Capítulo 29 - Onisciente

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Capítulo 29 — Onisciente.

— Ah, tá... — Francisco disse, franzindo o cenho e crispando os lábios, depois arregalando os olhos. — Espera, é sério?

— O que você acha? — Gregório gargalhou, divertindo-se com a expressão confusa e adorável do estagiário.

— Eu acho que você cheirou alguma coisa bem forte antes de vir aqui — Francisco brincou, fazendo o gerente rir ainda mais alto. — Bom, eu nem sei o que dizer... Mentira, sei sim! Eu quero, mas você me pegou de surpresa.

Gregório tomou um tempo para parar de rir e conseguir entender o que as palavras atropeladas do estagiário significavam e ao perceber que era uma resposta afirmativa, parou de rir e permaneceu com um sorriso largo e radiante.

— Você me deixa muito feliz em aceitar. — Pegou a mão do rapaz nas suas e a levou para sua boca, depositando um beijo ali, apertando-a e sentindo seu cheiro.

— E você nem imagina o quanto me deixa feliz em ter pedido. — Francisco declarou, sorrindo e usando a mão livre para acariciar as de Gregório.

Ambos deixaram as mãos caírem, dando espaço para aproximarem seus rostos e se beijarem calmamente. O estagiário apenas aproveitava os movimentos lentos e seguia o ritmo dele, aproveitando para lhe acariciar nas costas.

Ainda colado aos lábios dele, a ficha de Francisco sobre o que havia acabado de acontecer, finalmente caiu. Assim agarrou-o na nuca e intensificou o beijo com pressa, com Gregório retribuindo, distribuindo toques ousados conforme percebia que este era o primeiro beijo que compartilhavam como namorados.

As mãos de Francisco apertaram as coxas de Gregório com força e o gerente cedeu aos puxões, jogando as próprias pernas para cima das do estagiário, ficando de uma maneira ridícula e desajeitada, no colo dele.

Nenhum dos dois se importou muito com a estética do momento e apenas continuaram a se beijar. O gerente sentia o sabor da língua dele enquanto tocava com ternura o rosto de Francisco, tendo que se ajeitar sobre o corpo dele, deixando uma perna de cada lado do rapaz, podendo encará-lo de frente.

Gregório suspirou, olhando-o de pertinho, ainda próximo dos lábios dele, recebendo beijos curtos e carinhosos. Mal sabia descrever o que sentia, mas uma sensação gostosa tomava conta de seu peito, fazendo-o abrir um sorriso e dizer:

— Eu nem sei como te agradecer, Chico. Você está sendo tudo na minha vida nesse momento...

— E olha que eu nem sou muita coisa. — Francisco debochou.

— Bobinho. — Falou, fazendo-o rir e roubando outro beijo.

Aos poucos, os dois cederam ao desejo e combinaram de se levantar dali, indo ao quarto para se jogarem sobre o colchão, não demorando para que suas roupas começassem a ser retiradas.

Francisco ficou ao lado de Gregório, que estava completamente esparramado sobre a cama, rendido aos toques do outro, que desabotoava sua camisa, deixando seu tórax exposto, seu peitoral era protuberante, por conta dos exercícios do passado, definido, mas nada exagerado. Francisco tomava nota disto tudo como uma perfeição inigualável.

Da maneira que fosse, Gregório seria sempre o homem mais sensual do universo. As mãos do estagiário passeavam pelo torso desnudo do gerente, absorvendo o calor daquele corpo tão desejado, enquanto o superior apenas observava o desejo ardente nos olhos de seu subordinado.

— Sabe, eu andei sonhando com você. — Francisco instigou-o, continuando a tocá-lo.

— E o que acontece nos seus sonhos? — Gregório indagou.

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