Capítulo 19⛩Cidade Proibida⛩

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No dia seguinte, as meninas continuam com a missão de me distrair e animar. Chen apareceu no Instituto, mas me ignorou. Assistiu a aula daquele jeito habitual, olhando pela janela, e no fim foi embora sem falar com ninguém.

Após a aula, o Senhor Su levou Meili, Wen e eu, a uma das principais vias comerciais de Pequim, a Nurenjůe, que quer dizer (Rua das mulheres). Esse lugar possui a maior quantidade de lojas de roupas, sapatos e acessórios da capital. Fica no bairro de Chaoyang e é nessa rua que o Senhor Qiàng tem uma das lojas de sua franquia. Que por sinal, faz muito sucesso com as chinesas.

Saí de lá com três vestidos, dois pares de sapatos e uma bolsa. Aprendi a gostar de vestidos com Meili, que entende muito de moda e estilo e me incentiva a me produzir melhor.

Meili e Wen, são duas grandes amigas, que fiz aqui na China. Elas perceberam que algo me entristecia, desde que voltei do passeio à Ilha Shamian, mas não me pressionaram a falar. Apenas fizeram de tudo para me distrair e levantar meu astral. E acabou, que nos divertimos muito juntas, nos dois últimos dias.

Depois de ver a atitude de Chen, hoje. Me ignorando e com cara de quem não se importa, cheguei a conclusão que tenho que seguir minha vida. Vou dar continuidade aos meus planos de estudo e esquecer. Não me permito, estragar minha viagem, ficando triste o tempo todo por causa de uma rejeição. Se fui capaz de superar a traição de meu ex namorado, porque não superaria a rejeição de alguém, que conheço a apenas duas semanas?

Mais tarde, já na casa dos Yang em meu quarto, liguei para minha família. Falar com minha mãe me faz muito bem. Faz com que me sinta amada. Tudo bem que não contei nenhuma das coisas estranhas, que veem acontecendo. Não quero preocupá-la. Mas só em ouvir sua voz, já me acalmo.

Antes de dormir, faço uma breve pesquisa dos nomes e endereços, que Vó Lan havia me dado para tentar encontrar alguma pista de suas irmãs.
Separo alguns e depois vou eliminando, conforme as informações não coincidem com as características que Vó Lan me deu.
Uma família restou. Todos os dados combinam, além de mesmo sobrenome e idade. Guardo o endereço dentro de minha caderneta, na bolsa. Amanhã, tentarei encontrar esse lugar.

No dia seguinte após a aula, saio apressada, para não precisar dar explicações. Me despeço de Meili apenas, dizendo que vou fazer umas pesquisas na biblioteca para um trabalho. E saio rápido para tentar pegar um táxi. No corredor que dá acesso à ponte de saída, vejo Chen vindo em sentido contrário ao meu, entrando. Dessa vez faço como ele mesmo me ensinou. Finjo não enxergá-lo e sigo direto, como se não o conhecesse. Ele mesmo pediu isso, então estava só atendendo sua vontade.

O pior é que ele pareceu surpreso, com minha atitude. Veio me encarando com o cenho franzido. Passo por ele com meu queixo erguido. Ele deu a volta e veio me seguindo até a saída.

"Jéssica, quero falar com você!"

"Desculpe, estou ocupada agora. Tenho um compromisso. "

"Que compromisso? Com quem?"

Paro e o encaro ele.

"Na verdade, não quero falar com você. Se me der licença, tenho algo importante para fazer."

Começo a andar novamente.

"Não seja teimosa! Preciso lhe contar algo importante!"

"Teimosa? Teimosa eu seria se continuasse insistindo em ser sua amiga!"

"Você entendeu tudo errado! Não tenho nada contra você! Muito pelo contrário. Só não podemos ser...amigos, porque..."

Estávamos no meio do pátio. Em frente à Instituição, discutindo e nos encarando. A minha intenção de sair despercebida, foi pelos ares.

Sonhos no Oriente Where stories live. Discover now