Capítulo 6 - Agindo.

En başından başla
                                    

Levantou-se do sofá e enquanto o irmão estava no banho, ligou para Otávio, torcendo para que ele atendesse, chegando até a roer as unhas. O cunhado atendeu, mas trocou poucas palavras consigo, Guilherme implorou para que ele viesse até sua casa, pedindo-lhe perdão, mas Otávio, por outro lado, disse que somente iria se Valquíria viesse até ele se redimir pessoalmente.

Então encontrou-se encurralado, pois sabia que sua mãe jamais aceitaria um pedido daqueles, sentindo-se ainda mais culpado, pois se o irmão não voltasse a ver o namorado, seria por sua culpa. Guilherme andou em círculos, ainda com o celular em mãos, não pensando em outra pessoa senão Augusto para lhe aconselhar.

Não queria assustá-lo com aqueles assuntos da família, por mais que ouvi-lo era sempre relaxante, ainda acreditava que o relacionamento era recente demais para envolvê-lo nisso. Soltou outra respiração pesada, tomando coragem para ligar para Valquíria, agora era somente ela que conseguiria resolver tudo.

Teve que inventar uma pequena mentira para convencer sua mãe a sair com ele sem que ela contasse a Gregório, tendo sucesso nessa primeira parte do plano. Em seguida arrumou-se, iria buscá-la e partiriam ao encontro de Otávio, também combinando com o cunhado que estavam indo.

Quando Guilherme viu o irmão sair do banho, não tinha mais como disfarçar que estava saindo, assim dizendo que iria se encontrar com Augusto, não precisando dar mais explicações. Gregório então rumou ao escritório, como sempre fazia, deixando-o em paz.

•••

— Eu não acredito que você quer que eu preste esse papel. — Valquíria ergueu uma das sobrancelhas, aumentando o tom de voz. — Eu jurava que você estava me trazendo aqui porque era ele que tinha algo a me dizer!

— Por favor, mãe, eu faço qualquer coisa. — Guilherme implorou, enquanto estavam no elevador, já no prédio de Otávio.

— Então eu vou entrar sozinha, você espera no corredor. — Ela afirmou, onde então a porta do elevador se abriu.

— Ué, por quê? — Ele estranhou, seguindo-a.

— Preciso conversar a sós com ele, tenho coisas duras a dizer ao Otávio. — Valquíria olhava ao redor. — Qual é o número do apartamento?

— Ah, já é aqui, pelo que eu me lembro. — Pararam de frente a segunda porta daquele andar, onde então mal esperaram e ela foi destrancada.

— Boa noite. — Otávio falou, encostando-se no batente. — O Gregório não veio?

— A conversa não era comigo? — Valquíria rebateu.

— Entrem. — Continuou, carrancudo.

Guilherme entrou contra a vontade a mãe, tomando a liberdade e sentando-se no sofá da sala. Otávio foi à cozinha, indo pegar bebidas para ambos, onde Valquíria aproveitou para segui-lo, com suas mãos ao quadril, andando calmamente pelo conceito aberto da sala com a cozinha. Ela apoiou-se sobre a ilha, olhando em sua direção, enquanto ele entornava a bebida nos copos.

— Então, pode começar a se desculpar. — Otávio abriu um sorriso cínico como o dela, entregando-lhe a bebida.

Ela olhou para o copo com desprezo e voltou a encarar-lhe, dizendo:

— Me desculpar? Eu não vim para te pedir perdão. — Valquíria revelou.

— Ah, não? Então por que está aqui? — Ele rebateu, curioso.

Guilherme sentiu um arrepio percorrer seu corpo, ouvindo a tonalidade das vozes de ambos aumentar, já sabendo que coisa boa dali não sairia, permanecendo em silêncio; somente ouviria, tentaria não interferir para não piorar a situação.

WorkaholicHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin