Jéssica Lin é uma garota de 18 anos que acaba de se formar no Ensino Médio. Está sob a pressão dos pais com a escolha da carreira, a matrícula da faculdade e ainda tem que lidar com um ex- namorado que a traiu com metade das garotas do colégio.
Tudo...
Conversamos por horas naquela noite. Acabou que dormi na casa de Liang. Então, precisava voltar para o hotel bem cedo, antes que Meili e o Senhor Su, sentissem minha falta.
No hotel, contei todas as novidades a Meili, e expliquei que gostaria de ficar mais uns dias com Liang. Então, propus ao Senhor Su, que voltasse para Pequim na frente, sem mim. Ele relutou um pouco em me deixar só, mas eu o garanti que estava bem e segura ali. Mas Meili teve que voltar com ele, pois o Senhor Qiàng não permitiria que ela ficasse.
Arrumamos nossas coisas, pagamos o hotel e o Senhor Su me deixou na casa de Liang, antes de pegar a estrada. Dessa vez, a recepção de Liang foi bem mais calorosa. Já estava me acostumando com a personalidade forte dessa minha tia-avó.
Passamos o dia juntas. Liang me levou para conhecer melhor a cidade e sua loja, fizemos compras juntas para preparar o almoço e pegamos algumas encomendas dela. Notei que por onde passávamos, Liang era parada para conversar. Ela era muito querida no local e falava com todos.
Antes de voltarmos para a casa de Liang, ainda paramos em um abrigo de crianças, para ela entregar o presente de aniversário de uma das internas, que segundo ela, havia prometido fazer uma caixinha de música com bailarina para a garotinha.
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Na saída, encontramos o funcionário do hotel, Senhor Xing e o garoto que me seguiu e deu o bilhete no dia anterior.
Ele sorriu e se dirigiu a mim.
"Vejo que a Senhorita encontrou a quem estava procurando!"
Eu respondi:
"Sim, inclusive foi seu neto que me deu o endereço dela! Essa é minha tia-avó Liang, quem eu procurava."
Liang encarou Xing de cara feia, mas percebia-se a amizade de longa data entre os dois.
"Ele sabe muito bem quem eu sou, Jéssica! Logo vi que tinha o dedo dele, para alguém me encontrar tão fácil naquela mata!"
Xing sorriu sem graça.
"Não tem mais o que fazer não, seu velho enxerido?! Vive se metendo em minha vida. E se ela fosse alguém perigosa?"
Xing parecia já estar acostumado a ser tratado assim por Liang. Então, se defendeu.
"Eu não daria seu endereço para alguém suspeito! Assim que vi a menina, percebi que era sua parente."
Intercedi por Xing.
"Sim Liang, ele só quis ajudar. Não fez por mal."
Xing se empolgou e segurou a mão de Liang, tentando beijar.
"Sim, sim! Xing só quis ajudar!"
Liang, brava como é, puxou sua mão, antes que ele beijasse. E eu, a essas alturas, já morria de rir, junto com o garotinho.
