Ao chegar no Instituto, fiquei admirada com o clima do lugar. Aqui, parece que respira-se arte e cultura. A área exterior mais parece um parque, desses que vamos com toda a família, nos fins de semana e feriados, para fazer piqueniques, praticar esportes e relaxar.
O extenso terreno abriga um prédio em tons claros de terracota, laranja e branco. Colunas de madeira, telhado encurvado, portas e janelas brancas. Uma lindo jardim, na entrada, com pequenos arbustos ao redor, no meio, um laguinho com uma ponte, que dá acesso à entrada principal. No extenso pátio, que circula todo o prédio, vários bancos, estão distribuídos, onde alguns alunos aguardam seu horário de aula, outros estudam ou apenas conversam.
Meili observa todo o meu encantamento com um sorriso.
"É lindo, né?"
"Esse lugar é fantástico, Mei!"
Tudo isso é um convite para que esse lugar seja explorado. Cada canto tem um detalhe, que merece ser observado com mais atenção.
O senhor Su, percorreu de carro, a alameda cercada de árvores frondosas e parou em frente a ponte, que dá acesso a entrada. Descemos do carro, nos despedimos de nosso motorista, atravessamos a ponte e entramos no prédio.Meili me deixou na sala da coordenação e seguiu para sua aula. Me apresentei, entreguei as cópias dos documentos, solicitados anteriormente, preenchi minha ficha e recebi todas as orientações e materiais do curso.
Meia hora depois, munida de meu material e grade de horários, sigo para a sala, em que assistirei minha primeira aula.
O coordenador me explicou que, no Instituto, as classes são mescladas, com alunos de vários cursos e níveis diferentes, mas que cumprem disciplinas em comum. Por isso, me aconselhou a me esforçar para acompanhar a classe, que já começou há algumas semanas.
Chegando na sala, entro timidamente. Todos olham em minha direção. O professor me recepciona:
"Bem-vinda! Você deve ser a aluna nova, de Nova York, certo?!"
Ele pergunta com um sorriso amistoso. Mas dizer que eu era de Nova York, causou só mais curiosidade nos alunos.
Sorri, afirmei com a cabeça e depositei em sua mesa, minha ficha."Obrigada!"
Agradeço baixo e sento no primeiro lugar vago que encontro.
"Sou seu professor de História. Meu nome é Gao Lin Liu, mas pode me chamar apenas de Mestre Liu. Fique à vontade para tirar qualquer dúvida comigo ou pedir ajuda aos seu colegas de classe."
Aceno com a cabeça.
A aula transcorreu melhor que eu esperava. O senhor Liu falava em mandarim e inglês.
Uma menina simpática, ao meu lado, puxou assunto comigo:
"Oi, sou Wen. Se precisar de alguma ajuda, pode me pedir. "
"Ok! Obrigada!
Poxa, você fala muito bem inglês, Wen!""É porque vivi um tempo na América, com uma tia. Lá treinei bastante seu idioma. "
Wen explicou orgulhosa.
Passados os primeiros minutos de aula, pude relaxar e observar meus colegas de classe. A turma é bastante diversificada entre nativos e estrangeiros.
Todos estavam bem concentrados na explicação do Senhor Liu. Ele falava sobre Confúcio, pensador e filósofo chinês, que viveu entre 551 a 479 a.C.
Seus ensinamentos foram muito importantes. Ele desenvolveu um código moral, com o objetivo de despertar atitudes virtuosas no povo.Discursava o Senhor Liu: "...Assim, um bom governo, seria construído com as ações que visavam o bem coletivo."
Enquanto ouvia nosso professor, circulei o olhar por toda classe. Notei que, somente um rapaz, sentado próximo a janela, estava alheio a tudo o que acontecia na aula. Ele passou todo o tempo com a cabeça voltada para o lado de fora, pensativo. Com o passar do tempo, isso me intrigou, porque ele não mudou de posição, um só minuto. E não dava para ver seu rosto.
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Sonhos no Oriente
FantasyJéssica Lin é uma garota de 18 anos que acaba de se formar no Ensino Médio. Está sob a pressão dos pais com a escolha da carreira, a matrícula da faculdade e ainda tem que lidar com um ex- namorado que a traiu com metade das garotas do colégio. Tudo...