Capítulo 48 - Caminhos.

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Capítulo 48 — Caminhos.

— Eu não poderia estar mais feliz, você tá em casa, o Gregório tá na primeira consulta com o psicólogo, tá tudo se encaminhando... — Guilherme abriu um largo sorriso, aproximando-se do namorado deitado na cama. — Você tá confortável? Precisa de alguma coisa?

— Eu ia pedir pra você pegar uma garrafa de água pra deixar do meu lado, só isso. Mas nem precisa ser agora. — Augusto respondeu.

— É pra já! — O mais novo retirou-se do cômodo imediatamente.

Augusto sorriu com o gesto dele, sentindo todo o carinho e cuidado que ele tinha por si. Era bom se sentir amado e Guilherme estava sendo um anjo nos últimos dias. Ele fazia todas as suas vontades e até mais do que precisava, ficando de prontidão para qualquer pedido.

Apesar de todo o desconforto da recuperação, era bom saber que de agora em diante as coisas só melhorariam e era melhor ainda ter alguém como o namorado ao seu lado.

— Voltei, aqui sua água... — Guilherme aproximou-se da cama, deixando com ele a garrafa.

— Por que tá com uma mão nas costas? — Augusto indagou estranhando a reação dele.

— Então. É que tem uma coisa aqui que você não pode ver, não ainda. — O mais novo riu, sentando-se na lateral da cama, mantendo o que quer que fosse, escondido atrás de si.

— Tô curioso. — Falou, vendo-o sorrir.

— Calma, eu já vou te mostrar. — Guilherme informou, olhando para o lado antes de voltar a dizer. — Mas antes eu queria te perguntar uma coisa. Você se lembra de algo assim que voltou do procedimento?

— Lembro de acordar com você do meu lado, por quê?

— É que você me disse uma coisa que me deixou muito pensativo. Você falava mole, ainda meio grogue da anestesia geral. Mesmo assim, parecia sincero.

— Ai meu Deus, o que eu disse? — Augusto perguntou nervosamente, fazendo o outro rir mais alto.

— Primeiro você ficou todo meloso, disse que, caso morresse, queria que eu soubesse o quanto você me ama e quer casar comigo... Meio mórbido, mas foi muito fofo.

— Ai que vergonha. — Augusto passou a mão pelo próprio rosto, dando uma risada baixinha. — Eu disse mais alguma coisa?

— Você disse que tava com medo de morrer, então eu te respondi dizendo que você já tava fora de risco, que a cirurgia tinha ocorrido bem, então depois disso, você falou que acreditava em mim, que confiava em mim. — Guilherme revelou, sorrindo docemente. — E eu sei que, mesmo que grogue, você falava sério...

— E é verdade, mesmo. — Concordou, encarando os olhos brilhantes do namorado. — Eu sei que os meus pais se preocuparam bastante e vieram me visitar, mas eu só poderia escolher você pra estar do meu lado nessa hora, Gui.

— E nós não somos um casal muito convencional, né? — Guilherme admitiu, olhando para ele, com os olhos ameaçando choro. — Nós estamos morando juntos com pouco tempo de namoro e, desde então, nos damos muito bem. Eu aprendi muito com você e... Não consigo imaginar outra pessoa pra passar o resto da minha vida.

Augusto sentiu seu coração acelerar com aquela última frase, principalmente quando o viu se levantar da cama, agora descendo e apoiando um joelho ao chão, enquanto mantinha o outro ao alto, revelando o que escondia nas costas.

— A gente não precisa se casar agora, nem ano que vem se não quiser, nós podemos esperar, mas é que... — O mais novo suspirou, mordendo o próprio lábio, abrindo a caixinha aveludada, exibindo duas alianças. — Eu quero falar pra todo mundo que você é o meu noivo. Não tem um dia sequer que eu não pense nisso e no quanto a gente dá certo e no quanto eu quero estar do seu lado todos os dias. Então eu só quero saber se você, Augusto Leme de Paula... Quer casar comigo?

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