O inspetor [4]

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Vou dar uma leve resumida dos últimos acontecimentos: Sim, eu tentei fugir de novo, eu queria ter tanta resistência assim para estudar e não me entregar a preguiça. Do meu trio, Hyun e Hae (casal) desistiram de tentar sair. Apenas me sobrou Min-Jee. Eu sabia que ela seria a última a me abandonar.

Min-Jee foi a única que eu contei sobre o beijo com o Jeong Yoon-oh. Por que sei que ela não contaria a ninguém. Ela não gostou nada de saber, não sei se por ciúmes ou porque ele é nosso inspetor.

Sinceramente? Não há motivo para alarme. Como ele mesmo disse, apenas foi algo que teria feito naquela boate.

E agora eu e  Jeong estamos caminhando para a sala de limpeza, conhecida por ser mal assombrada, por que a porta se tranca sozinha.

— O que nós vinhemos fazer aqui?

Ele liga a luz, uma luz de cor amarela bem fraca.

— Você vai repor os produtos de limpeza na lavanderia e na cozinha. Depois vai lavar todos os pratos do almoço.

Puta merda. Eu nem sei o total de meninas que moram aqui e eu odeio lavar pratos.

Mais uma exploração.

Eu pego todos os produtos que ele ler numa listinha, e coloco numa cesta de rodinhas. Ao fim, quando Jeong Yoon-oh tenta abrir a porta, ela está trancada.

— Por que você fechou a porta?

— Eu não tranquei, apenas encostei.

Bato em minha própria testa. Por ser novo aqui, não devia saber que a porta está com defeito.

— Que maravilha, nós vamos ficar presos aqui.

Ele tenta forçar mais um pouco, mas deixa para lá percebendo que pode quebrar.

— Eu vou ligar para a senhora Choi pra nos tirar daqui. — Ele liga, mas pela sua cara não deu resultado.

— Está desligado o celular dela.

— Eu não tenho claustrofobia, mas ficar sozinha com você é desesperador.

Espera aí, eu também não sou de ferro. Um lugar com uma iluminação tão baixa, junto a um homem, que se não fosse por todas as circunstâncias, seria facilmente alguém de meu interesse. É no mínimo difícil ficar aqui junto a ele.

— Porque? Tem medo de alguma coisa? Eu nunca machucaria você. — Ele tenta se defender levantando as mãos.

— Estranhamente, eu confio em você nesse quesito. Mas não é sobre isso que eu estou me referindo.

O calor começa a me fazer andar em círculos.

— Ao que então? Acha que eu vou te dar algumas palmadas aqui? —  percebendo minha aflição decide brincar com isso.

— Você nem seria louco.

— Tô zuando, eu não vou tocar em você.

Reviro os olhos e começo a fazer vento com as mãos.

Os minutos se passaram, e eu estava querendo não transparecer meu desespero. Por ser um lugar um pouco distante de onde as pessoas costumam caminhar, seria perda de tempo gritar e espernear.

— Eu vou derreter aqui dentro. — Retiro minha blusa sentindo o suor molhar minha mão quando passo em minha testa.

— Quando a gente chegou nesse nível de intimidade? — Ele arregala os olhos.

— Você me beijou, e não pode fingir que me vê de sutiã, não é nada demais por que não é? Se eu estivesse na praia, você não me veria desse jeito? Por favor.

[𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄/𝐑𝐄𝐀𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍] ° 𝑵𝑪𝑻 • (HIATUS)Where stories live. Discover now