Epílogo.

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Epílogo.

— Eu tô com medo de ler... — Gregório abaixou o celular, suspirando.

— Eu também recebi um e-mail dele, vamos ler ao mesmo tempo, ok? — Francisco sugeriu, unindo suas mãos.

Gregório concordou e os dois permaneceram com os dedos entrelaçados e, com a mão livre, seguravam o celular. Francisco mudava a expressão ao mesmo tempo que lia, enquanto o outro mantinha a mesma feição, apenas deixando o aparelho de lado ao finalizar.

— E então? — Gregório quis saber. — O que diz no seu?

— Me fala o seu primeiro. — Francisco indicou, curioso.

— Basicamente, de todas as coisas que eu poderia imaginar que Otávio me diria, essa é uma das últimas da lista. — Riu baixinho. — Ele basicamente me mandou algumas fotos dele viajando o mundo com o Max, em comemoração ao trabalho, já que agora são sócios igualitários... Parece que as coisas vão bem com eles.

— Mas o que ele queria com isso? — O mais novo indagou, ligeiramente confuso.

— Fazer outro pedido de desculpas, basicamente. — Gregório informou. — Mas ainda não entendi direito o motivo de ele ter dito que ia "compensar" o que fez.

— Acho que isso deve ter a ver com o e-mail que ele me mandou. Olha. — Entregou seu celular para Gregório, que fez uma pausa para ler.

Com o título "eu disse que viado não era bagunça", começou a ler cuidadosamente, logo percebendo que se tratava de um processo movido contra Fabrício Albuquerque e Humberto Albuquerque. Os dois estavam sendo denunciados por lavagem de dinheiro, alegando que o valor arrecadado pela igreja era usado em outros projetos pessoais de ambos.

— Chico, mas... — Gregório falou após ler, sem entender.

— Sim, é a igreja do meu pai que ele está se referindo. Meu irmão e meu pai são os responsáveis principais por tudo isso, aparentemente. — Falou, ainda surpreso pela informação. — Eu já sabia que eles eram hipócritas, mas não imaginava que faziam esse tipo de coisa... Brincar com a fé das pessoas é desumano.

— E como ele sabia disso, Chico? Eu não consigo entender...

— No dia que ele me raptou, ele viu que eu estava brigando com alguém, aí acabei falando que era o meu irmão. — Francisco ergueu os ombros. — Meu irmão estava me humilhando e pelo que entendi, ele ouviu.

— Eu ainda acho tudo isso muito estranho, mas é o Otávio. Não quero nem tentar entender. — Gregório assumiu.

— Mas parece mesmo que ele quer se desculpar com a gente, o que é meio bizarro, mas pelo menos, parece que realmente não vai mais aparecer nas nossas vidas. — Francisco analisou.

— É, esse foi o único contato que tive com ele depois de todo esse tempo, então deve ser sério. — O mais velho informou, pensativo. — Assim espero.

— Acho que agora a gente finalmente vai ter um pouco de paz. — Francisco abriu um sorriso otimista. — Ah, eu já te disse que você tá lindo?!

— Você também tá, Chico. Vamos ser o casal mais bonito da noite. — Riu, indo lhe dar um beijo.

•••

Chegaram ao prédio comercial com um pouco de antecedência do horário que o evento começaria, não sabiam se já teria algum convidado, mas Gregório queria se certificar de que estaria tudo perfeito.

— Ok, primeira parte concluída, entramos com sucesso. — Francisco falou, ao lado Gregório no elevador. — Qual é o próximo passo?

— A grande entrada com meu namorado. — Segurou a mão dele, sorrindo.

WorkaholicWhere stories live. Discover now