Workaholic

By OkayAutora

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Gregório é um executivo de notável sucesso financeiro atribuído a trabalho duro. Não apenas duro, como também... More

Capítulo 1 - Coincidência.
Capítulo 2 - Prioridades.
Capítulo 3 - Trato.
Capítulo 4 - Prosas.
Capítulo 5 - Esconderijo.
Capítulo 6 - Agindo.
Capítulo 7 - Gatilho.
Capítulo 8 - Compromisso.
Capítulo 9 - Ilusão.
Capítulo 10 - Desiludindo.
Capítulo 11 - Vulnerável.
Capítulo 12 - Vomitando.
Capítulo 13 - Neura.
Capítulo 15 - Descobrindo.
Capítulo 16 - Castigo.
Capítulo 17 - Coragem.
Capítulo 18 - Saída.
Capítulo 19 - Dor.
Capítulo 20 - Ordem.
Capítulo 21 - Intenção.
Capítulo 22 - Surpresa.
Capítulo 23 - Noite.
Capítulo 24 - Cinco Sentidos.
Capítulo 25 - Manhã.
Capítulo 26 - Retorno.
Capítulo 27 - Versões.
Capítulo 28 - Alívio.
Capítulo 29 - Onisciente
Capítulo 30 - Experiência.
Capítulo 31 - Excitação.
Capítulo 32 - Divulgando.
Capítulo 33 - Proposta.
Capítulo 34 - Expressão.
Capítulo 35 - Revista.
Capítulo 36 - Resposta.
Capítulo 37 - Arrependimento.
Capítulo 38 - Paralisado.
Capítulo 39 - Percebendo.
Capítulo 40 - Choque.
Capítulo 41 - Afronta.
Capítulo 42 - Procura.
Capítulo 43 - Sozinho.
Capítulo 44 - Perdão.
Capítulo 45 - Arbítrio.
Capítulo 46 - Proximidade.
Capítulo 47 - Realidade.
Capítulo 48 - Caminhos.
Capítulo 49 - Estrutura.
Epílogo.

Capítulo 14 - Solucionando.

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By OkayAutora

Capítulo 14 — Solucionando.

— O quê? Como assim?! — Augusto quase perdeu a força nas pernas, espantado.

— Não dá mais pra mim... — Ouviu a voz chorosa de Guilherme. — Adeus.

Ainda sem entender a situação, Augusto foi deixado falando sozinho, olhando para o celular que exibia a ligação finalizada. Tentou insistentemente retornar a chamada, até ser contrariado, sendo obrigado a desistir.

Tomou o banho mais rápido de sua vida e vestiu-se sem pensar muito no traje, somente precisava ir correndo vê-lo. Já no carro, saiu pela garagem com pressa, atravessando as ruas de modo irresponsável. Mas razão não era algo que tinha em mente naquele momento, pois somente queria entender o que tinha acontecido.

Estacionou em frente à casa de Gregório, descendo do carro com uma pequena esperança de que Guilherme quisesse recebê-lo. Tocou o interfone e esperou, com sua mente voando longe, tentando imaginar os motivos daquele término surpresa. Já passava pela sua cabeça de que não era bem-vindo quando Gregório abriu o portão para si, convidando-o para entrar.

— Obrigado. — Augusto agradeceu, seguindo-o. — Me desculpe pelo horário.

— Tudo bem, imagino que seja importante. — O gerente agora entrava com ele na sala de estar. — Fica à vontade, vou chamar ele.

— O que você está fazendo aqui? — Guilherme revelou-se na entrada da cozinha, com um olhar nada agradado pela visão de Augusto.

— Pelo que eu vejo, vocês precisam conversar e eu preciso dormir, sejam civilizados, por favor. — Gregório repreendeu o irmão, retirando-se ao seu quarto.

— Pelo visto, não entendeu o que eu quis dizer. — Guilherme voltou a falar, em baixo tom.

— Eu não estou acreditando até agora no que aconteceu, você falou sério? — Augusto encarou-o. — O que houve?

— Não banca o espertinho pra cima de mim.

— A única coisa que você pode estar se referindo é a minha foto de mais cedo, é isso? — Indagou.

— Você acha certo isso que você fez? Sair sozinho com seu amigo pra uma balada sem nem falar comigo? É isso que você acha que o namoro é?

— Você me disse que estaria ocupado, além disso, não saí pra me divertir, pelo contrário, eu só queria que o Fran se divertisse, eu fiz isso pra ajudar ele, se você soubesse como ele estava mal...

— Essa era a única maneira? Ir a uma balada gay para beber no meio da semana? Pelo visto, o Francisco é uma pessoa difícil de consolar.

— Eu entendo completamente o que você está falando agora e, sim, imagino como você se sentiu, mas por que simplesmente não esclareceu tudo mais cedo quando me ligou? Você disse que teria compromissos e eu simplesmente não quis te atrapalhar! Se eu tivesse más intenções, não acha que eu tentaria esconder isso de você ao invés de postar no me perfil pra todos verem, inclusive você?

— Você pode argumentar como quiser, isso é fora do normal pra mim. É errado. — Guilherme bufou, controlando a raiva que tinha dentro de si, passando as mãos pelo rosto para tentar abafar a expressão de impaciência que guardava.

— Olha, eu quero me desculpar sinceramente com você, mas antes disso, quero que saiba que por mais que eu tenha falhado no meu papel de namorado, quero mesmo que entenda o meu lado. Eu não fiz isso pra te aborrecer.

— Sinceramente, eu não tenho ideia do que pensar agora, Guto. A minha decisão ainda parece a melhor, no momento. — Guilherme finalmente aproximou-se dele.

— Tudo bem, Gui. — Augusto forçou um sorriso. — Mesmo assim, mesmo você não querendo ter mais nada comigo, quero mesmo que me perdoe, você não tem noção do quanto o carinho que eu tenho por você é grande.

— Eu te desculpo, mas é só isso.

— Tudo bem, já é o bastante. — Augusto deu um passo para trás, colocando as mãos dentro do bolso da calça. — Então eu acho melhor já ir...

— Então não tem mesmo outras explicações para o que aconteceu hoje? — Guilherme questionou, afastando-se.

— Explicações? O que você quer saber? Porque quando você me ligou pra me dar a grande notícia e em seguida desligou sem dizer mais nada, eu tentei ligar de volta, eu queria conversar e você não atendia, foi por isso que eu vim.

— Eu só não queria conversar por telefone, eu não conseguiria! — Falou, passando as mãos pelo cabelo, tentando conter parte da raiva que começava a se externar através de sua respiração acelerada. — Se for para ir embora assim, então por que você veio?

— Eu só queria saber se você estava bem. — Augusto falou, sem conseguir encará-lo, somente sua voz o deixava mexido.

— Não, Augusto, eu não estou bem, como pode ver. — Guilherme declarou, apertando o fundo das mãos contra os olhos, tentando controlar uma insistente vontade de gritar. – Mas garanto que eu vou ficar.

— Você não quer que eu vá? Quer?

Guilherme não respondeu, ficando de costas, onde o outro percebia que ele inspirava fundo, tentando recuperar o ritmo normal de sua respiração. Augusto sentia-se sentimental com a situação, mas não ao ponto de descontrolar-se em frente ao rapaz, não queria expor suas fraquezas naquele momento.

— Olha Gui, eu já vou indo... — Falou, com ele ainda de costas. — Se você quiser me ligar ou aparecer em casa qualquer dia, eu vou adorar.

— Só queria destacar que não há nada entre nós. – O mais jovem virou levemente o rosto.

— Me desculpe, Guilherme. — Corrigiu-se, falando mais seriamente. — Sei que a última coisa que você quer agora é me ver, então eu só espero que você realmente tenha escolhido essa decisão como a melhor pra você, caso não seja, eu vou estar disponível para conversar... Além disso, caso tenha certeza de que se afastar de mim é realmente o que você quer, pode ter certeza de que eu não vou ser contra também.

Augusto não esperou que ele virasse novamente para despedir-se, simplesmente indo embora com poucas palavras. Não escondia que seu coração estava em pedaços, mas também não poderia dar razão a algo que não concordava. Guilherme ouviu os passos e Augusto parou, pouco antes de fechar a porta, olhando para trás com alguma esperança. Enquanto a fechava, não pôde deixar de murmurar.

— Mimado.

— Hipócrita... — Guilherme sussurrou para si, sabendo que Augusto não ouviria.

— Desculpa, eu ouvi um pouco da conversa. — Gregório aproximou-se da sala. — Então vocês terminaram mesmo?

— Parece que sim. — Guilherme lamentou-se, olhando para o chão como se houvesse algo esplendidamente interessante ali, com o irmão sentando-se ao seu lado.

— Não diga isso, você nem imagina qual é o terror de ficar entre o término e um possível retorno. — Falou com firmeza. — Acredite em mim, eu passo por isso sempre com o Otávio e o sentimento de incerteza é péssimo.

— Ele não me deu escolha, ele só concordou, não tentou nem mesmo ser contra o término.

— Então foi você que terminou tudo, não foi?

— Foi...

— Posso saber o motivo?

— É que ele saiu com um amigo dele, foram pra uma balada gay e tudo. — Suspirou. — E ele ainda tem a cara de pau de dizer que a intenção não era se divertir e sim animar esse amigo.

— E por que você acha que ele está mentindo? Pelo que eu entendi, ele tinha te chamado para ir junto, mas você não pôde.

— Foi meio que um teste de interesse dele. Desistiu tão fácil de mim. Eu disse que estaria ocupado, mas se ele tivesse insistido, eu teria ido com eles e deixava meu compromisso pra outro dia. – Levantou a cabeça, passando sinceridade no que falava ao seu irmão.

— Olha, Gui. Você é muito incerto de tudo o que você faz, até mesmo quando quis terminar com ele não tinha total certeza disso... estou certo?

— Acho que sim. — Respondeu, abaixando a cabeça.

— Tá vendo, nem a resposta para essa minha pergunta simples você respondeu com certeza.

— É que eu não admito mentira, detesto isso.

— Não me pareceu uma mentira, Gui, ele só me pareceu querer sair um pouco com o amigo, só isso.

— Você diz isso, mas se fosse com você, como o Otávio reagiria?

— Para começar, eu jamais poderia postar uma foto com liberdade de algum lugar que eu fosse sem o Otávio. — Riu baixinho. — Ele é ciumento demais.

O próprio Guilherme torceu o lábio, rolando os olhos para afastar a memória de que sequer se comparou ao cunhado.

— E você acha isso normal? – Questionou, olhando com escárnio para o irmão.

— Não estamos aqui para falar de mim, não é? — Gregório mudou de assunto. — Eu estou aqui para te ouvir, caso queira conversar.

— É que... — Guilherme suspirou. — Eu sei que ele está desapontado, mas eu só queria que ele tivesse demonstrado um pouco mais de interesse.

— Acho que eu sei o que está acontecendo. — O gerente abriu um sorriso. — Isso já aconteceu antes com os seus outros namoros.

— O quê? — O irmão perguntou, curioso.

— Não me leve a mal por isso, mas você é o caçula, está acostumado com mimos, com todos fazendo as suas vontades e no namoro isso não é diferente. Você precisa dessa demonstração de carinho, mas os meios que você usa pra conseguir não são os melhores.

— Que meios?

— Fazer um drama ali, outro aqui, até ameaçar um término.

— O sujo falando do mal lavado. — Guilherme bufou.

— Eu sei que eu não sou perfeito, só que eu já disse que não estou aqui para falar da minha vida, mas sim da sua. — Aproximou-se do irmão no sofá. — Você estava pensando que ele iria implorar para que você desse mais uma chance e depois te encheria de agrados como todos os seus outros namorados, não é? Até mesmo algumas das garotas que você namorou um tempo atrás fizeram isso por você.

— Não acho isso. — Fechou a cara, olhando para o outro lado.

— Ei, não estou te julgando, você sabe que eu te adoro, não sabe? Eu só falo essas coisas para o seu bem, sei que eu também tenho defeitos, mas é exatamente por isso que eu não quero que cometa os mesmos erros que eu. — Gregório aconselhou.

— Mas o que você acha que eu devo fazer? Falar com ele? Me desculpar?

— Pode começar por aí.

— Não tenho certeza se ele vai me desculpar depois da forma fria como eu agi. — Guilherme respirou fundo, encarando o irmão.

— Eu ouvi bem ele dizendo que caso você quisesse ligar ou ir até lá, ele iria adorar.

— Não sei, não...

— Tenta. — Sorriu para ele. — Não durmam brigados, isso corrói a gente. Quem sabe ele não manda um sorriso quente pra aquecer o gelo.

— Eu vou tentar ligar daqui a pouco. — Guilherme afirmou, vendo o irmão levantar-se do sofá.

— Só não grite com ele, tá bom? — Gregório riu. — Eu estou indo dormir, amanhã você me fala como foi.

•••

Manhã seguinte, quinta-feira.

— Bom dia... — Guilherme chegou à cozinha de pijama, vendo o irmão já pronto para o trabalho.

— Bom dia. — Gregório retribuiu, pegando sua xícara pronta na cafeteira.

— Eu liguei pra ele ontem. — Sentou-se junto ao balcão. — Ainda estamos juntos.

— Que boa notícia! — Alegrou-se com ele. — Ainda tenho uma meia horinha, quer me contar o que conversaram?

— Bom, basicamente comecei pelo que você me disse, pedi desculpa por esse meu jeito e aí ele foi super sincero e me compreendeu. Depois conversamos sobre como foi a noite dele com esse amigo dele, o Francisco, você conhece.

— Conheço sim. — Afirmou.

— Então, acho que te falei outro dia, eles são amigos de infância e são muito próximos, ontem eles saíram porque o Guto queria animar um pouco o Francisco, ele está mal por esses dias, parece que tá sofrendo por alguém que não corresponde e coisa e tal.

— Ah, é? — Tomou um gole de café, tentando não aparentar curiosidade.

— Parece que é alguém do escritório, ele não citou nomes. — Encarou o irmão. — Você não soube de nada por lá?

— Não, não soube de nada. — Disfarçou, se segurando para não rir.

— Mas eu vou ver se consigo descobrir quem é, aí eu te falo.

— Ah, não é necessário. — Negou.

— Bom, se entendi direito, começou como uma paquera, sabe? Depois parece que o Francisco foi se envolvendo e se apaixonou mesmo por esse cara.

— Se apaixonou por alguém que não corresponde? — Indagou, em seguida olhando para o próprio café, constrangido.

— Bom, pela história que ele me contou, parece que esse cara gosta da atenção dele, mas que na verdade só tá fazendo cu doce.

— O quê?! — Indignou-se, percebendo que o irmão se assustou com o seu sobressalto. — Quer dizer... Como assim?

— Bom, eu não sei... — Riu. — A impressão que eu tive é que eles se gostam, mas o outro não quer assumir isso, aí o Francisco ficou com falsas esperanças e agora quer esquecer tudo de uma vez por todas, primeiro vai tentar conhecer pessoas novas e depois, se não der certo, vai abandonar o estágio.

— Ele não pode abandonar o estágio por minha... — Interrompeu sua frase antes que fosse tarde demais. — Eu não vou deixar que ele abandone o estágio por causa dessa pessoa.

— Eu também acho que ele não deve desistir de tudo por causa de um cara que faz esse tipo de coisa.

— Também não podemos julgar sem conhecer, não acha? — Tentou fazer com que o irmão parasse de falar coisas ruins sobre o suposto homem misterioso.

— Mas eu conheço bem esse tipo de cara, que dá bola pra pessoa e depois destrói o coração dela, detesto esse tipo de gente. — Guilherme afirmou, levantando-se do balcão para pegar uma caneca, iria preparar um café.

— Bom, eu já estou indo. — Respirou fundo, ajustando a gravata antes frouxa.

— Se você ficar sabendo quem é esse safado, você me fala quem é? — O irmão pediu.

— Se eu ficar sabendo de alguma coisa, pode ter certeza de que eu mesmo vou destruir qualquer possibilidade de algum romance no ambiente de trabalho. — Falou, seriamente.

Gregório saiu de casa com a expressão fechada, mas durante todo o caminho só sabia rir, lembrando das palavras do irmão. Para ele era como se fossem todos crianças, pois lembrava-se de sua juventude e pensava em seus antigos relacionamentos, onde também não sabia controlar seus sentimentos, apaixonando-se por quem não devia.

Quando se descobriu e decidiu que realmente iria ser quem era de verdade, ainda não tinha a total coragem de se assumir, com isso, sua autoestima era baixa, que o levava a andar não com homens, mas com garotos tão imaturos quanto ele na época.

Lembrava-se exatamente do momento que se sentiu homem e amado verdadeiramente pela primeira vez, onde as deliciosas memórias tomavam conta de sua mente. Gregório prestava atenção ao trânsito, ao mesmo tempo que suas lembranças vinham.

Chegou ao prédio, onde ao estacionar até subir à sua sala, não deixava de pensar no dia que encontrou Otávio pela primeira vez, ele buscava primeiramente um guia para a sua empresa, pois não sabia por onde começar. Gregório ajudou-o do começo ao fim com todo o marketing, onde somente depois de um mês em incontáveis reuniões, percebeu algo diferente por parte dele.

Na verdade, não notava nada, não conseguia enxergar os olhares maliciosos da parte de Otávio, que todas as vezes que se encontravam, pareciam devorá-lo vivo; o namorado sempre demonstrou com gestos que tinha interesse, mas Gregório não era a melhor pessoa para perceber tais sinais, era completamente ingênuo até então.

Lembrava-se do primeiro passo arriscado dele, onde, em uma das visitas à chácara para conhecer sua indústria, precisou Otávio se aproximar devagar e enlaçar sua cintura. Ele falou manso em seu ouvido, derretendo-o com seus gracejos até deixar-se levar por um beijo.

A porta do elevador se abriu e o gerente caminhou até sua sala, jogando o seu corpo na cadeira confortável, sentindo-se ainda arrepiado com as lembranças. Podia recordar perfeitamente de como tinha se sentido com a maneira ousada que Otávio o havia conquistado, nunca se sentiu tão desejado.

Desde o primeiro beijo, as reuniões foram ficando cada vez mais frequentes, onde os negócios eram sempre pretexto para encontrarem-se na chácara. Era a única pessoa por quem Gregório passava horas longe do escritório e quando tinham que se reunir para reunião com os outros consultores de marketing, era inevitável a troca de olhares paqueradores.

Eram discretos até não conseguirem segurar mais, andaram juntos alguns meses em segredo, mas, quando já juravam fidelidade um ao outro, bastou Otávio esperar o momento ideal para pedi-lo em namoro, que foi no aniversário de Gregório.

O gerente suspirou, apoiando-se em sua mesa, lembrando da fase gostosa que tinha sido o começo do namoro, nem parecendo que já fazia tanto tempo. Mesmo assim, sabia que aquele fogo ainda não tinha deixado de existir, ainda eram um casal apaixonado.

Por mais que Otávio tinha uma personalidade forte, queria que todos tivessem um relacionamento com toda aquela chama como o seu, todos deveriam sentir-se desejados como o namorado lhe fazia se sentir. E com isso pensava em tudo o que o irmão havia lhe dito sobre Francisco, pois o sentimento do estagiário por si fosse verdade, tinha que resolver aquilo, não queria que ele se sentisse desprezado daquela forma que Guilherme afirmou tão brutalmente.

Primeiramente começou trabalhando nas prioridades do dia, para em seguida, resolver o restante que estava pendente. Daquela vez saiu de sua sala disposto a não deixar nada para trás, nem fugir da sua responsabilidade, caminhando até quem desejava encontrar. Ao vê-lo, aproximou-se de sua mesa, dizendo:

— Francisco, você tem alguns minutos? Preciso conversar com você.

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