[𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄/𝐑𝐄𝐀𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍] ° 𝑵𝑪𝑻 • (HIATUS)

O inspetor [3]

— O que ele queria com você? — Min-Jee pergunta ao meu lado.

— Ah, nada. A mesma conversa de sempre, sobre punições.

— Qual é o nosso castigo dessa vez? — Hae indaga deitada no chão.

— Não sei o de vocês, mas o meu vai ser limpar todos os quartos, sozinha.

Tento não demonstrar que estou cansada apenas por pensar. Mas punição nenhuma vai mudar o que houve ontem.

— O que?! Mas são cinco quartos pra você fazer sozinha.

— Ele quer me pôr na linha, me deixando exausta com os trabalhos, mas eu não ligo.

Pelo menos não por agora.

Não sei quanto mas eu irei resistir.

— Não é hora de conversar, é hora de dormir, amanhã às três vão preparar o café da manhã, já você S/N, nem preciso te avisar. — Jeong Yoon-oh entra no quarto sem bater.

— Ei! E se uma de nós estivesse trocando de roupa?

— O tempo que eu dei foi o suficiente pra vocês fazerem isso. Agora desliguem as luzes. — Ele fecha a porta e eu desligo a luz.

— Insuportável.

Deito na cama pronta para dormir.

. . .

Acordo com as meninas reclamando de terem que acordar às 5:00 da manhã para ajudar as cozinheiras a preparar o café.

Mas resolvi voltar a dormir, porque hoje não tem aulas e não sei que horas eu vou poder ter o prazer de ter minha cama novamente.

. . .

— Dormiu bem?

Jeong apoia o ombro perto da porta do meu quarto enquanto eu arrumo minha cama.

Eu ainda estou de pijama, mas acho que ele não se importa em me ver dessa maneira. Ou não estaria aqui enchendo meu saco.

— Como um bebê. Porque?

— Porque você vai precisar de toda essa energia pra o que vai fazer hoje.

— Estou ansiosa.

Termino de arrumar minha cama com ele me olhando.

— Pode sair? Eu vou tomar banho.

— Claro, estarei esperando aqui fora. Não demore.

Reviro os olhos e procuro uma roupa para vestir. Um short de tecido, vermelho, e uma regata branca. Nada muito novo porque eu vou acabar me sujando.

Entro no box, lembrando nitidamente do homem de ontem. Nós trocamos palavras rápidas, mas foi interessante mesmo assim. Ele era tão bonito, espero que não seja como esse inspetor, ditador.

— Toma.

— Ele me entrega um esfregão com um balde com uma mistura de cloro e detergente. Até que tem um bom aroma.

— Obrigada, Sr. Inspetor. — Dou um sorriso irônico e ele me guia até o primeiro quarto do corredor.

Felizmente as meninas daqui são organizadas, então não vai ser uma limpeza tão pesada.

— Comece por onde quiser.

Ele deita na cama, com uma mão atrás da cabeça pegando seu celular.

— Você vai ficar aqui?

— O que você acha? Preciso ver se você está mesmo fazendo certo.