Uma namorada para o Renjun (prt 3)

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Cap: 3

Recomendo muito ouvirem a música da mídia até o final do capítulo, acho que combina demais. Boa leitura 💚.

Sábado

Usando desculpa que irei me encontrar com a minha suposta namorada, minha mãe não disse nada ou perguntou que horas eu iria voltar.

Fui vinte minutos mais cedo para não dizer que me atrasei ou algo do tipo. Para esperá-la comprei um lanche para mim, esperar uma pessoa sem fazer nada ninguém merece.

No horário exato ela chega pontual.

— Então burguês, onde vai me levar?

— Eu não sou burguês, vamos para de apelidos, quero manter a paz.

— Claro playboy, em que primeira loja vamos?

É, vai ser um longo dia.

— Aquela ali. — aponto para uma loja de roupas de grife.

— Como o esperado.

Não é que eu me orgulhe dos meus pais serem assim, as pessoas não são o que se vestem e roqueira ou não ela deve ter um bom coração mesmo que eu ainda não tenha visto nada que prove isso.

Peguei algumas roupas para que ela prove e invés da funcionária da loja falar com ela fala comigo. Me sinto o pai dessa garota.

Ela vai para o provador e me sento esperando que saia e eu aprove a melhor roupa.

A primeira ficou estranha nela, a segunda grande demais. Depois de provar umas não sei ao certo quantas mas foram muitas.

Escolhemos uma que ficou perfeita nela. Por trás daqueles trajes estranhos para mim ela até é bonita.

— Não acha que devemos cuidar desse cabelo também?

— Não ninguém toca no meu cabelo.

— Seu cabelo tem duas cores e está desbotando, não vai ficar tão bem com a roupa.

Lhe entrego o embrulho.

— Sinto muito burguês, mas eu não vou fazer nada no meu cabelo, seus pais que lutem— ela sai da loja às pressas.

Que namorada de aluguel eu fui arrumar, hein.

. . .

— Eles foram às compras juntinhos ontem. — Chenle começa as suas provocações.

— Não começa eu só fui porque ela iria escolher tudo preto e com nome de banda.

— Mas o que acontece com o cabelo? — Haechan pergunta.

— Eu pedi pra mudar, mas ela não quis.

— Não pode pedir para que alguém mude tanto assim por você hyung. - diz Jisung

— Eu sei, mas sabe como os meus pais são. — suspiro alto.

Por que as segundas são sempre tristes e chatas?

. . .

Os dias para a festa de fim de ano já estão quase chegando, falta menos de uma semana e a minha mãe não para de me pedir foto da S/n mesmo que eu sempre tenha alguma desculpa ela sempre volta no assunto.

— S/n, minha mãe quer uma foto sua.

— Eu não costumo tirar fotos.

— Tira uma agora e mandar não custa nada eu já enrolei eles demais.

Aish, você é insuportável como namorado sabia?

Ela demora quase uma hora e me manda uma nova mensagem.

— Toma e não me pede mais.

[Foto]

— Tá, valeu vou mostrar a ela.

Monstro a foto da garota à minha mãe e ela faz uma cara estranha.

— O que foi?

— Esse cabelo o que aconteceu com ele?

— Deve ser efeito sei lá... — engulo em seco.

— Ah diga a ela que ficou estranho esse efeito que tire fotos com o cabelo natural.

— Certo— dou um sorriso e ela finalmente me deixa em paz.

O problema agora é ela aparecer nessa festa com esse cabelo de duas cores, o que vou dizer? Se já menti. Eu entro em cada enrascada.

Dia da festa

S|n me pediu para que não fosse à sua casa buscá-la e isso me preocupa. A festa está ficando cada vez mais cheia de pessoas e nada dela chegar.

Ao longe vejo uma garota me parece S/n mas ela está totalmente diferente.

Sem piercing, cabelo colorido, e roupas estranhas.

Ela está... Linda.

— Cheguei gostou do meu cabelo?

— Ficou lindo por que resolveu mudar?

— Eu quis entrar melhor no personagem e acho que precisava de uma nova repaginada.

Não consigo dizer nada, ela está magnífica e eu não consigo parar de olhá-la.

— Cadê os seus pais? Precisamos fingir para eles.

— Claro... Vamos eu te apresento a eles.

Seguro em sua mão e mal consigo conter o sorriso.

— Mãe, pai, essa é a S/n minha namorada.

— Uau, que linda você!

— Obrigada senhora.

Elas dão um beijo no rosto.

— Prazer em conhecer você. — meu pai aperta a mão dela.

— O prazer é meu. — a garota sorri simpática e eu sorrio junto.

— Vão se divertir, a festa está apenas começando. — minha mãe diz tomando seu champanhe.

— Para onde iremos?

— Quer conhecer a casa?

— Pode ser burguês.

Seus apelidos sem graça não me afetam mais.

Levo-a para o jardim decorado com coisas de ano novo e ela resolve ficar um pouco para olhar o lugar e tomar um ar.

— Você não irá passar o ano novo com seus pais?

— Não vou passar aqui com você, não é esse combinado?

— Mas quando sair daqui não irá? — ela vira para mim.

— Não, eu não falo com os meus pais.

— Posso perguntar o porquê?

— Virou padre burguês?

— Não, desculpe. — me sento no balanço que tem em frente a minha casa.

— Não que seja da sua conta, mas eu não moro mais com os meus pais e nem irei passar o fim de ano com eles.

— Ah, sinto muito por você.

— Não sinta— ela senta ao meu lado. — Eles me sufocavam e fiz uma boa, saindo da casa deles. Prefiro ser independente mesmo que isso traga muitas responsabilidades.

— Por isso que aceitou ser minha namorada de aluguel?

— Sim.

Em pensar que depois de terminar a noite, toda essa farsa irá acabar e que nunca mais iremos nos falar.

Me deixa triste.

[𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄/𝐑𝐄𝐀𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍] ° 𝑵𝑪𝑻 • (HIATUS)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora