Do lado de fora, passos invisíveis, leves e brincalhões fuçavam o ambiente, junto a pequenos redemoinhos.
Mãos pequenas rasparam as panelas, em busca do fundo das comidas.
Um pouco de bolo esquecido foi comido com sofreguidão e um copo pela metade de guaraná tomado, refrescando a garganta do menino invisível.
Por fim, ao se aproximar do barraco da família, ele sentiu o cheiro da pele jovem desabrochada. Era a idade da quentura.
Reconheceu o cheiro de mate e cravo, o perfume ancestral dos Primeiros humanos e sentiu um arrepio.
Seu coração bateu mais forte do que sempre: tinha que avisar seus irmãos: naquela aldeia vivia Porãsy.
E ela era sua prometida assassina...
Tremeu de medo. Desapareceu numa roda de vento fino.
Tinha pressa.
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