testa.

"Fique tranquila. Cuide bem de você e de seu irmão."

Após as despedidas partimos de carro. Chen voltou como veio, de moto.

Yan e eu passamos a viagem inteira tensos. O Senhor Su olhou várias vezes pelo retrovisor, parecia preocupado conosco.

"Está tudo bem, Senhorita Jéssica?"

"Sim, Senhor Su. Está tudo bem. Só estamos cansados."

Ele sorriu e voltou a atenção para a estrada.

Horas depois já na casa dos Yang, contei para Meili o ocorrido. Ela estremeceu ao falar:

"Nossa, ainda bem que não fui com vocês, dessa vez! Chega me dar arrepios, só de imaginar alguém invadindo o quarto, enquanto estou dormindo."

Bufei.

"Nem me fale. Foi horrível!"

"Mas você não suspeita quem possa ser, Jess?"

"Sim, desconfio de alguém, mas não consigo entender o que ele quer e como sabe exatamente onde vou estar todas as vezes."

"Papai poderia te ajudar a descobrir..."

"Não! Não fale nada para ele por enquanto, por favor!"

Pedi a Meili.

"Tudo bem! Mas tome cuidado Jess! Isso já tomou grandes proporções e temo por sua vida!"

"Pode deixar, Mei! Terei cuidado."

Tranquilizei Meili, mas eu mesma estava temerosa por dentro. Tanta coisa já me aconteceu, por isso temia voltar para a China. Agora de volta, tudo começou novamente.

Alguns dias passaram sem que algo de suspeito ou ameaçador acontecesse. Isso ao invés de me deixar tranquila, só me causava mais ansiedade, pois ficava pensando, quando o perseguidor tentaria se aproximar novamente.

Chen passou todas as noites em meu quarto, ao pé de minha cama, em forma de meu gato negro de sentinela.

Até Yan passou a cooperar mais. Mudou sua postura em relação à Chen e deixou de implicar tanto com ele. Isso foi bom. Assim fica mais fácil de manter também sua segurança.

No sábado, decidi levar Yan para visitar Lien e nossas primas e passar alguns dias lá. Isso fará bem à ele, pois irá se distrair e ao mesmo tempo manter-se distante de toda essa tensão.

Yan e eu fomos de metrô. Nossas visitas a casa de Lien são sempre muito bem-vindas. Elas sempre nos recebem com muita alegria. Yan e Xiaoli se dão muito bem, apesar da diferença de 3 anos de idade e da criação tão diferente, que recebem. Ela vive tentando ensinar mandarim para Yan e ele tentando convencê-la a jogar Free Fire no celular. Os dois são adolescentes, mas é impressionante o quanto as diferenças culturais interferem no comportamento das pessoas.

Nosso dia foi tão agradável, que não senti o tempo passar. Quando me dei conta, o sol já estava se pondo.
Não posso dormir na casa de Lien, porque amanhã preciso estudar para a avaliação que farei na segunda. Já perdi muita matéria e aulas, então agora preciso me dedicar ao máximo, se quero ser aprovada.

Me despedi de todos e deixei Yan cheio de recomendações, caso precise de algo.
Pensei em pegar um táxi na volta para não precisar andar até a estação do metrô, mas as ruas do Hutong já estavam desertas a essa hora, então precisei caminhar apressada, pois essa região podia ser perigosa à noite.

Chen me daria uma bronca se soubesse que estou andando sozinha a essa hora em um local desconhecido, principalmente porque ele insistiu em me buscar, mas eu não acho justo ocupar todo seu tempo com cuidados à mim. Não é certo, que ele fique de minha babá por 24 horas.

Agora já respiro mais aliviada. Estou em um espaço mais aberto. Caminho pela calçada de um parque público. Na lateral esquerda vou beirando o gradil que cerca o parque. Ao fazer uma curva, me surpreendo com alguém, mais à frente, sentado na calçada. O detalhe principal é que ele usa um capuz...

Na mesma hora congelo. Ele está de cabeça baixa. Não sei se me viu. Penso rápido, se voltar, corro o risco de encontrar outro malfeitor no caminho. Ligar para Chen agora, só serviria para desesperá-lo e não daria tempo de chegar aqui tão rápido. Seguir em frente me levará de encontro ao meu perseguidor. Estou sem saída. Nesse momento, o encapuzado gira a cabeça e olha em minha direção. As sombras não permitem que eu veja seu rosto, mas olhando bem agora seu perfil, ele não se parece em nada com o biótipo de Hu, que é mais alto e musculoso.

Neste exato momento, quando me vê, ele se levanta e começa a fugir. E os papéis se invertem. De perseguidor ele passa a ser perseguido. De repente sou invadida por uma coragem, que não sei de onde vem, que me impulsiona a tentar alcançá-lo e o confrontar a falar logo o que quer.

"Ei! Você! Volte aqui!"

Primeiro ele me deixa para atrás, mas assim que resolvo alcançá-lo, ponho toda minha determinação e meu preparo físico de semanas, à prova. Minhas pernas estão formigando de tanto correr, mas o estou alcançando.
Em uma curva estendo meu braço e quase toco em seu capuz para puxá-lo.

"Ei! Espere! Pare um pouco! Só quero conversar com você!"

Sei que estou sendo imprudente e audáciosa, mas o que eu sinto nesse momento é vontade de desmascarar esse cara e descobrir logo o que ele quer.

Neste exato momento o tênis do rapaz derrapa e ele tropeça, diminuindo sua velocidade e encurtando nossa distância.

Puxo ele pelo casaco e me jogo em cima dele, derrubando ele de bruços. Ele geme ao bater de cara no chão. Tenta ainda se levantar e sair rastejando, mas lembro de alguns golpes que aprendi e lhe dou uma rasteira. Ele cai novamente, então monto em suas costas o sacudindo:

"Quem é você? O que quer de mim? Por que vive me perseguindo?"

Então puxo seu capuz, saio de cima dele e ele se vira...

Isso eu não esperava!

"Você?!"

Continua no próximo capítulo...

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