Capítulo 32 - Divulgando.

631 72 25
                                    

Capítulo 32 — Divulgando.

Gregório sorriu, sem nada conseguir dizer, abraçando-o, ainda deitados. Puxou o rosto de Francisco para o seu, roubando-lhe os lábios. O gerente sentia as mãos dele subirem, trazendo a coberta para cima de seus corpos nus. O estagiário sorriu ao afastar-se de sua boca, acariciando sua bochecha e olhando-o no fundo dos olhos, como se quisesse uma resposta, mas não o forçaria para aquilo.

Dormiram abraçados, sem saber que horas eram quando pegaram no sono.

Domingo, vinte e três de abril.

Francisco havia acordado primeiro, mas sua movimentação fez com que visse Gregório esfregar os olhos, bocejando. Aconchegou-se nos braços dele, lembrando-se da noite anterior, tudo havia sido perfeito mesmo que nada tivesse saído como tinha planejado.

Almoçaram juntos e mesmo que o gerente insistisse para que ele ficasse, o estagiário arrumou suas coisas, com Greg levando-o para casa. O executivo aproveitou que iria para lá, para combinar com o irmão que o buscaria caso ele quisesse.

Seguiram para a casa de Francisco e o rapaz percebia que ele dirigia mais lentamente que o normal, o estudante abriu um sorriso ao perceber que ele estava relaxado, sem pressa, parecia que ele não queria que o caminho acabasse, ficando feliz ao imaginar que ele gostava tanto assim de sua companhia.

Conversaram normalmente durante o percurso, mas não tocaram no assunto da revelação do estagiário da noite anterior, era como se as coisas não tivessem mudado, nem regressado e nem evoluído. Francisco queria comentar, mas sabia que não poderia forçar a barra e que se Greg, na noite anterior, não quis retribuir sua fala tão significativa, era porque tinha um motivo.

Quando o carro foi estacionado, o estagiário pegou sua mochila, despediu-se dele com um beijo curto e desceu. Gregório permaneceu dentro do carro para esperar o irmão, que não demorou a aparecer, saindo da casa vizinha.

Augusto acompanhou o namorado, se despedindo deles em frente ao portão, vendo o carro partir. Em seguida, antes de entrar novamente em casa, observou que ao lado, Francisco também observava tudo acenando.

— Ei, Fran! — Correu até ele.

— Oi, Guto! — Cumprimentou-o.

— Me fala, como estão as coisas?

— Tá tudo de boa. — O estagiário ergueu os ombros, sorrindo.

— Como assim "tudo de boa"? Eu quero os detalhes! Como é que tá sendo o namoro com o Greg?

— Ah, normal... — Envergonhou-se, sem saber o que dizer.

— O que foi? — Augusto estranhou, sabendo que o amigo não costumava agir daquela forma. — Olha, eu sei que eu sou curioso demais, mas é que você tá meio afastado, quase não me manda mensagem mais.

— Ah... — Riu envergonhado, coçando a nuca. — Me desculpa.

— Quer conversar agora ou tem coisa pra fazer? — Augusto indagou.

— Não, não tenho nada pra fazer. — Ajeitou a mochila nas costas. — Quer entrar?

O amigo aceitou e Francisco colocou as chaves em seu bolso assim que adentraram a sala. Deixou a mochila de lado e abriu a janela para deixar o ar correr. Augusto acomodou-se no sofá e o estagiário fez o mesmo, retirando os sapatos.

— E então, Fran? Me fala das novidades...

— Não tem muito o que dizer, pra falar a verdade.

— Como não? Você tá namorando o homem dos seus sonhos e não tem nada pra falar? — Augusto brincou. — Você não parece bem...

— Estou sim, por que diz isso?

WorkaholicWhere stories live. Discover now