Capítulo 28🀄O atentado🀄

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Após meu confronto com Chen, me comprometi, comigo mesma, de dedicar mais meu tempo, aos estudos. Vou recuperar as aulas perdidas, aperfeiçoar meu mandarim e buscar pistas de Liang.
Agora, só saio na companhia do motorista, Senhor Su e quando vejo Chen, no Instituto, me esquivo, mesmo sofrendo, com essa atitude, preciso mantê-la, até descobrir o que realmente aconteceu.
No final de semana, o isolamento já estava me levando à loucura. Meili tinha saído com Hong e a Senhora Sying, acompanhou o Senhor Qiàng, em um evento da empresa.
Conversando com o Senhor Su, sobre meu tédio, ele disse que eu precisava me exercitar, ver o céu e tomar ar puro.

"Venha comigo até a garagem, Senhorita. Talvez eu tenha algo que possa lhe ajudar!"

Acompanhei o Senhor Su, curiosa. Depois de muito remexer na velha garagem lotada, ele veio sorridente, carregando uma bicicleta.

"É minha. Sei que não é nova, mas está em bom estado. Eu mesmo faço a manutenção."

Me entregou cheio de boa vontade.

Dessa vez, escolhi, conhecer uma parte diferente de Pequim

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Dessa vez, escolhi, conhecer uma parte diferente de Pequim. Nada de arranha-céus, monumentos históricos, tecnologia avançada ou passeios turísticos. Eu queria conhecer lugares menos visitados. Então, saí pedalando a bicicleta do Senhor Su, em busca de um Hutong, que é um bairro menos denso de Pequim, com construções antigas, com alamedas, feiras livres, barracas de rua, casas de chá, templos, entre outras características pitorescas.
Esse tipo de bairro retrata verdadeiramente a vida do povo chinês.

Circulando pelas ruelas pude descobrir um comércio bem intenso. Com lojas de bolsas, de ferragens, artesanatos, cybercafé, etc. Me interessei por uma pequena loja de antiguidades. Desci da bicicleta e a deixei encostada, do lado de fora.
Lá dentro, comecei a explorar o ambiente. O espaço era pequeno, mas havia uma grande quantidade de estatuetas, vasos, lenços, tapetes, caixinhas, bijus, etc.

 O espaço era pequeno, mas havia uma grande quantidade de estatuetas, vasos, lenços, tapetes, caixinhas, bijus, etc

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A responsável pela loja, era uma pequena senhora chinesa. Que, para meu desafio, não falava inglês, nem mandarim, mas sim um dialeto local, acho que cantonês. Só consegui me comunicar com ela, por meio de sinais. Apesar disso, saí da loja com várias bugingangas para dar de presente. Coloquei os embrulhos na cesta da bicicleta e me preparei para sair, quando comecei a sentir aquela sensação de estar sendo observada. Parei e fiquei, por um tempo, olhando ao redor, logo confirmei minha suspeita. Do outro lado da rua, olhando-me fixamente, estava Chen. E ele nem fez questão de se esconder. Senti aquele frio na barriga costumeiro. O impressionante é que, apesar de ter descoberto, tudo o ele vinha fazendo, eu não conseguia ter medo dele. Levantei o queixo e fiquei o encarando, com ar de desafio. Devo ter perdido a noção do perigo. Ele levantou uma sobrancelha e deu um riso de lado. O mentiroso ainda estava debochando de mim!
De repente, nossa atenção foi desviada para um carro, que acabara de virar a esquina, cantando pneu e em alta velocidade. Parecia desgovernado. Poucos segundos passaram, até que ouvi a voz de Chen gritar:

"Jéssica! Cuidado!"

Depois disso, aconteceu tudo muito rápido.
O carro subiu a calçada, que eu estava parada, e veio em minha direção, velozmente. Para mim, só deu tempo de dar um pulo para trás, me jogando por cima da bicicleta. Por pouco, o carro não me atropelou. Poderia ter sido fatal.
O motorista fugiu disparado.
Devo ter batido a cabeça, com a queda, pois agora, sentia-me tonta.
Logo, minhas vistas, começaram a escurecer, e a única coisa que vi, antes de desmaiar, foram os lindos olhos azuis de Chen preocupados...

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